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Cuiabá MT, 23/11/2024
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De Última! Só lendo para acreditar


CURTO & GROSSO

Inscreva nosso RSSEdição de 14/06/2006

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br


18:24

Balanço Geral passa com ressalvas

Relatório técnico do TCE constatou que a maioria dos projetos desenvolvidos pelas secretarias estaduais de Educação e Saúde foi ineficaz.

Na Educação, aumentou o índice de reprovação e também de evasão escolar e, na Saúde, constatou-se a preocupante redução em 20% da cobertura de vacinação no Estado.

O relatório, lido pelo conselheiro Júlio Campos, aponta, ainda, falta de planejamento e cuidado do governo com a qualidade de obras públicas -– mesma falha observada na análise das contas do exercício de 2004.

Apesar destas falhas, o Balanço Geral de 2005 -- que recebeu parecer favorável do Ministério Público junto ao TCE -- foi aprovado pelo pleno, apenas com o voto contrário do conselheiro Antonio Joaquim. Ubiratan Spinelli não participou da sessão.






   

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de corregedor (correg@hotmail.com)
Em 15/06/2006, 09h08
Vai melhorar...
Aumento do analfabetismo e da evasão escolar, redução na taxa de aprovação dos estudantes. Motivos mais que suficientes para demissão da gestora da pasta. Não é por outro motivo que num estudo da Unesco a educação no Brasil figura em 14º lugar num levantamento feito em 15 países da América Latina. Ah! No Brasil, a educação de Mato Grosso ficou em 27º lugar. Nem preciso dizer que não existem 28 estados no país. E o cara tinha prometido nomear técnicos e não políticos para gerir a educação. A política deputada Ana Carla Muniz assuniu o posto aos 6 meses de governo e não saiu mais. Não sai por que? Por que não sai? Com a palavra quem nomeou...

Redução de 20% na taxa de vacinação e aquisições excessivas de prédios pela Secretaria de Saúde. Se o objetivo do governo fosse montar uma imobiliária, vá lá, mas o que estão fazendo é reinserir na população de Mato Grosso endemias que deviam estar extintas desde o século passado. É escandalosa a quantidade de prédios comprados com recursos da Saúde. Tem que ser apurados preço, necessidade e eficácia. Boa parte dos novos hostitais nem entrou em funcionamento. Com a palavra o chefe da máfia...

O programa de estradas do monsieur Pagot vai restar como o maior programa de obras paralisadas de Mato Grosso. Fizeram um monte de estradas sem planejamento, de forma a atender interesses logísticos de uma certa trade e também valorizar algumas terras. Gastou o olho da cara, o que tinha e o que não tinha, deixou uma baita dívida não contabilizada, obrigando o secretário de Fazenda a promover esse tal contingenciamento para cobrir o rombo feito pelo Pagot no passado. Nem vou falar das peripécias do irmão dele na Sinfra e na MTGás porque esse assunto está para estourar na campanha. E um animal desse quer ser vice-governador de Mato Grosso? Um sujeito que carregava pasta em Corumbiara até tres anos atrás? Santa ingenuidade! Com a palavra alguém com juízo...


17:54

Leitura dinâmica

Assembléia Legislativa sedia lançamento da 3ª Mostra de Dança de Mato Grosso

Well...

Já que perguntar não ofende:

Deputada-madrinha será a companheira Ângela Guadagnin?

KKKK!!!






   

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14:07

Intriga. Da pura

Não é verdade que o companheiro-presidente Lula tenha encomendado uma camisa xadrez do time da Croácia para forrar a mesa do movimentado boteco que mantém na Granja do Torto.

Entenda o caso:

Xadrez...

Xá pra lá!






   

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12:55

Leitura dinâmica

Parreira garante Ronaldo Fenômeno no jogo de domingo

O professor tá certo.

Entenda o caso:

Depois daquele golaço no rim do companheiro-presidente Lula, o atacante do Real Madrid merece indulgência plena até se perder pênalti aos 45 minutos do segundo tempo.

Bem a propósito:

Debate-boca Lula x Ronaldo continua rendendo.

Veja uma série de susgestões, que circulam na Net, para resposta do craque:

-- É verdade que o Sr. bebe todas?

