Para quem saiu daqui sob vivas e urras, aclamado pela valorosa como primeiro vice-presidente executivo e voltou, rabinho entre as pernas, todo desenxabido, como décimo vagal, digo, vogal, convenhamos, é o fundo do poço.
É assim, sem meias palavras ou panos quentes que deve ser definida a performance do Esse-Lentíssimo Senhor Doutor Governador José Pedro Gonçalves Taques, o PTX, no último sábado, na eleição do novo diretório nacional do PFDB.
Grosso modo, as organizações partidárias sustentam-se num tripé: presidente, vice e 1º vice-executivo. O resto não passa de penduricalho. Ao primeiro, claro, cabe apontar o caminho das pedras, ou seja, dar o Norte político-ideológico.
O segundo – eparrê, mizifio! – como todo aspirante ao topo, bate pé todo santo dia, rezando para o avião do chefão cair, sem sobreviventes. Já o terceiro, vamos respeitar! É quem administra e faz o rateio do numeroso fundo partidário.
É o homem do bereré, a quem compete também a coleta do dízimo dos correligionários, fretar jatinhos, alugar imóveis, contratar terceirizados, cuidar da logística, organizar eventos e, sobretudo, correr o chapéu pela causa.
Só não pode ser fuxiqueiro nem gostar de, daí o "chega-prá-lá" no timoneiro de nossa esquadra. Além dos elencados aqui – é mais um contravapor a se somar à piaba de W$, o mentiroso militante e caloteiro praticante, no pleito de 2016.
Sequer a desejada selfie com FHC, que ainda falta em seu portfólio, conseguiu tirar – aliás nem para compor a mesa foi convidado – obrigando a concorrência a valer-se de velhas fotos de arquivo com Alckmin.
A propósito, de sua página oficial na rede desapareceram as imagens em que "se aparece" grudadinho em Aécio Neves, então no comando da legenda, que entre caras, bocas e esfregação de nariz, abonou sua ficha de filiação.
Ao que (desa)parece tal é o procedimento-padrão daqueles trânsfugas que saltaram de cabeça no Caldeirão do Huck, a começar do dito cujo. Mas, voltando à festa-monstra em Brasília: os constrangimentos não ficaram apenas nisto.
Os seus peripatéticos rolezinhos pelo ambiente produziam o efeito "desmancha-rodinha", por conta do "fator futrica". O ruralista Nilson Leitão, em quem passou a perna, era o primeiro a empinar a carroça à simples aproximação.
Não só pela sua desastrosa gestão. Tucano engole qualquer coisa, até os próprios filhotes. Já tolerar bisbilhoteiro, ainda mais armado com i-Pad, do qual não se aparta nem no banheiro, não há moela que dê conta.
As cenas descritas acima praticamente se repetem no dia-a-dia do Palácio Paiaguás ou por onde mais perambule. O vice Carlos Fávaro – que de sonso só tem a cara, sabe pra que lado o vento sopra – acaba de tirar o time da Sema.
Avisou que não quer nem saber de conversa a respeito de seu substituto. Não explicita o motivo, obviamente – todo conterrâneo belavistense desse pobre marquês é educado – porém, no fundo, é pelo temor de ser gravado.
Pós-grampolândia, até as audiências no gabinete ficaram escassas. E quem não desmarcou apela pra conversinha sem graça de candidato a genro com o futuroso sogrão: — Calor, né? — Então... — Será que chove? — Sinduvidá...
Paralisia, descrédito, insegurança jurídica, desenvestimento são as consequências visíveis – até o agro sente o baque – da tara do celerado Senhor PTX de invadir e violar a intimidade alheia para tirar vantagem político-eleitoral.
A BAITA CAGADA TÁ FEITA.
DESOCUPA A MOITA, RAPÁ!
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Comentário de Leitor de MT (leitormt@lettera.es) Em 12/12/2017, 16h21
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