CRÍTICAS CONSTRUTIVAS

Reviravolta no Caso da Usina da Morte no Aripuanã
30/08/2005 - Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

O diabo faz a panela, mas sempre acaba esquecendo a tampa.

O ditado popular cabe como uma luva no Caso da Usina da Morte, a hidrelétrica projetada pela construtora Norberto Odebrecht e cuja construção irá destruir o Salto Dardanelos, um dos mais lindos cartões-postais de Mato Grosso e do país.


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Os autores do crime premeditado -- que vinha sendo tramado na maior moita pelos principais beneficiários, até ser revelado e ganhar repercussão aqui, através do SuperSiteGood -- não contavam com um pequeno inprevisto de ordem burocrática:

Com a extinção da Fema -- Fundação Estadual de Meio Ambiente, em maio último, o governador-empresário Blairo Borges Maggi, sem querer, acabou extingüindo também o Consema -- Conselho Estadual de Meio Ambiente, a quem caberia decidir sobre a aprovação ou não do projeto.

Diante da inexistência legal deste conselho em Mato Grosso, o caso será remetido ao Conama -- Conselho Nacional de Meio Ambiente, em Brasília, instância sobre a qual o governador do Estado, cujo grupo empresarial tem interesse na construção da Usina da Morte, não tem a menor influência. Pelo contrário.

Ironicamente, a construtora Norberto Odebrecht que argumenta ser a destruição do Salto Dardanelos ¨uma questão de interesse nacional¨, por artes do destino, vai ver seu projeto analisado por representantes de todos os Estados da Federação, salvo nova reviravolta no caso, claro.

Mais informações sobre a Usina da Morte amanhã, no décimo artigo da série SOS Dardanelos.

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