-- Eu mesmo gordo sei fazer meu trabalho...

-- Eu gordo faço gol, já o senhor, mesmo quando sóbrio, só bola fora!

-- Sim, tô gordo... Eu não dependo do Fome Zero, né?

-- Sim, tô gordo e ganho dinheiro jogando bola. Já alguns engordam levando bola...

-- Tô gordo e como a Raika. E tu?...

-- Tô gordo e tô na Copa, tu tá gordo e tá no copo!

-- Sim, tô gordo como os bolsos dos deputados do mensalão!

-- Sim, mas subo a rampa pra abafar em campo, o senhor sobe a rampa pra estercar o campo.

-- Sim, mas mesmo assim driblo em cabeça de alfinete, o senhor só pra cagar no gabinete.

-- Tô gordo, sou centro-avante e levo o Brasil à linha do gol. Tu é gordo, ponta-esquerda e só leva o país pra linha de fundo!!!

-- É, né, presidente? Mas eu pelo menos só faço gol a favor do Brasil!

-- Sim, mas eu sou campeão do mundo, já o senhor, só se for de levar o Brasil ao fundo...

-- Tô gordo e dirijo uma Ferrari, tu é gordo e não consegue nem dirigir Brasília!

-- Sim, é que quero ser presidente! Agora só falta cortar um dedo e falar merda!

-- A Dna. Marisa vai bem?

-- Sim, mas no time que jogo, só tem gente cortada por contusão. No teu tem gente cortada por ser ladrão!

-- Quando a gente tiver bem gordo, eu paro com o futebol, o Sr. pára com a política e montamos uma dupla sertaneja: Ronaldo e Robaldo!






   

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12:16

Faça o que digo, mas...

OAB/MT promete exercer uma fiscalização severa para evitar que o poder econômico venha a desvirtuar o resultado da eleição de 2006.

Bueno...

Que tal começar pelas milionárias campanhas para a presidência da própria OAB/MT?

Tá bom...
Disfarça!






   

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Comentários dos Leitores
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Comentário de KAMARADA MEDEROVSK (donquixote@estadao.com.br)
Em 14/06/2006, 18h37
O BERERÊ E OS VESTAIS
OS VESTAIS DA OAB, DEVERIAM RENUNCIAR DEFINITIVAMENTEO BERERÊ RECEBIDO DO POVÃO, POR CONTA DE UMA TAL "CUSTA JUDICIAL"...BEM COMO EXPLICAR O DESTINO DA VERBA ZELOSA, E.....BEM A PROPÓSITO, CONSTA QUE O GLORIOSO MP TAMBÉM RECEBE O DONATIVO E DESTINA A BUFUNFA A ASSOCIAÇÃO DO MP, ENTIDADE PARTICULAR, QUE TEM POR FIM O LAZER DO ÍNCLITOS PROMOTORES...SENDO ASSIM , TODOS PODEMOS CANDIDATAR-NOS A SÓCIOS DA ENTIDADE?

AOS SRS DO MP E DA OAB,EXPLIQUEM-NOS A CASUÍSTICA..

Comentário de Enzo Martins (enzomartins@hotmail.com)
Em 14/06/2006, 12h27
Faça como o faço.
Poderia começar com uma besteirinha no Estado...O atual governo proibiu que suas repartições paguem a anuidade de seus servidores que assinam documentos públicos. Assim, um engenheiro civil tem que possuir uma autorização do seu conselho para assinar documentos, e, até o governo Blairo Maggi, a Secretaria da Infra-Estrutura pagava pela autorização, mas, desde então, o servidor deve desembolsar essa taxa se quiser pôr seu nome num documento público. Tudo certo? É claro que não, isso vale para todos os profissionais, engenheiros, contadores, advogados, todos, menos os advogados-procuradores do Estado. Sim, o Estado nega à todos, mas, a PGE paga aos seus.


11:31

Dura sex, sed lex

Justiça do Trabalho decide, em última instância, que empregada doméstica não tem direito a hora extra.

Click aqui para ler a decisão.






