CURTO & GROSSO

Edição de 18/04/2016

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Impossível fugir à obviedade adjetiva para definir o tamanho da derrota do governo no plenário da Câmara: esmagadora e incontestável. Durante a votação, a proporção entre os votos a favor e contra esteve à razão de três para um em prol do impedimento. Resultado significativo o suficiente para sinalizar a decisão do Senado.

A vantagem, porém, não muda a realidade: a presidente Dilma Rousseff amanhece nesta segunda-feira totalmente desprovida de sustentação política, mas continua na legal e legítima posse do cargo. Além de seguir moradora do Palácio da Alvorada, até a manifestação do Senado ela continua dona da caneta presidencial e da cadeira no Planalto.

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Sem apoio ao pensamento liberal, não importa quantas Dilmas destruírem o Brasil, pois elas serão produzidas em série. A nova Dilma está sentada ao lado da sua filha na escolinha.

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Enquanto isso... No Diretório Estadual do PT, o coletivo "construiu o consenso" do mais veemente e peremptório BUUUHÁAAAAAAA!!!, ao ver ir pro brejo a vaca carregando os pixulecos que nos últimos 13 anos financiaram a nossa nobre causa clepto-narcotráfico-bolivariana.

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1 - Semana que começa com a Lua fora de curso na maior parte do dia. Tal aspecto pede cuidado com os compromissos envolvendo coisas mais sérias ou valores altos em fase de policiar palavras e críticas - prognostika o horóskopo da edição desta segundona braba do jornal dakele grupo de komunikação que está fora de kurso desde a extinção do "Konglomelado Ageporka", onde valores altos o konvenciam a policiar palavras e kríticas por konta de um certo (?!!!) milionário legado antecipado.

Tinhoso ainda presidente da Kâmara, Eduardo Kunha, reagia sempre -- sin perder la ternura jamás -- kom um sorriso sarkástiko todas as vezes que sua kapivara era citada pela kompanheirada komo justifikativa para votar kontra o impicha da governAnta -- akela que não rouba, mas deixa roubar sem kontrole. Parece, até, que já tem tudo industriado: para salvar a própria pele, da mulher e da filha, de moto próprio, vai propor um akordo de delação premiada ainda no kamburão-VIP.

2 - A pedido de Michel Temer, Carlos Bezerra muda voto e fica contra Dilma - destaka o saite "Olhar Direto".

3 - Matheus rebate críticas sobre o corpo de Cacau e elogia bumbum da ex-bbb - antecipa o saite "Midia News".

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O triste espetáculo do muro separando, na Esplanada dos Ministérios em Brasília, cidadãos contra e a favor do impeachment da presidente Dilma é reflexo da radicalização política que domina nosso dia a dia não é de hoje.

O país, que saiu dividido das urnas em 2014, hoje está polarizado. O governo é francamente minoritário, na sociedade e no Congresso e, como mostrou a votação de ontem, não tem mais condições de governar.

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Os ingleses também têm o seu Garrincha. Não em campo, mas nas ruas, nos hospitais e nos jornais que exploram os dramas humanos.

Chama-se Paul Gascoigne e, nos anos 80 e 90, foi um grande meia-atacante, ídolo do Newcastle, do Tottenham e da seleção inglesa - eleito entre os melhores da Copa de 1990, vencida pela Argentina.

Como Garrincha, Gascoigne era criativo, imprevisível e fazia o torcedor sorrir. E, como Garrincha, seu marcador foi o alcoolismo. A diferença é que sua história ainda não terminou.

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Olavo de Carvalho virou até trend topic durante a votação do impeachment.

Isto porque o autor do best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, organizado por mim, foi citado pelo deputado Victório Galli (PSC-MT) em seu voto a favor do afastamento de Dilma Rousseff.

Foi o reconhecimento do mérito de Olavo no diagnóstico do PT na década de 1990 que o tempo só tratou de confirmar como absolutamente correto.

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Dilma tem poucos amigos. Temer, muitos. Dilma não confia em ninguém. Temer confia. Dilma vive sozinha com a mãe. Temer é casado, tem filhos e detesta a solidão.

Dilma concentra poderes. Temer delega. Dilma impõe sua vontade sem discuti-la. Temer constrói a sua ouvindo os outros.

Dilma detesta a política e os políticos. Depois da família, Temer ama a política e os políticos acima de tudo.

O que o resultado da votação do impeachment na Câmara teve a ver com as diferenças de temperamento, estilo e modo de vida de Dilma e Temer? Nada e tudo.

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O grande derrotado da votação de ontem, domingo, quando a Câmara autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment por 367 votos a 137, chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Sim, é evidente que Dilma se conta entre os perdedores. Mas, vamos convir, até por seu real tamanho na política, ela não é uma vítima maiúscula. Trata-se de mera personagem acidental do petismo. Lula não!

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