Embora os três candidatos já colocados ainda nem partido tenham, como vimos aqui no último sábado, não se pode descartar a possibilidade de a eleição 2018 em Mato Grosso ser decidida no primeiro turno, em 2 de outubro.

Sacumé: o pooovo "andam" tão enfarado que quer se ver livre logo da encheção de saco do horário gratuito e eliminar de bate-pronto a imposição legal de ter que repetir a dose quatro semanas depois.

Mais: naquele primeiro domingo do mês, o cidadão-eleitor-contribuinte estará escolhendo também quem vai governar o Estado a partir de janeiro de 2023, se o vencedor não fizer lambanças, pois é candidato natural à reeleição.

Trabalhamos com tal cenário face a insuperável rejeição aos nomes do Esse-Lentíssimo Senhor Doutor Governador José Pedro Gonçalves Taques e do conselheiro afastado Antonio Joaquim Moraes Rodrigues Neto.

Salvo altíssimas reviravoltas no caso – e bota "altíssimas reviravoltas no caso", nisto! – o ex-prefeito Mauro Mendes leva essa – e a de 2022, com a caneta na mão – de cambulhada, até por falta de adversários.

Nenéo Pinheiro, o atual prefeito da Capital – se o caçula do clã não aprontar mais até lá e conseguir renovar o mandato em 2020, estará na metade de sua segunda gestão – por certo, não vai repetir o tresloucado gesto de W$ em 2014.

Além do que é filiado ao PMDB, uma legenda cujo forte não é a atração por cargos majoritários no Executivo. Prefere a garupa, como vice. O pleito de 2016, dest'arte, pode e deve ser considerado um ponto fora da curva.

Quanto a PTX, além do corrosivo Caso dos Grampos, terá de explicar ao funcionalismo, praticamente à boca da urna, a quem cabe a culpa de o salário de dezembro de 2018 – pelo terceiro ano consecutivo – não estar assegurado.

A Quinquim, por sua vez, caberá esclarecer os milhões de motivos que o levaram a amoitar por cinco meses a fio o relatório sobre o andamento das obradas da Copa 2010 – outras esquisitices à parte.

Isto significa que MM tem um problemão pela proa. E muito complicado: baixar a bola dos luas-pretas, a fim de evitar o "já ganhou!". A soberba – um dos 7 pecados capitais – é fatal, assim como sua alma/irmã gêmea, a ostentação.

Próximo passo é afastar-se e esquecer as redes sociais – inclusive e principalmente a parentalha. Tais manifestações, são quase sempre destemperadas, ditadas pelo fígado e, goste-se ou não, interpretadas como autorizadas.

Se outra razão não houvesse, por educação, como as pessoas normais, deve dar retorno às ligações que recebe e impossibilitado de fazê-lo no momento, seja qual for o motivo. Quando nada, deixa uma boa impressão no interlocutor;

Manter a serenidade em todas as situações, mormente as desagradáveis. Denota equilíbrio, ponderação. Comportar-se como um vibrião colérico em permanente surto psicótico – como virou moda – é feio e desagrega;

Ouvir muito e falar pouco – a menos que se queira dar bom dia a cavalo. E perguntar quando tem dúvida. Não diminui ninguém. Pelo contrário: "Só sei que nada sei", ensinou o filósofo Sócrates ao discípulo Lula, que levou ao pé da letra.

Ah! Importantíssimo: jamais coçar o nariz nas entrevistas, debates e reuniões. Uma de duas: ou está mentindo ou cheira "tóchico". Pode ser apenas um sestro, um tique-tique nervoso, como também ambas.

Mais relevante! As finanças estaduais estão em pandarecos e tal, mas se tiver que eleger uma prioridade que seja esta: no máximo até o início do terceiro ano de mandato, entregar aos servidores o calendário de pagamento de salários.