   

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Comentário de Enzo Martins (enzomartins@hotmail.com)
Em 14/06/2006, 12h18
Sim senhor, havemos a Lei.
A Lei é dura, deverás o é. Mas, isso pode pôr um pouco de razão nas promíscuas relações entre os empregados domésticos e seus patrões - uma ligação que remonta ao tempo das senzalas -, por que é comuníssimo a empregada desfrutar das coisas da patroa, comida da geladeira, inclusive, e ser tratada "como uma pessoa da família". Oras, quando há sentimentos envolvidos numa relação de prestação de serviços há um sério problema comercial, um desgaste financeiro e afetivo. Bem, havemos a Lei.


10:56

Torcida Organizada

Crime Organizado está torcendo como nunca hoje. E não é para o Brasil ganhar a Copa.

Entenda o caso:

Agentes, escrivães, peritos, papiloscopistas e servidores administrativos da Polícia Federal ameaçam entrar em greve, caso o companheiro-ministro Márcio Thomaz Bastos não atenda hoje as reivindicações da categoria.

Click aqui para saber mais.






   

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10:28

Mamma mia!

Secretário Cloves Vetor-atto viaja para a Itália em companhia de alguns prefeitos, com duplo objetivo:

¨Vender¨ Mato Grosso e limpar a barra de Soja Majestade, onde -- goste ou não -- ¨Meu Rei¨ é considerado o comandante em chefe da devastação da floresta Amazônica e cabeça-de-ponte dos transgênicos.

Ecco...

Si bene conosco tutti quanti...

Bambino Vetor-atto vai voltar contando maravilhas e tal...

...Mas o fato é que a cada exibição daquelas ensebadas transparências que carrega debaixo do braço para ¨provar¨ que a Amazônia foi devastada ¨muito pouco¨...

...Só vai piorar as coisas...

...Si bene conosco tutti quanti.






   

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10:07

Pesquisa Ibope

Nova rodada de pesquisa de intenção de voto CNT/Ibope aponta o companheiro-presidente Lula disparado na liderança, com 48 pontos percentuais, contra 19 pp do candidato tucano Geraldo Alkmin.

Só pra chatear:

Em todas as pesquisas realizadas na virada de maio para junho, companheiro Lula sempre estava com mais que o dobro das intenções de voto do segundo colocado, nas três eleições em que perdeu.

Acontece...






   

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08:56

Salivatur

No dia em que discurso virar atração turística, Mato Grosso vai estar bem arrumado.

Entenda o caso:

Mato Grosso investiu menos na divulgação do ecoturismo na Amazônia que o Estado do Maranhão -- que oficialmente faz parte do Nordeste, mas tem uma nesga de floresta.

Click aqui para saber mais com Montezuna Cruz, na coluna Tema Livre.






   

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08:38

Meu Rei faz gordura

Entenda o caso:

Grupo Amaggi acaba de fechar financiamento de 230 milhões de dólares com um pool de bancos capitaneado pelo holandês Rabobank e do qual também fazem parte o Forties Bank, ING, BNP Paribas, WestLB, HSBC, Credit Suisse, MUFJ, KBC, Societé Generale, Natexis e Itaú BBA.

Traduzindo:

Soja Majestade opera com a perspectiva de um cenário internacional nada alvissareiro para o mercado de grãos, pelo menos até 2008.






   

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08:23

Santa ingenuidade

Adriana Vandoni -- um belo texto --, teve artigo censurado no (ex?) Diário Oficial Cover, porque tratava das peripécias dos deputados Pedro Henry, Lino Rossi, José Riva e Humberto Bosaipo.

Entenda o caso:

Na época em que presidiu a extinta Sanemat, na Era Dantesca, Pedro Henry construiu uma sólida amizade e conquistou direitos “líquidos e certos”, vamos dizer assim, com os controladores do grupo...

Lino Rossi é cria da casa...

...E, assim como José Riva e Humberto Bosaipo, que se alternaram na presidência da Assembléia durante aqueles tristes anos, o Grupo Gazeta&Planeta também era um dos clientes VIPs do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro.

Traduzindo:

Um segura o rabo do outro e se alguém roer a corda, desaba todo mundo.

