O ato de nomeação do novo superintendente estadual da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, publicado no Diário Oficial de segunda-feira, 12, é o retrato cuspido e escarrado da (in)digestão do Esse-Lentíssimo Senhor Doutor Governador José Pedro Gonçalves Taques – até porque é um caso de... Procon, para se dizer o mínimo.
O nome do nunseiquelá da vez é o que menos importa e, sim, o sintomático fato de a nomeação ser retroativa a 31 de outubro do ano passado – isto é: o ilustre bípede, em tese encarregado de zelar pela economia popular, já começa se arrumando, com direito a três meses e meio de salários em atraso, mais proporcional ao décimo terceiro.
Mas não é só: tal pajelança, a título de Carnaval, Ano do Cachorro ou Páscoa antecipados – façam suas apostas! – se dá no momento em que PTX pretende empurrar goela abaixo dos demais poderes a redução dos duodécimos – sob a alegação de que TODOS precisam cortar na carne, sob pena de... quebrar o Erário que recebeu no azul.
De cambulhada, tenta chanteagear os servidores ao acenar com a não reposição da RGA aos salários, por "exigência" do Banco Mundial – aquela instituição supranacional dirigida por otários interessados em comprar o que não pertence ao vendedor-171 – a dívida dolarizada de MT, quié do Bank of America, o único que pode vendê-la, se quiser.
Aliás, não é a primeira vez que Taques tenta aplicar o "Golpe da Revisão Geral Anual". Em 2016, na tentativa de fatiar o reajuste, veio com a mesmíssima conversinha, daquela feita culpando a Lei de Responsabilidade Fiscal – lorota da grossa, como vimos aqui, óh! –, sem o que, ameaça, as áreas de Educação, Saúde, Segurança ficarão prejudicadas!
Só rindo! E por acaso tais qüesitos – ou quaisquer outros serviços públicos da alçada do Paiaguás – são de primeiro mundo? Francamente! Nem vamos perder tempo e abusar da santa paciência do e-leitor e citar as "ene" passativas que industriou ao longo do que, tudo indica, se afigura primeiro e único mandato – coisas do tipo "leilão reverso" e quetais.
Apesar dos recorrentes reveses, contudo, não se emenda. A penúltima – sua criatividade na incessante busca de dinheiro fácil às custas dos outros é prodigiosa – atende por "Fundo Executivo". A meta é levantar meio bilhão este ano com corte de gastos no Legislativo, no Judiciário, no Tribunal de Contas e no Ministério Público.
Tá cheirando a Parceria Caracu – a começar do nome – porque ao pai da ideia cabe apenas gerenciar a bolada. Por certo, claro, para inflar ainda mais a máquina neste ano de campanha eleitoral de grana curta com milhares de aspones como o que acaba de assumir o Procon com os bolsos mais forrados que os do paletó de Nenéo Pinheiro.
ANTIGUIDADE É POSTO
Candidato à Assembleia Julio Campos estabeleceu o prazo de 60 dias para PTX se virar nos trinta. Fala com autoridade de quem, no final do governo, não podia nem ir à missa das 4 da madrugada na Igreja de São Benedito... para não ser vaiado. Evidentemente que, em termos de gestão, não há comparação entre um e outro. Djulinho dá de dez a zero.
MODÉSTIA ÀS FAVAS
Brincadeira que fizemos aqui!, há mais de três anos, quando demos sentido político pela 1ª vez à expressão "Perda Total", virou a música "Vai dar PT" no Carnaval da Bahia. E pra variar, a cupanhêra-presidenta Gleisi Hoffmann – a "Amante" do Departamento de Pixulecos da Odebrecht –, entendeu como manifestação de apoio à seita e ao ladrão-mor. Confira:
A intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, a primeira sob a égide da Constituição de 1988, é apenas mais um sintoma dos gravíssimos males que afetam a segurança e a ordem pública no Brasil.
É sintoma, é ação necessária, mas não é, nem de longe, a solução.
O verdadeiro mal, se quisermos lhe dar um nome, se chama “cadeia produtiva da insegurança pública”.
1 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para as 19 horas da segunda-feira, 19, a análise do decreto do presidente Michel Temer que trata da intervenção na Segurança Pública do Rio. A expectativa é de que o Senado também vote no dia seguinte.
Além da reforma da Previdência, a medida paralisa a tramitação ao menos 149 Propostas de Emendas à Constituição (PECs) no Congresso, entre elas a que restringe o foro privilegiado.
De todas as boçalidades ditas sobre a intervenção na área de segurança pública do Rio, a mais assombrosa é a que sugere que, agora, o presidente Michel Temer tem uma boa desculpa para deixar de lado a reforma da Previdência, já que ela vem se afigurando difícil, talvez impossível de ser aprovada.
Mal sei por onde começar a tratar da burrice — ou da vigarice analítica.
O decreto que determina a intervenção federal no Rio foi publicado ainda ontem, sexta, em edição extra do Diário Oficial da União e entrou em vigor imediatamente.
Os detalhes da intervenção serão discutidos em reunião neste sábado, 17, no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, quando está prevista uma reunião com a presença do presidente Michel Temer, o interventor, ministros e o governador Luis Fernando Pezão.