Ninguém espera nem deseja que o governador de Mato Grosso estabeleça residência oficial em um conjunto do programa Minha Casa, Minha Vida -- seria exigir muita "transformação" de um bugrinho só.
O atual Esse-Lentíssimo, como os antecessores ex-Soja Majestade e o garimpeirão Silval Cunha Barbosa, optou pelo próprio apartamentão-açu bem sarado -- entre uma jura e outra de um "novo tempo".
Isto, inicialmente. Depois do divórcio -- cada caso é um casal e vice-versa; é lá "pobrema" exclusivamente deles -- PTX foi de mala e cuia "assistir" no condomínio horizontal mais hoolywoodiano desta plaga.
Aí já passa a ser, sem aspas, problema nosso -- que pagamos o aluguel, que deve ser salgado no Florais do Lago, onde moram os bacanudos destas Minas da Villa Real de São Bão Jesus do Cuyabá.
A "menas", claro, que tenha adquirido as amplas, modernas e suntuosas instalações da mansão de gosto duvidoso -- transação milionária que sairia nas colunas sociais que abundam na concorrência.
Well...
Considerando que também bancamos uma certa (?!!!) Secretaria Extraordinária -- e bota "extra" e "ordinária" nisto! -- de Transparência, as indagações que fazemos ao considerado são as seguintes:
Se alugada, quem é o senhorio do cafofo?
Se foi comprada, qual o valor do negócio?
Viaturas da CAB Ambiental passam por cima e até desviam dos trocentos vazamentos de água nas vias da Capital, no cumprimento da nobilitante função social de cortar o fornecimento de consumidores inadimplentes.
O i-móvel do crime onde vão realizar o "selviço", não raro, fica no endereço do mina(dura)douro, porém, tanto o motorista como o técnico armado de sinistra chave inglesa não dão a mínima para tal "pequeno detalhe".
Que tal discutir a relação entre as equipes?
PSDB dispara a esmo spam não autorizados, prática que é proibida, mas, para que servem as leis? Os últimos -- esperamos que sejam, mesmo! -- com que fomos "contemplados" repetiam cinco vezes a "boa nova":
Por serviço, entenda-se: "desembaraçar" (?!?!?!) as obradas do VLT Cbá/Vadjú até o final de 2018 e, em explícito nepotismo cruzado, W$ nomear o irmão demitido do Metamat por coação a servidores...
...Pasmem!, para a Secretaria de "Gestão de Pessoas" da Assembleia Legislativa, em dobradinha com o novo presidente da Casa e sócio-proprietário de uma prestadora de serviços no ramo de iluminação pública...
...A mesma que teve um veículo Gol branco apreendido pela Polícia Federal na reeleição do hominho porcaria para a Prefeitura, lotado de cheques nominais destinados a comprar votos no bairro Pedra 90.
Se merecem!!!
Outra meritória iniciativa da tucanalha ocorreu na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social, que promoveu a estapafúrdia -- e criminosa -- Expo-Órfão, que comentamos semana passada bem aqui, óh!.
Em tempo! Por recomendação médica, aos sábados
e domingos, apenas podemos tratar de temas leves.
A sociedade brasileira já percebeu a necessidade de uma bem estudada reestruturação econômica em nosso país. Para tal esforço a equipe técnica do governo especificou medidas imprescindíveis para equilibrar as contas públicas.
Contudo, do que se pode concluir da “guerra de versões”, alimentada ao sabor de vários interesses, se aquelas ações não forem calibradas e justas, os resultados serão desastrosos para as nossas Forças Armadas.
Parcela significativa da população – e até mesmo dos formadores de opinião – desconhece tanto o funcionamento dos regimes de Previdência quanto os principais aspectos discutidos na reforma ora em gestação.
Acende-se o alerta de que é impositiva uma acurada atenção da parte dos mentores das mudanças para evitar que, na ânsia de proceder à correção de rumos e à supressão de “privilégios”, cometam injustiças, por ignorarem as peculiaridades espartanas da profissão militar, que possam vir a descaracterizar ou até mesmo tornar inviáveis a Marinha, o Exército e a Aeronáutica.
As Forças Armadas são instituições permanentes de Estado, que exigem dos seus quadros requisitos que extrapolam meras relações trabalhistas entre empregador e empregado e caracterizam a essência da profissão militar: servir à Nação, sem nenhuma contestação.
Essa relação da sociedade com os seus militares é uma espécie de “contrato social”, no qual fica acordado que as restrições de direitos – às quais aderem os militares – são recompensadas com a devida proteção social que lhes confere a Nação.
Importante destacar que, nas discussões que tomam conta do País, os militares não se utilizam das peculiaridades da carreira para “ameaçar” a sociedade e assim obter tratamento temperado por “regalias”.
Nas distantes fronteiras do País, encontramos os militares. Na pacificação das comunidades no Rio de Janeiro, ali estão os militares.