Só pra constar:

A articulista – que é tucana de carteirinha – não abriu o bico quando o jornal “Correio da Imprensa” foi empastelado no governo Frederico Campos, em 81; jamais protestou contra a censura econômica e os seguidos processos contra jornalistas, durante a Era do Desfrute e não nos consta que tenha se solidarizado em tantos outros episódios do mesmo naipe, inclusive quando este bat-canal foi tirado da rede.

De qualquer forma, o episódio -– comum nas redações, onde matérias são “derrubadas” diariamente, por prejudicar os interesses políticos e econômicos dos proprietários -– não deixa de ser uma violência e merece repúdio.

E, se continuar censurada, na trincheira ¨daquele saite que ninguém lê” -- editado por aquele pobre marquês que escreve coisas que ¨só existem na cabeça daqueles que querem tumultuar o processo¨ --, sempre tem espaço para os proscritos de todas as correntes políticas e ideológicas.

Que não seja por isto.






   

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Comentários dos Leitores
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Comentário de Marcos Antonio Moreira (fazperereca@yahoo.com.br)
Em 14/06/2006, 15h17
Refresco na memória -- II
Prezado consulente,

Basta um click no ícone ¨busca¨ e digitar ¨Correio da Imprensa¨, para ter acesso a tudo o que foi publicado a respeito.

Well...

Depois, é só passar no caixa do Grupo Fazendas Reunidas Perereca Enterprise, Broadcasting & Corporation e deixar seu generoso óbolo... para nossas obras sociais, claro.

Comentário de Daniel (marmidan@brturbo.com.br)
Em 14/06/2006, 13h19
Refresco na memória
Alguém poderia esclarecer sobre o episódio citado do Correio da Imprensa? À época era ainda um cidadão vagabundante pelos bancos universitários e apenas estranhei que o jornal citado tinha saído de circulação.
Um abraço.

Comentário de Enzo Martins (enzomartins@hotmail.com)
Em 14/06/2006, 12h11
Apóio II
Querias o quê, senhor jornalista? Que unam-se todos os mato-grossenses da imprensa contra arbitrariedades? Oras, a bela economista é da elite local, portanto, poucos a alcançarão - e desde que desouça alguma coisa sempre terá a camaradagem dos seus -, mas, os demais que escrevem são da prostituída classe média, e é óbvio que estarão ao lado da mão que os alimenta, ainda que os espanque. Deixa prá lá, vamos às futricas da Casa Grande...Aposto como o machão que a agrediu é o ex-roliço e pura olheiras Lino Rossi...

Comentário de Marcos Antonio Moreira (fazperereca@yahoo.com.br)
Em 14/06/2006, 11h44
NÃO HOUVE CENSURA -- II
Well...

Não é bem isto o que afirma a articulista em texto publicado na edição de ontem do site ¨Observatório da Imprensa¨.

Segue a transcrição:

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Opinião censurada pela cultura do ¨deixa pra lá¨

Por Adriana Vandoni em 13/6/2006

¨Doce ilusão pensar que vivemos numa democracia onde o expressar do pensamento não tem barreiras. Infelizmente os políticos brasileiros continuam agindo acima da lei e demonstram isso sem o menor pudor ou temor. Temer a quem? São constantemente absolvidos por seus pares ou se valem da imunidade parlamentar para se esquivar da Justiça e se posicionarem, literalmente, acima da lei.

Na quarta-feira (7/6), escrevi um artigo para ser publicado no diário A Gazeta, de Cuiabá (MT), sobre a atuação de quatro deputados do PP – dois federais e dois estaduais. Os parlamentares federais não se pronunciaram, até porque estão por demais ocupados em explicar a participação deles no esquema revelado pela Operação Sanguessuga. Os dois estaduais, apesar de não menos envolvidos em escândalos policiais, acharam-se no direito de cercear minhas palavras, de coagir meus pensamentos. E conseguiram convencer o jornal, que se recusou a publicar meu texto sob a alegação de ¨não mais tocar nesse assunto¨.

