CURTO & GROSSO

Edição de 24/06/2004

Marcos Antonio Moreira -- clickmt2004@yahoo.com.br

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Proibida a reprodução total ou parcial sem expressa autorização

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Véspera de São João, dia de olhar na bacia ou no tanque pra ver se aparece a cara.

Se a triste figura não aparecer, bau-bau!

Cada uma!

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Anote e depois confira:

Vereador Barão Viegas (PFL) deve declinar da “subida honra” de fazer dobradinha com o pré-candidato do PPS, Sérgio Ricardo.

Oficialmente, o vereador e cirurgião plástico vai estar muito ocupado no mês de julho, quando a campanha começa pra valer, por conta do elevado número de clientes com cirurgias marcadas para estas férias de meio de ano.

A verdade verdadeira, contudo, é bem outra:

Na quarta-feira da semana passada, o vereador recebeu um bilhete com um conteúdo nada animador, desaconselhando a “aventura”...

...Bilhete este assinado por uma figura muito influente – e bota “muito influente” nisto! -- no Palácio Paiaguás e também fora dele.

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Com base em resolução dos estatutos do partido, o deputado Carlos Brito decidiu bater chapa com o “colega” Sérgio Ricardo na convenção do PPS marcada para o próximo dia 30.

O caso promete.

Choro e ranger de dentes, é claro.

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E por falar em convenção do PPS...

No último dia para a desincompatibilização, chamamos a atenção do e-leitor para dois nomes que deixaram os cargos na Prefeitura de Cuiabá, até então candidatos a nada:

Marcelo Padeiro, que deixou a Secretaria de Serviços Urbanos e que, seis meses antes, também na surdina, havia se filiado ao PMDB...

...E Charles Caetano Rosa, procurador do município, membro do diretório municipal do PPS e eleitor em Várzea Grande.

A trajetória de Marcelo Padeiro, depois disto, é conhecida e a de Charles Caetano Rosa, também antecipada aqui nesta bat-coluna:

Saiu para tentar “melar” a candidatura do empresário Murilo Domingos na convenção do PPS em Várzea Grande – adiantamos, na ocasião.

Pois é...

Não deu outra:

Ontem, quando tudo estava aparentemente resolvido e decidido na convenção do PPS, com a homologação do nome do empresário, uma liminar protocolada à noite por Caetano Rosa promete tumultuar tudo.

A alegação é a de que o empresário não prestou contas quando deixou a presidência do PTB, em 2002, razão pela qual seria inelegível.

Murilo será susbtituído pelo ex-procurador Charles Caetano Rosa que, num "gesto de grandeza" se contentaria em ser o vice do garboso infante Campos Neto -- o candidato do PFL.

Caetano Rosa repete, em 2004, agora no PPS, praticamente a mesma jogada que tentou na convenção do PSDB em 2000, contra o então candidato tucano, o deputado federal Lino Rossi.

Dispensável “revelar” quem está por trás e quem é o beneficiário da decisão que, no mínimo, promete ser o início de uma “guerra de liminares” que vai se estender até a véspera da eleição, inviabilizando a campanha de Murilo Domingos.

Sintomaticamente, Caetano Rosa esteve reunido ontem com o prefeito Roberto França -- presidente regional do PPS e com o deputado estadual Gilmar Fabris (PFL), um dos lugares-tenentes do prefeito de Várzea Grande, Jota Veríssimo.

Evidente que a armação faz parte do acordão que resultou na “fritura” do empresário Jorge Pires de Miranda pelos caciques do PFL, em Cuiabá, em troca da implosão de Murilo Domingos, em Várzea Grande e também dos pré-candidatos do PPS em Santo Antonio de Leverger e Nossa Senhora do Livramento.

Evidente, também, que esses golpes e arranjos foram urdidos e executados com o conhecimento e, sobretudo, com o consentimento do governador Blairo Maggi -- aquele que diz que veio para "quebrar paradigmas".

Só rindo!

Well...

Se esse tipo de pajelança, ainda do século passado, vai dar certo em pleno Terceiro Milênio, já é outra história.

Ou “outros quinhentos”, como queiram.

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