Na guarda das urnas eleitorais, eis os militares.
Nas ações governamentais de defesa civil, nunca nos faltam os militares.
Na distribuição de água, no Semiárido nordestino, e no combate ao mosquito Aedes aegypti nos deparamos com os militares. Na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, ali estavam os militares. No apoio à população do Haiti, lá nos representam nossos militares.
Sentimos muito orgulho de atuar sob quaisquer circunstâncias. É missão, estamos prontos!
Tem sido cada vez mais frequente o clamor da sociedade por seus militares, por sua capacidade de pronta resposta, pela disciplina e pelo espírito de cumprimento do dever.
A dedicação integral e exclusiva ao serviço impede-nos de exercer qualquer outra atividade profissional.
Se comparados com outras carreiras típicas do Estado brasileiro, é fácil notar que dependemos, há tempo, de soldos incompatíveis com o que o dever nos exige em termos de dedicação e de responsabilidade.
Pouco conhecido do público é o fato de que, ao final da carreira de 30 anos, quando transferido para a inatividade, as horas trabalhadas pelo militar equivalem a 45 anos, se comparadas às de um trabalhador civil.
Isso se deve à realização de atividades de adestramento e operações continuadas, além dos serviços de escala de 24 horas, seguidas de expediente no dia posterior, inclusive em fins de semana e feriados, tudo isso sem os conhecidos direitos sociais e trabalhistas legalmente concedidos aos trabalhadores das outras classes, tais como o adicional de periculosidade, o FGTS e as horas extras.
Ressalta-se que o militar não pleiteia esses direitos, pois são incompatíveis com as exigências legais da “carreira das Armas”.
O mais importante é cumprir o juramento do soldado perante a Bandeira Nacional: “Dedicar-se integralmente ao serviço da Pátria e defendê-la com o sacrifício da própria vida” – por esse compromisso não há preço a pagar.
No entanto, é mister perguntar: a sociedade aceitaria que um militar não se apresentasse para uma missão sob a alegação de que “está na folga”, após o serviço?
A sociedade estaria disposta a “pagar horas extras” pelo emprego continuado, nas missões de garantia da lei e da ordem?
Logo, é impróprio entender como “privilégio” o que, na verdade, é um cerceamento de direitos e uma imposição de deveres.
Os militares já contribuíram, pesadamente, para o esforço de redução de custos do Estado.
Em 2001 foi realizada ampla “reforma” no sistema de proteção social dos militares das Forças Armadas. Naquela ocasião, vários direitos foram suprimidos, tais como o adicional de tempo de serviço, as licenças especiais e a pensão para as filhas.
Essa discussão deve ser mais aprofundada e não se restringir a uma questão numérica de simples redução de custos.
Ela deve incluir, como questionamento, o que a sociedade deseja de seus cidadãos fardados: profissionais militares, com prontidão, motivação e dedicação exclusiva, ou milícias, cuja disponibilidade permanente à Nação ficaria limitada por direitos individuais regidos por legislação trabalhista ou conchavos espúrios?
Os argumentos apresentados ao longo deste artigo podem parecer ideias exclusivas do estamento militar. Não é verdade!
Em recente trabalho realizado pela Fundação Getúlio Vargas – e não se pode duvidar do reconhecimento acadêmico e da isenção dessa instituição – ficam claras as especificidades da nossa carreira e as razões para que não se mesclem argumentos de ordem econômica com a defesa da sociedade brasileira, à qual servimos.
Neste momento crucial, em que a Nação busca mares calmos e bons ventos que a levem a porto seguro, faz-se necessário que o Estado e a sociedade procedam à urgente e inadiável equalização das contas públicas e, simultaneamente, ponderem acerca de não desfigurar a essência das nossas Forças Armadas e de não ferir de morte a alma de seus militares, o que – livre-nos Deus – seria inaceitável.
Politicamente correto, agora, quer patrulhar até o Carnaval
A irreverência é marca registrada do carnaval carioca. Por isso, soa dissonante o bloco dos que defendem a exclusão de marchinhas como “O teu cabelo não nega", “Cabeleira do Zezé”, “Maria Sapatão", “Índio quer apito" e “Mulata bossa nova", sob o argumento de que são ofensivas e perpetuam preconceitos.
A ala dos politicamente corretos quer banir também algumas fantasias, como as de índio e nega maluca, consideradas desrespeitosas. Sobrou até para a purpurina, acusada de provocar danos ao meio ambiente — agora, recomenda-se um tipo de brilho comestível, usado na decoração de bolos e doces.
A cizânia chegou a tal ponto que o Bloco Mulheres Rodadas cogitou cortar de seu repertório o clássico “Tropicália", de Caetano Veloso, pela simples referência à palavra mulata. Mas voltou atrás e acabou mantendo a canção.