Entendo a postura e decisão do jornal, apesar de não concordar com ela. Por isso, como fui impedida, publiquei em minha coluna de domingo (11/6) uma receita de massa, simbolizando um retorno à barbárie da censura de imprensa. Não tão violenta fisicamente, pelo menos até agora, mas uma agressão da mesma proporção da que acontecia nos anos 1960-70, quando jornais como o Estado de S.Paulo e o Jornal da Tarde, colocavam no lugar das colunas censuradas poemas de Camões e receitas de bolo. A seguir, o texto recusado por A Gazeta:

Triunfo das nulidades

A liberdade de expressão é Direito Supremo da Democracia. A imprensa tem papel fundamental na cobrança à observância dos princípios democráticos, na fiscalização da atuação dos setores público e privado, na denúncia de irregularidades, é lógico que sempre observando os limites constitucionais e legais do Direito. Tendo isso em mente sempre me pautei por esses princípios. Não sou jornalista, mas através de colunas opinativas ocupo espaço na imprensa, e como articulista me atenho às informações captadas por reportagens, amparo-me em documentos, pareceres ou decisões da Justiça. Pratico meu ofício de opinar seguindo a Constituição Federal, que me garante no Art. 220 que a manifestação do pensamento, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição.

Porém, não tenho papas na língua e não tenho compromisso outro, senão com a ética e a verdade, e quem acompanha meus textos sabe disso, por isso estou exposta a reações inclusive de repúdio. A verdade incomoda, principalmente àqueles que ainda não assimilaram a existência dessa liberdade de expressão.

Escrevi um artigo relembrando ilícitos cometidos por figuras locais. Ilícitos já amplamente divulgados pela imprensa e por órgãos da Justiça. Relembrei também alguns delitos cômicos, todos veiculados pela mídia, descobertos e divulgados por autoridades da Justiça brasileira.

No mesmo dia em que o artigo foi publicado, as coações começaram a ser feitas. O método usado foi indireto, ou seja, eram enviados recados através pessoas ligadas a mim, ou que eles julgavam ligadas a mim. Quando soube do fato me questionei as razões de não terem entrado em contato direto comigo. Porque envolver outros? Porque optaram por mandar recadinhos?

Como não sou mulher de mandar recados, assim que soube telefonei para um dos ¨corajosos¨ para passar o meu telefone, caso ele não tivesse, e avisar que quando quisessem me fazer intimidações, que ele e seu companheiro não envolvessem outros.

Como fui ingênua! Esqueci-me a espécie de gente com a qual estava mexendo. Fui atendida aos berros e, com o telefone em viva-voz (percebi isso) o cidadão (!) passou a gritar ¨vagabunda¨, entre outras coisas. Acredito até que o fato dele ter platéia tenha sido o motivador da súbita atitude de macheza, uma vez que o cidadão (!) não é conhecido exatamente por valentia ou por assumir posições, mas a viva-voz forjou-lhe coragem e deu-lhe a chance de impressionar os que o rodeava.

A ameaça foi contra a honra minha e de minha família. O cidadão (!) disse que eu e meu marido não prestamos, espero que ele tenha como provar isso, como também prove que sou uma pessoa ¨que age com desonestidade, canalha, biltre, de má qualidade, ordinária¨ e assim comprove que sou de fato uma pessoa ¨vagabunda¨. Mas quero que meu extorsionário prove isso na Justiça, pois me recuso a manter diálogo com tipos que se comportam como bandidos.

Diante dos berros e ao perceber o telefone na viva-voz, desliguei para não participar do circo montado pelo valente recadeiro. Interessante é que o rompante de macheza passou rapidinho. Logo que desliguei o telefone, meu marido tentou por diversas vezes ligar para o cidadão (!), mas ele não teve coragem de atender. Diante dessa postura imagino que se fosse um assaltante de casas seria do tipo que quando sai das casas assaltadas deixa sempre a privada cheia.

Isso é uma clara intimidação truculenta para cercear o direito constitucional da livre expressão. Estes cidadãos (!) agiram como se os limites da Lei pertencessem a eles. Acreditam que ainda podem esconder a verdade usando a coação, a intimidação ou ameaça. Pessoas que agem assim, mas que costumam transitar com desenvoltura pelas colunas esportivas, políticas, sociais e policiais dos noticiários nacionais, deveriam ter um comportamento mais inteligente ou estratégico diante de críticas.

