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CURTO & GROSSO
Edição de 26/04/2004
Marcos Antonio Moreira -- clickmt2004@yahoo.com.br
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Vereadores de Lucas do Rio Verde querem acabar com salário... dos sucessores.
Só rindo!
Iniciativa é bajulativa, oportunista e demagógica.
Entenda o caso:
-- Bajulativa porque a proposta – que já conta com a assinatura de cinco dos nove vereadores – foi apresentada logo depois de manifestação neste sentido externada pelo governador Blairo Maggi...
...Que não abre mão do próprio salário, apesar de ser uma das maiores fortunas do país...
-- Oportunista porque tem o claro objetivo de conquistar a simpatia popular, às vésperas da eleição...
-- E demagógica porque não tem efeito retroativo -- só vale para as próximas legislaturas.
Ora, ora, ora, ora!
De mamando a caducando todo mundo sabe que o salário nas quatro instâncias do Legislativo -– Senado, Câmara Federal, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais -- apesar de polpudo, é algo “simbólico”, vamos dizer assim.
Na vida real, salvo honrosas e honradas exceções -– e bota honrosas, e bota honradas e bota exceções nisto! -– o que temos não são vereadores, deputados estaduais, federais ou senadores...
...Mas despachantes de luxo, lobistas com imunidade, cada qual defendendo interesses dos grupos de pressão que bancaram as respectivas candidaturas.
O interesse público entra na pauta apenas se e quando coincide com os interesses particularíssimos e/ou corporativos de senadores, deputados e vereadores.
Isto explica uma questão aparentemente –- e bota “aparentemente” nisto! -– “intrigante” no cenário político, qual seja...
...O fato de os candidatos a cargo eletivo, para o Executivo e o Legislativo, gastarem, em campanha, infinitamente mais que efetivamente irão receber durante o mandato, se eleitos.
Bajulação, oportunismo e demagogia à parte, iniciativas do naipe da apresentada pelos cinco vereadores de Lucas do Rio Verde -– todos muito bem-resolvidos financeiramente e candidatos à reeleição, por sinal --, em rigosamente nada contribui para mudar este status quo.
Pelo contrário.
Apenas serve de pretexto para livrá-los das “facadas” dos eleitores agora, durante a campanha, e isentá-los de quaisquer compromissos e responsabilidades para com a população, depois.
Me engana que eu gosto!
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