“Entendemos que o termo não é central na música e não houve qualquer intenção de Caetano de ser racista", justificou Renata Rodrigues, uma das fundadoras do bloco. No entanto, marchinhas como “O teu cabelo não nega" continuam vetadas.
Autor de “Cabeleira do Zezé", “Maria Sapatão" e “Mulata Bossa Nova", João Roberto Kelly critica a patrulha e se diz surpreso com a celeuma criada em torno desses clássicos dos salões:
“Na minha opinião, a mulata é o tipo mais representativo da mulher brasileira. Essa polêmica não combina com carnaval".
De fato, o carnaval, desde sua origem nas festas pagãs da Antiguidade, sempre teve espírito libertário, com excessos, transgressões e inversão de papéis.
E esse DNA se mantém até hoje, guardadas as regras de convivência em sociedade.
Marchinhas com frases de duplo sentido ou politicamente incorretas são uma característica da folia. Importar idiossincrasias de outros países pode acabar dilapidando traços importantes de nossa cultura.
Essa verve transgressora fica patente não só nas letras das marchinhas, mas nos próprios nomes dos blocos: Suvaco do Cristo; Perereka sem dono; Balança meu Catete; É pequeno mas vai crescer, Planta na mente; Pinto Sarado e Rola Preguiçosa são apenas alguns da lista de mais de 400 grupos autorizados pela Riotur a desfilar este ano.
O estilo irreverente está presente ainda nas fantasias. Por isso, não faz sentido querer banir da folia figurinos de nega maluca e índio, duas tradições da festa.
O que seria do Cacique de Ramos sem seus índios? E o desfile da Beija-Flor, que este ano terá “Iracema" como enredo?
Blocos, escolas de samba e anônimos foliões devem ter liberdade para se expressar. São eles, com sua espontaneidade, que fazem a alegria de um evento que deverá reunir este ano 5 milhões de pessoas, atraindo 1,1 milhão de visitantes e gerando recursos da ordem de R$ 3 bilhões para a cidade.
O carnaval de rua chegou até aqui embalado por algumas das marchinhas que agora estão na berlinda. Patrulhar esse patrimônio carioca é fazer o samba atravessar.
Na política, o que apenas se assemelha muitas vezes vira idêntico, análogo, tal qual. Assim como o fato (cuja realidade pode ser comprovada) dá lugar à versão – ou a mais de uma.
Tudo depende do gosto do freguês, que pode ser aquele que compra, mas também o que vende habitualmente a determinada pessoa, ou grupo de pessoas.
É prerrogativa do presidente da República criar e extinguir ministérios, e nomear ministro quem bem quiser, desde que habilitado.
Comparar o que fez Dilma ao promover Lula a chefe da Casa Civil com o que fez Temer ao promover Moreira Franco a ministro da Secretaria Geral é confundir “feijoada com paio” com Cid Sampaio.
Dou por dispensável explicar o que seja feijoada com paio. Quanto a Cid Sampaio, ele foi um político da extinta União Democrática Nacional (UDN) que governou Pernambuco entre 1959 e 1963.
Lula foi promovido a ministro porque corria o risco de ser preso pelo juiz Sérgio Moro. Ele já era investigado formalmente pela Polícia Federal e, 12 dias antes, havia sido levado coercitivamente para depor.
Vazaram áudios que deixaram claro que a nomeação tinha como objetivo protegê-lo da primeira instância da Justiça de (Moro, no caso), garantindo-lhe o privilégio de só prestar conta ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um dos áudios, na véspera da posse, Dilma informou a Lula que um emissário lhe entregaria cópia do ato da nomeação que ele deveria assinar e que já fora assinado por ela. Por quê?
Porque de posse do ato, se o japonês da Polícia Federal batesse à sua porta nas próximas horas, Lula poderia escapar de ser preso alegando que já era ministro.
O japonês não apareceu. Lula tomou posse no dia seguinte. Mas ela acabou anulada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.
Moreira Franco está no governo desde que Temer substituiu Dilma para que ela respondesse fora do cargo ao processo de impeachment. Continuou no governo depois que Temer sucedeu a Dilma em definitivo.
Sabe-se que Moreira é citado em delação ainda não divulgada. Mas por ora é só. Delação não é processo, é meio de prova. Pode dar ensejo ou não a uma denúncia. Somente se a denúncia for aceita é que ele se tornará réu.
Lula já foi denunciado cinco vezes. E é réu em cinco processos que estão nas mãos de Moro. A única coisa que se pode dizer é que Moreira ganhou o direito a foro especial que Lula tentou ganhar, mas que perdeu.
É fato que processo no STF demora mais a andar do que processo sob o comando de Moro. Em compensação, não é de Moro a última palavra. Cabe recursos. No STF, não cabe. A última palavra é dele.
De volta ao mundo da política: posso achar que Temer fez de Moreira ministro para protegê-lo de Moro. Mas só posso achar. Nada de ilegal há nisso. Quanto à moral... O conceito de moral na política é outro.