Maquiavel em seu livro O Príncipe aconselha às pessoas que pretendam impor respeito a se mostrarem temidos, mas alerta que é mais seguro conquistar o respeito através da competência. Como neste caso a segunda alternativa é improvável... valem-se da intimidação.

Este meu relato prova que mortes como de Tim Lopes e tantos outros jornalistas ou articulistas não são fatos isolados ou esporádicos. Prova que falar ou escrever, apesar da democracia, ainda é um ofício de risco neste país. Infelizmente tive que escrever este artigo como forma de me proteger. É ultrajante essa distorção de direitos, onde quem comete delitos, faz chantagem, ameaça a integridade de pessoas de bem, apropria-se do que não lhe pertence, e mesmo os que matam, possuem o livre transitar. É como Rui Barbosa disse: ¨De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto¨.

Estou me sentindo ameaçada na minha liberdade de expressão e na minha liberdade de ir e vir, direitos constitucionalmente garantidos aos cidadãos. Não sei até aonde são capazes de ir pessoas que fazem da intimidação a sua defesa, não a defesa de sua honra, já que dessa parecem ser desprovidos, mas em defesa do seu poder. Tenho filhos e não estou acostumada a viver com pendências e nem me escondendo dessa espécie de gente.

Confio na Justiça e na atuação dela como única garantidora dos princípios constitucionais.¨

...

Só pra complementar:

Como se vê, o fato de não ter vivenciado o drama -- possivelmente nem era nascida --, não impediu a sra. Adriana Vandoni de citar a censura na década de 70. Apenas o ocorrido aqui, na década de 80.

Comentário de Adriana Vandoni (avandoni@uol.com.br)
Em 14/06/2006, 11h20
NÃO HOUVE CENSURA
Meu caro Marco Antonio, ainda outro dia perguntei a um amigo quem era vc, pois me divirto com sua notas. Portanto, sou sua assídua leitora.
Agora vamos aos fatos:
1- Ñ houve censura do Jornal. Em hipótese alguma fui censurada. Houve apenas um posicionamento do Jornal que eu entendi como normal. O artigo que vc se refere foi publicado na coluna do Claudio Humberto, que republica alguns dos meus textos.
2- Os envolvimentos societários, políticos, financeiros ou qualquer outro, do Jornal A Gazeta não me interessam. Nunca deixei de falar deste ao daquele assunto por determinação do Jornal. Escrevo o que quero e sempre fui respeitada pelos profissionais da Gazeta, da mesma forma que os respeito.
3- Em 81 eu estava na pré-adolescência, vc há de convir que naquela época, seria um tanto quanto precoce eu assinar colunas opinativas.
Bem, acho que respondi alguns pontos, se ficaram outros em aberto, depois eu envio a resposta, ok?
No mais, só tenho a agradecer a chance de me pronunciar e te dar parabéns pela coluna e pelo bom humor de todo dia.
Abraços
Adriana Vandoni

Comentário de Enzo Martins (enzomartins@hotmail.com)
Em 14/06/2006, 09h07
Apóio
Oras...O texto da bela articulista não é um primor não, senhor Perereca, baseando-se muito mais em escritos do Doutor Gugou que árduas horas de leitura e meditação, entretanto, censura também não, pô! Acaso o artigo não está perdido por aí, pronto para ser publicado?


07:36

Cabô o pobrema

O fim, praticamente certo, do instituto da reeleição quebra o encanto do cargo de vice e, no caso específico da encrencada coligação Mato Grosso Mais Forte, remove o principal pobrema na composição da chapa liderada por Soja Majestade:

A briga de foice entre o ¨Bríncipe¨ Auad -- que controla o diretório estadual e quer manter a esposa, Iraci, como vice, e a Turma da Botina que, com a discrição e a sensibilidade de um mamute desembestado em uma loja de cristais, manobra para emplacar o ex-super-híper-secretário Luiz Antonio Pagot...

...Todos fissurados com a possibilidade de assumir por oito meses e disputar a eleição em 2010 e a reeleição em 2014 com a máquina na mão.

Este e muitos outros ¨boatos¨ e comentários exclusivos, no decorrer do dia, só aqui nesta bat-calúnia.






   

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