Apesar da sucessão diária de escândalos em todos os poderes da República – cada um mais cabeludo que o outro, todos bilionários – intriga os tais analistas políticos bem informados o fato de o pooovo "permanecerem" inerte ante tanta bandalheira, principalmente porque as manifestações-monstras de junho de 2013 começaram por um minguado aumento de 20 centavos na tarifa de transporte coletivo.
A coisa foi num crescendo, com milhões de brasileiros e brasileiras vestidos de verde-amarelo ganhando as ruas em todas as cidades destepaíz, até desaguar no "impicha" da companheira-presidenta Dilma e sua substituição pelo vice da chapa PT-PMDB, Michel Temer, desde o início fustigado, ora pelos ex-aliados petralhas, que viam no devido processo constitucional um delirante "golpe dazelite"...
...Ora pelas flechadas desgovernadas do ex-procurador-geral Rodrigo Janot – duas no total, ambas ocas – com "base" em delação marota do maior anunciante da TV Globo, o Grupo JBS/Friboi. Mas nem a latomia repetida à exaustão nos cinco jornalísticos da emissora – turbinado semanalmente pelo Fantástico – conseguiu motivar a população a reocupar as praças públicas e apear o presidente, conforme o planejado.
Bem que a companheirada tentou ene vezes, porém sempre com fracasso de público, crítica e, sobretudo, de autocrítica. Nem a ameaça de Lula de "incendiar o Brasil" se condenado por corrupção, formação de quadrilha e outros malfeitos, sequer empolgou os devotos de sua seita e, "menas" ainda, amedrontou quem trabalha honestamente, embora espoliado. A derradeira cartada, via MST, será ocupar...
...As universidades federais, a fim de forçar a intervenção da PF e/ou da Força Nacional, pra ver se assim, finalmente, consegue "construir" o cadáver de um "mártir das lutas sociais, das liberdades, da democracia popular e da causa". O "comandante Stédile", contudo, vai ter que apertar o passo se quiser ter o caixão de um bestalhão para arrastar pela alça pra cima e pra baixo, cercado de carpideiras petistas.
Isto porque nosso não menos ensandecido líder do PFDB no Supremo, Gilmar Mendes, já sinalizou que vai rever seu voto pró e impedir que políticos condenados pelos TRFs cumpram pena após condenação em segunda instância. Sacumé, enquanto era o seuzinho da viv'alma mais honesta do mundo que estava na reta, tudo bem, ferro na boneca. Agora, com os tucanalhas no grupo de risco, aí, nem morta!
Podemos estar muuuito enganados – não soe acontecer –, aliás, podem chamar de "chute", premonição, o caralho de asa, mas partilhamos a tese segundo a qual o pooovo "têm" alma, intuitivamente "farejam" o perigo e "reagem" em bloco monolítico, tipo manada, como no caso dos 20 centavos. Não será diferente com essa indulgência plena aos ladrões abonados, até "última instância" – ou seja, para todo sempre.
Qué vê? Então, escuta!
Em tempo: reza lenda urbana que quando explodiu o Caso Mensalão, em 2005, já ministro do Supremo Tribunal Federal, vindo da Advocacia Geral da União, GM foi um dos "luas pretas" mais enfáticos na defesa do "trinco" de que se deveria deixar a Jararaca – ainda no primeiro mandato – sangrar. Deu no que deu: foram mais três piabas consecutivas. Com viés de alta – pelo ronco, pelo berro.
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Os produtores rurais de Mato Grosso – os pecuaristas, principalmente – que desejam realmente saber de que lado está o deputado federal, vice-líder do PFDB na Câmara e porta-voz de uma certa (?!!!) Frente Parlamentar da Agropecuária ou algo assemelhado, candidato putativo ao Senado em dobradinha com PTX, precisam ver ou rever aqui e aqui, óh!, que apito o curioso semovente toca.
O presidente Michel Temer tem uma vantagem. Segundo os critérios adotados pelos institutos de pesquisa – e não os estou contestando necessariamente –, não há mais espaço para a queda de prestígio.
Não acredito num novo surto de linchamento tendo como guias patriotas do quilate de Joesley Batista e Lúcio Funaro.
A Comissão de Ética Pública da Presidência e a Procuradoria-Geral da República discutem a assinatura de um acordo de colaboração para troca de dados sobre investigações criminais que envolvam autoridades.
Com isso, a Comissão de Ética espera ter acesso as apurações da procuradoria para utilizá-las em processos instaurados pelo colegiado contra ministros e outras autoridades que podem levar a sanções éticas.
Levantamento do Paraná Pesquisa mostra que o ex-presidente FHC pode ser prejudicial a candidatos em 2018. Para 40%, o apoio de FHC diminuiria chances de voto. Para 49,4% o apoio não faz diferença.
A crise que flagela o País é mais uma da turbulenta evolução pós-1930: aumento da população – de 40 milhões para 207 milhões, hoje a quinta do mundo –, industrialização acelerada e urbanização desordenada.