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CURTO & GROSSO
Edição de 04/01/2006
Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br
00:00
Só para constar:
Ano passado, foi o bicho-barbeiro na garapa...
...Este ano, bastou “Meu Rei” arranchar em Floripa para a ilha ser varrida por um extemporâneo tornado, em pleno verão, fenômeno que em condições excepcionalíssimas de temperatura e pressão só acontece na primavera.
Well...
Para quem consegue secar o rio Amazonas, convenhamos, isso é fichinha.
KKKK!!!
Ainda senador Pés de Barro – aquele ser “geneticamente honesto” – quis nem saber: embolsou uma nota preta para não trabalhar durante a convocação extraordinária do Congresso, a exemplo de todos os demais nobres colegas da bancada de Mato Grosso, à exceção da companheira-senadora Serys Ex-Slhessarenko.
Por falar em grana...
Para começar bem o ano eleitoral, companheiro-presidente Lula resolveu fazer em três meses o que deliberadamente deixou de fazer em três anos: tapar os buracos em 26 mil quilômetros da malha viária federal -- obra estimada em 400 milhões de reais.
Pura enganação, claro.
Entenda o caso:
Pelo valor anunciado, cada quilômetro “recuperado” vai consumir exatos 15.384 reais – uma merreca, considerando-se que a situação das estradas é tão calamitosa que tem até buraco encostado no barranco esperando vaga na pista.
O objetivo, mesmo, com tais “obras emergenciais” é livrar as companheiras-empreiteiras do processo de licitação e assegurar, mais adiante, a liberação de dinheiro grosso -- qualquer coisa parecida com dois bilhões de reais --, através dos famigerados “aditivos”, em plena reta de chegada da campanha para a reeleição.
Houvesse um mínimo de seriedade na iniciativa, tais obras jamais seriam iniciadas agora, de afogadilho, mas só depois da temporada de chuvas, para não se jogar dinheiro público fora...
...O que deixa evidente que a intenção não é a de recuperar as estradas, mas a de improvisar uma alternativa para o “valerioduto” e produzir factóides neste início de ano, através de obras meramente cenográficas.
Me engana que eu gosto!
Esse é o PT!
Quem te viu!...
Quem te vê!!!
E por falar em “quem te vê”...
O performático chefão da Agência Brasileira de Inteligência – aquele que só falta encomendar a um costureiro francês um modelito de uniforme bem vistoso para seus agentes-secretos – resolveu trocar a “ave-símbolo” da catiguria:
Sai a barulhenta araponga e entra o suspeitíssimo carcará – ou cará-cará, como chamam os pantaneiros.
Para quem não ligou o ilustre bípede à respectiva família, o carcará – ou cará-cará – é uma espécie de gavião...
...Que, como todos da espécie, basta ver um pinto para cair de boca, digo, de bico.
KKKK!!!
Companheira-de-armas Dilma Rousseff resolveu colocar novamente em leilão a energia da Usina da Morte e de outras cinco hidrelétricas, em maio, segundo ela, para “garantir o fornecimento”, a partir de 2010.
Só para refrescar a memória:
A Usina da Morte é aquela mesma cujo Relatório de Impacto Ambiental foi adulterado para “justificar” a destruição do Salto Dardanelos, no rio Aripuanã – um dos mais belos cartões postais da Amazônia -- para que o neo-mega-turbo-ambientalista-modelo possa viabilizar uma série de PCHs do Grupo Amaggi na região Noroeste de Mato Grosso e, assim, engordar ainda mais seu cofrinho.
Bem a propósito:
Vamos ver como reagem desta vez o companheiro-ambientalista Gilney Viana – chairman do grupo de ONGs “Rio dos Vivos” – que não abriu o biquinho quando o governo tentou, sem sucesso, colocar a usina em leilão, em dezembro último...
...E o ainda deputado Ricarte de Freitas – que se autoproclama “defensor do ecoturismo”, mas que teve o despudor de ir à audiência pública no Aripuanã, só para defender o consórcio Odebrecht/Eletronorte.
