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CRÍTICAS CONSTRUTIVAS

Governador e ministra não falam da ¨Usina da Morte¨
03/09/2005 - Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br



Conforme o previsível, o governador-empresário Blairo Borges Maggi e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não tocaram no assunto Usina da Morte, ontem, em Cuiabá, durante reunião com representantes dos Estados da Amazônia Legal.

A ¨ordem unida¨ serviu também para o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Gilney Vianna, que controla uma espécie de S/A de ONGs ironicamente denominada ¨Coalização Rio Vivos¨.


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¨Dos vivos¨, seria o mais correto, diante do crime ambiental que está se desenrolando no rio Aripuanã, nas barbas do ex-guerrilheiro que foi deputado federal e estadual por Mato Grosso.

Têm interesse na hidrelétrica que vai fazer desaparecer o Salto Dardanelos -- um verdadeiro santuário ecológico encrustrado no coração da Amazônia de Mato Grosso -- a construtora Norberto Odebrecht, dona da Usina da Morte; a Eletronorte, que, com a hidrelétrica, terá como ¨justificar¨ a construção de um linhão que vai atravessar vários territórios indígenas e áreas de preservação permanente; o BNDES, que financia a lambança e a Amaggi Energia, um dos tantos braços do grupo herdado pelo empresário-governador de Mato Grosso que, com o linhão, terá como vender energia, viabilizando economicamente assim várias PCHs -- Pequenas Centrais Hidrelétricas na região Noroeste de Mato Grosso.

A Usina da Morte -- que só interessa a uma meia dúzia, conforme vimos no decorrer desta série exclusiva --, teve o Relatório de Impacto de Impacto Ambiental ¨maquiado¨ para enganar a população do município de Aripuanã, sob a promessa de geração de centenas de empregos que não passam de trabalho braçal de curtíssima duração, devido às especificidades do projeto, que se resume à intalação de um imenso duto de aço que vai tragar o leito do rio no alto da sucessão de quedas e na construção de uma casa de máquinas.

O silêncio da ministra e de seu secretário de Desenvolvimento, ontem, em Cuiabá, é eloqüente, tão eloqüente quanto sinceras as lágrimas de crocodilo que derramou quando da liberação dos transgênicos.

Vamos acompanhar o caso, passo a passo, para levar ao conhecimento do leitor todas as patifarias que cercam o primeiro grande crime ambiental do Século XXI em Mato Grosso e no país, quando nada, para ajudar a desmascarar a farsa que é a ¨nova política ambiental¨ do neo-mega-ambientalista de araque Blairo Borges Maggi -- um nazistão enrustido que quer transformar o governo de Mato Grosso numa espécie de filial, o Palácio Paiaguás em mais um barracão e o território estadual em mais um dos inúmeros latifúndios do grupo que herdou do pai, sem o menor esforço, e onde age como se fosse o dono de tudo: da terra, das matas, dos animais, da água, dos peixes; senhor até do ¨direito¨ de revogar o sagrado exercício da livre manifestação do pensamento.

  

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de Juliana Arini (nam_maste@hotmail.com)
Em 08/09/2005, 00h56
Conama, falaram de tudo e de nada ao mesmo tempo
Ora caro colega,
Como você queria que alguém lembrasse da questão da Usina da Morte na reunião do Conama, sem nem das queimadas lebraram...
Estive lá esperando para ver se alguém lembra que Aripuanã está dentro do arco do desflorestamento, mas acabou sendo engraçado - e meio trágico - ver que durante a reunião tudo foi debatido, menos o "óbvio uluante", ninguém lembrou de se discutir as queimadas, a extinção do proarco e a falta de verba do prevfogo. E mesmo estando todos nós embaixo de um céu cinza, sem nem sequer haver teto para a pouso e decolagem de aeronáves, ninguém lembrou que a Amazônia está literalmente em chamas...

Comentário de suzana (saltodardanellos@hotmail.com)
Em 05/09/2005, 23h23
hipocrisia
A MINISTRA DO MEIO AMBIENTE MARINA DA SILVA não sabe o que quer, primeiro manda a OPERAÇÃO CURUPIRA faz o maior escandalado por causa da natureza,faz centenas de pessoas perderem o emprego critica o "GRANDE AMBIENTALISTA BLAIRO MAGGI"e agora esta dando o maior apoio na constução da USINA DA MORTE, gente essa ministra tem que se decidir ou cuida do MEIO AMBIENTE ou destroi tudo de uma vez que isso eles fazem muito bem.O governador,Eletronorte e Odebrech estão preocupados com o "INTERESSE NACIONAL"mais a nossa cidade esta passando por situações criticas e eles não estão nem ai,vieram aqui na audiencia pública fizeram o programa de auditorio do SILVIO SANTOS e foram embora, para eles um sucesso mascarado para nós ARIPUANENSSES uma vergonha por ter comparecido em tal palhaçada.

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