CURTO & GROSSO

Edição de 10/05/2004

Marcos Antonio Moreira -- clickmt2004@yahoo.com.br

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Até o prefeito de Cuiabá foi à inauguração de uma escola estadual, em Cuiabá, no domingo, aniversário de Mato Grosso.

Entenda o caso:

Prefeito Roberto França faz questão de estar ausente de todas as solenidades para as quais não possa levar sua “charanga” e ser a “estrela”.

Então – indagaria o e-leitor – o que o príncipe foi fazer lá, se a obra é estadual?

Para dizer, na cara de Maggi, que o candidato dele é Sérgio Ricardo -- é a resposta.

Maggi, por sua vez, não economizou elogios ao empresário Jorge Pires de Miranda (PFL).

Ecos -– vamos dizer assim -- do quebra-pau de quinta-feira da semana passada.

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Hoje é segunda e, pela ordem natural das coisas, amanhã deverá ser terça, magna data em que “vence o prazo” -- de acordo com “plantação” na coluna Aparte, o “Suplemento Agrícola” do jornal do grupo Gazeta&Planeta...

...Para o empresário Jorge Pires de Miranda “encontrar uma saída honrosa” e desistir de concorrer à Prefeitura de Cuiabá.

E na quarta, segundo esta bat-coluna, vence o prazo para o jornal arranjar uma desculpinha esfarrapada ou – o que é mais provável, porque virou hábito – nem tocar no assunto, até a próxima “plantação”.

A propósito, a coisa foi tão mal ajambrada, que, além de trazer a “marca da ferradura” de quem plantou, surtiu efeito exatamente oposto.

É isso aí:

Saiu na Gazeta?
É treta!

Só rindo!

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Anote e depois confira:

Semana promete altas novidades no PDT e no PPS.

Por enquanto, o que podemos antecipar é isto, “para não prejudicar as investigações”

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Prefeito Roberto França (ainda no PPS) não quer a candidatura do empresário Jorge Pires de Miranda porque acha que o colega do outro lado da ponte, Jota Veríssimo (PFL), sairá fortalecido...

...E Jota Veríssimo – que conhece bem a fera -- não quer a eleição do cunhado, que também é do PFL, porque tem a absoluta certeza de que não vai mandar em Jorge Pires de Miranda.

Assim, a dupla – que vai ficar sem mandato pelo menos até 2006 -- prefere Sérgio Ricardo (agora no PPS, depois de passear pelo PFL), que está na dependência dos dois e não assusta a ninguém...

Por conta disso ou seja, para se verem livres de Pires de Miranda, cuja eleição não interessa a ambos...

...Jota Veríssimo acertou com França, que é o presidente do diretório estadual do PPS, a intervenção no diretório municipal de Várzea Grande, para inviabilizar a candidatura do empresário Murilo Domingos.

Em troca, Jota Veríssimo prometeu mover mundos e fundos para inviabilizar Pires de Miranda.

E, assim, pelas vias transversas, ambos continuariam mandando e desmandando em ambas as margens do Cuiabá -- mais desmandando que mandando, claro.

O “pobrema” é que a questão, no Reino da Vadjú, não é Murilo Domingos.

Entenda o caso:

Acontece, meu bem, acontece que, depois de duas gerações no poder, o eleitor simplesmente não agüenta mais ouvir os sobrenomes Leite e Campos – um caso típico de “fadiga eleitoral”.

Se não for para Murilo, o garboso infante Campos Neto – que, para piorar, se apresenta como “o novo Júlio Campos” -- perde para um poste, desde que o poste não tenha Leite ou Campos no sobrenome.

Em Cuiabá, o “pobrema” também não atende pelo nome de Jorge Pires de Miranda. Só para Jota Veríssimo e Roberto França, com certeza. Para a Capital, seguramente, não.

Well...

Seria exigir muito refinamento de intelecto esperar que o “príncipe” Roberto França e o “imperador” Jota Veríssimo entendam que não se trata de nada pessoal, fulanizado...

Trata-se de um processo de reoxigenação que teve início em 98, quando o eleitor deletou Júlio Campos; teve seqüência em 2002, quando elegeu Maggi e pulverizou o agora motorista de madame – Carlos Bezerra de quebra.

A assepcia ainda não terminou – tanto que 80% do eleitorado da Capital ainda não definiram o voto e outros 10% não querem nem ouvir falar em política, a cinco meses da eleição.

No interior, a situação não é muito diferente.

O lado que o eleitor vai pender, portanto, já está sendo sinalizado desde 98 – provavelmente para alguém com luz própria e que tenha um perfil semelhante ao de Maggi que, não por acaso, aparece nas pesquisas de intenção de voto como o “grande eleitor” – tanto na Capital, como nas cidades-pólo e grotões afora.

Quem vai conseguir capitalizar essa ansiedade, ainda é uma questão em aberto, mas certamente não será quem faz o jogo ou está sob o jugo dos tradicionais caciques.

Neste contexto, nos casos específicos de Cuiabá e Várzea Grande, dispensável dizer que, desta vez, vai sobrar para o lombo de quem tiver o apoio explícito ou velado do “príncipe” e do “imperador”.

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Informe Relevante:

Em três anos e lá vai fumaça, pela segunda vez estamos publicando na página inicial do Site Bom a imagem de um governador de Mato Grosso -- com o devido crédito, aqui, ao fotógrafo Édson Rodrigues, da Secom/MT.

Não, não, não!

Fique tranquilo o e-leitor que não acertamos -- nem aceitamos -- nenhuma taxa de zelo com a Secom ou coisa assemelhada.

Governador, presidente da Assembléia, prefeitos ou quaisquer outros ilustres semoventes, como de hábito, só vão ilustrar a página inicial
do Site Bom quando realmente fizerem algo que o justifique ou...

...No caso em tela, quando o flagrante comporte outras leituras, além do fato em si.

Entenda o caso em tela:

É fato sabido -- e até agora comprovado --, que cocar de índio na cabeça de político é 100% fatal -- tem carreira curta, na certa...

...Uruca que, até agora, nenhum congá conseguiu dar jeito.

Entre outros tantos, foi assim com o governador-presidenciável e "imbatível" candidato Senado que acabou motorista de madame -- o primeiro que teve a sua foto com um cocar, estampada na nossa página inicial.

Será assim com o governador-presidenciável Blairo Maggi?

Ou Rei da Soja conseguirá quebrar mais este --vamos dizer assim -- paradigma?

Façam suas apostas, senhores!

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