Sem o menor interesse, claro.
No ecoturismo, pelo menos.
Aproveitando a balada:
Grupo Amaggi está preparando uma nova “safra” de lobistas para substituir o ex-deputado Wilson Santos (PSDB) – eleito prefeito da Capital – e o (ainda) senador Jonas Pinheiro (PFL), cujo mandato vai até 2010, mas que está irremediavelmente “micado” perante sua base eleitoral, por conta do descaramento com que trabalhou contra a instalação da CPMI do Cartel da Carne.
O processo de seleção de substitutos daqueles fiéis escudeiros – fiéis a ponto de “enfeitar” os respectivos gabinetes, no Congresso, com imensas fotos do fundador da trading, André Maggi – já chegou a pelo menos um nome de consenso:
Homero Pereira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso – candidato a deputado federal pelo PPS e que já começou a prestar serviços.
E não é qualquer servicinho, não. É coisa de bilhões. Bilhões de dólares.
Entenda o caso:
Assim como quem não quer nada, Homero Pereira defende que o Grupo André Maggi detenha o monopólio da exploração da maior jazida de fosfato do mundo, recentemente descoberta e localizada no município de Planalto da Serra, cujo potencial de produção é suficiente para suprir as necessidades nacionais por um período de 500 anos.
Atualmente, o Brasil importa cerca de 60% deste mineral imprescindível na formulação de adubos. Com a autosuficiência, o custo de produção de grãos deve cair qualquer coisa parecida com 30% -- algo capaz de abalar a Bolsa de Chicago...
...Desde que as tradings -- grupo Amaggi, incluído -- não monopolizem a exploração e, por consequência, ditem o preço, como já fazem com os demais insumos agrícolas.
É justamente aí que entra o futuroso amaggiboy Homero Pereira:
O presidente da Famato alega que o Grupo Amaggi deve ter a preferência na exploração da cobiçada jazida porque é uma empresa nacional e mato-grossense, além de dispor de tecnologia e maiores possibilidades de captação de recursos para os necessários investimentos.
Ora, ora, ora, ora!...
Mais mato-grossense que o Estado de Mato Grosso, certamente, o grupo Amaggi não é e maior capacidade que o Tesouro Estadual, certamente, o grupo Amaggi não tem.
Assim sendo, por que não se criar uma companhia de economia mista, tipo Fosfato MT, para que a população mato-grossense como um todo possa usufuir deste extraordinário recurso natural?
Por que tudo de bom que tem aqui -– as melhores terras, potencial hidrelétrico, todo o sistema de logística (estradas, hidrovias, ferrovia, portos) e, agora, o fosfato -– deve pertencer ao insaciável Grupo Amaggi, conforme defende o “patriótico” senhor Homero Pereira?
Por que, para Mato Grosso, só tem que sobrar “micos”, tipo MT Saúde, MT Fomento, MT Gás e que tais?
Conforme antecipamos no último dia de 2005, o caso daquela serra ¨onde o vento faz a curva¨ promete ser palco e cenário de uma disputa bilionária, em dólares, pois também estão na parada as igualmente insaciáveis tradings multinacionais Bünge, Cargill e ADM...
...Sem contar um “laranja” – não se sabe, ainda, a serviço de quem -- que, na maior moita, requereu no DNPM aproximadamente 4 mil hectares da jazida, cuja folha corrida veremos amanhã, aqui mesmo nesta bat-calúnia.
Prestenção, bugrada!
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Comentários dos Leitores
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Comentário de Jorge Gogolevsky Filho (jogogolf@terra.com.br) Em 04/01/2006, 20h05 |
É melhor saber um pouco de cada coisa do que tudo de uma só |
Se voce cultivar o habito da leitura vai ter noção de varios assuntos, um presidente que ¨alega¨ nunca saber de nada não merece credibilidade. |
Comentário de Leitor de MT (leitormt@lettera.es) Em 04/01/2006, 07h57 |
hummm.... |
Três vezes sim, na última não, de novo nunca mais!!!
Que tal o nulo? |
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