Com a tendência de Bolsonaro garantir um lugar no segundo turno, e possivelmente em primeiro lugar, a campanha eleitoral em seus derradeiros vinte e poucos dias vai tomar um caminho semelhante à de 2014, quando o voto útil levou o candidato tucano Aécio Neves ao segundo turno quando perdia para Marina até dois dias antes.
Desta vez, a disputa pela segunda vaga está mais acirrada. Até agora, quatro candidatos têm condições de chegar ao segundo turno, mas um deles, Geraldo Alckmin, apresenta dificuldades para avançar.
O economista Gil Castello Branco desempenhou diversas funções públicas na administração federal, com passagens pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento, Transportes, Esportes e das Comunicações.
Hoje é o secretário-geral da Associação Contas Abertas, respeitada entidade voltada ao estímulo da transparência e ao acesso à informação das contas públicas.
Aos 66 anos, é um dos poucos a conhecer tão bem a máquina que controla e sufoca o País.
Nos cálculos dos seguidores de Lula, a disputa contra o capitão é o melhor cenário pra voltar ao poder.
Os cenários do Datafolha confirmam isso em números. Haddad não citou Bolsonaro no Jornal Nacional e concentrou ataques em Geraldo Alckmin. Quer afastar ainda mais o tucano do segundo turno.
Fisicamente fora da campanha eleitoral desde que foi esfaqueado no dia 6, Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida à Presidência com 26%, segundo nova pesquisa do Datafolha.
Na semana em que foi oficializado candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad viu sua intenção de voto subir dos 9% registrados na segunda (10) para 13%.
Está empatado numericamente com Ciro Gomes (PDT), que manteve sua pontuação, e na margem de erro também com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%.
Em curva francamente descendente está Marina Silva (Rede), que caiu de 11% para 8% e hoje tem metade das intenções de voto que tinha quando sua candidatura foi registrada em agosto.