Não! Não existe o número necessário de deputados para aprovar a reforma da Previdência. E os governistas admitem que não se vai conseguir botar a emenda em primeira votação no dia 6, como se pretendia. Os que defendem o texto vão tentar votá-lo na semana seguinte, se possível, nos dias 13 e 14. Não será fácil.
Durante muito tempo, pensei que a intervenção militar fosse um assunto irrelevante, restrita a meia dúzia de condutores de faixas nas passeatas contra a corrupção.
A semana consolidou o protagonismo de Geraldo Alckmin no PSDB e na eleição presidencial, irradiando articulações com outros partidos, particularmente o PMDB, e para governos estaduais, particularmente o de São Paulo.
João Doria, por exemplo, acionou seu plano B: a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
A costura, no entanto, desagrada a setores do PSDB, depende fortemente do PMDB e será uma nova pedreira para Alckmin e Doria, agora unidos para sempre, até que a morte – ou turbulências na campanha – os separe.
Com as novas alterações, a Lei de Incentivo à Cultura teve o número de artigos reduzido de 136 para 73 e regras mais claras, que visam dar maior dinamismo e desburocratizar o processo, desde a aprovação do projeto até a prestação de contas.
Se afinal o governo reconhecer, como parece que o fará em breve, que carece de votos para aprovar a reforma da Previdência e que ela só será votada no próximo ano, esteja certo: não haverá reforma. Não enquanto este governo durar.
Haverá alguma turbulência no mercado financeiro se a reforma da Previdência ficar para depois. Mas nada capaz de assustar ninguém. O adiamento da reforma já foi prefixado. O Natal está às portas. O ano novo, também. Virão as férias, o carnaval, a Copa do Mundo...
O acordo "caracu" para pagamento das perdas na caderneta de poupança em função dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 vai contemplar apenas quem já tem ação na Justiça.
Brasileiros que não fazem parte de ações coletivas ou individuais não terão direito a solicitar o ressarcimento, porque o direito de entrar na Justiça já prescreveu.