Após ficar em terceiro lugar na campanha em 2014, Marina Silva decidiu apoiar o tucano no segundo turno contra a petista Dilma Rousseff, que acabou se reelegendo.
Antes de ir aos "finalmentes", carece esclarecer que o quadro sucessório naquele belíssimo país a Oeste de Tordesilhas – aquele onde acontece coisa que até no Paraguay dá cadeia e da braba – se afigura, digamos, "bem Mato Grosso".
A esculhambação é de tal (des)ordem que nenhum dos pré-candidatos ao Paiaguás tem filiação partidária consolidada, nem o que sonha com a reeleição, cuja situação pode ser definida como "flapê", ou seja, algo entre o sólido e o líquido.
Embora gasoso – este é o termo –, o cenário, a se louvar nas plantações, nas intenções já explicitadas ou nas enrustidas, ainda embute algo preocupante: sequer um deles esboçou o indicativo de um pré-anteprojeto de gestão.
Quer porque quer e pronto, acabou! É claro que o cidadão-eleitor-contribuinte, neste momento, não exige deles um plano de administração "resumido" num catatau de trocentas páginas. Isso é presepada de proto-ditador.
Mas, pelo menos, um Norte, nada mais que algo parecido com os quatro Pontos Cardeais, a saber: Educação, Saúde, Segurança Pública e Economia. Os Dez Mandamentos ficam para depois, para a campanha propriamente dita.
Por ordem alfabética, diz-que estão no paddock Antonio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, José Pedro Gonçalves Taques e Mauro Mendes. O quarto nome, Getúlio Vianna, do PDT, declinou da subida honra em favor do terceiro.
O primeiro e o segundo – Quinquim e PTX, respectivamente – estão nas mãos da Senhora do Destino, leia-se: Supremo Tribunal. Um, por conta de acusações do MPF nada edificantes; outro, enleado na fiação da grampolândia.
Ambos correm o seriíssimo risco serem abatidos em pleno voo – inclusive antes de alçá-lo, em julho, nas convenções partidárias, qualquer que seja a legenda em que estejam arranchados na ocasião.
A sofreguidão do conselheiro afastado do TCE é tamanha que já ajustou por conta um marqueteiro – palavrinha outrora glamourosa, "cult", hoje, pós-Mensalão e Lava Jato, sinônimo de caixa 2, enganação e passaporte para o "Casão".
De ambiente bem mais tranquilo desfruta MM, embalado na experiência adquirida à frente da Prefeitura da Capital e pelo fato de demonstrar desapego ao cargo ao não concorrer à reeleição como favoritíssimo.
Em compensação... para viabilizar sua segunda candidatura ao Palácio Paiguás – nas duas primeiras largou pêlo no arame – terá de conviver com um novo "correligionário" do tipo "mais 'farxo' que talba de andaime".
Nada comparável à autodesconstrução a que se impôs o ainda manda-chuva, que apesar de ter a caneta na mão – o que em condições normais de pressão e de temperatura desequilibra – sua confusão mental estraga tudo.
Principalmente quando dispara o que imagina ser sua bala de prata, como na virada da Lua Crescente de outubro para a Cheia de novembro, oportunidade em que desertou de seu partido, o PFDB, para ir a Portugal e perdeu o "lugal".
Oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram só terem direito ao foro privilegiado os parlamentares acusados por crimes cometidos no exercício do mandato e desde que os fatos tenham relação com o cargo ocupado.
Nunca foi a natureza do fato relacionado ao cargo que ditou a competência dos tribunais, sendo esse um conceito aberto sujeito a toda subjetividade.
A solução de retirar os parlamentares federais da competência do STF foi festejada pela população, mas só trará problemas sérios, concorrendo para consagrar a impunidade que se busca eliminar. Vamos ver por quais razões.
O grupo Globo precisa começar a usar consigo mesmo os critérios que emprega com alguns terceiros — critérios que o levaram a pedir a cabeça de Michel Temer antes mesmo de uma investigação formal.
O envolvimento no nome da empresa em pagamento de propina referente à transmissão de jogos da Copa do Mundo e da Copa América preocupa, claro, o principal braço do conglomerado de comunicação: a TV Globo.
Quem levou tão longe a histeria persecutória vê-se em lençóis quando menos incômodos quando recebe uma acusação formal de pagamento de propina.
Há indícios suficientes de que, naquele ambiente, as coisas seguiam padrões éticos muito peculiares.
“Quando pensam no assunto, as pessoas ainda se lembram de Cazuza, de Renato Russo e de outros ícones que morreram de aids no início da epidemia e acham que ser portador de HIV é uma sentença de morte, além de achar que HIV e aids são a mesma coisa", diz a estudante Blenda Silva, 24 anos.
Não é, e com tratamento descobriu que "é possível afastar a ameaça da aids”.
Ela soube há seis meses ser soropositiva e só aprendeu a diferença após ser diagnosticada com o vírus.
No Brasil, a estimativa é que 160 mil pessoas estejam vivendo com HIV sem saber.
Boletim Epidemiológico de HIV/aids, divulgado ontem, estima que das 670 mil pessoas diagnosticadas com HIV, 129 mil não estão se tratando.
O tempo pode curar muitas feridas, mas no caso da Previdência ele só as agrava. Mais nociva do que o passar do tempo, no entanto, é a tibieza dos que colocam interesses eleitorais acima do interesse público.