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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

O jeca ameaçou: vou sobreviver
04/11/2015 - Valentina de Botas - Veja.com

A celebração acabrunhada do aniversário de 70 anos de Lula foi tão disfórica que Chico Buarque trocou os parabéns por um sinto muito.

O verniz do mito cuja ascensão se traduziu em retrocesso para o Brasil só reluz aos olhos de quem prefere ver o brilho da chave do cofre ou dos devotos incuráveis.

Ao tentar reverter o fluxo irreversível do perecimento, o jeca não se importa em tentar arruinar o que ainda resta do país exaurido.


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Chocante?

Somente porque confirma as expectativas.

Pois, o jeca faz da verdade, a cada instante, um desacontecimento: culpa a realidade pelas mentiras da Dilma candidata; debocha das investigações da Lava Jato; e açula as franjas radicais do espectro lulopetista numa resposta ao que chamam de “conservadorismo da direita raivosa” contra o “mandato popular” de Dilma e a candidatura dele em 2018.

O jeca ameaçou: vou sobreviver.

E daí?

Que sobreviva morto como está, discursando para quem vê gente morta.

Há outro Brasil renascido que sobrevive apesar do jeca e da súcia, do assalto que não cessa, do futuro desfalcado, da perplexidade cansada na contemplação do absurdo cotidiano e da cotidiana naturalização forçada dele.

Um Brasil que, nos gramados do Congresso, resistiu com inteligência e bravura ao ataque da pátria diminuta de um caudilho parido da mística chulé do líder popular oriundo da truculência do sindicalismo pelego que, já na origem, via o tal povo como meio e jamais fim.

O ataque recrutou até gestantes e crianças para dar cara de povo à horda alugada para ser fascista.

A súcia não sabe nem quer saber quem é o povo, onde mora, as necessidades e os desejos dele.

Para garantir o controle, prefere mistificar e contratar um povo de aluguel.

Na dissimulação, abusa do adjetivo “popular” em sintagmas com “governo”, “democracia” ou “líder” para a sintaxe vigarista da discurseira dos patronos e esbirros de um Brasil caquético que perdeu no confronto com aquele que é só frescor e que mostrou o desejo de mais da metade dos brasileiros: não quer mais ver gente morta sobrevivente.

Parece pouco quando tudo em volta é uma nação em ruínas com ilhas de civilidade mal unidas por pontes escassas, mas também o jeca milionário de hoje começou com discursos que juntavam uma dezena de pessoas.

A figura, cuja ascensão moral não acompanhou a política, tomba indigna sonhando apenas em sobreviver e, morrendo de medo da cadeia, desinventa a verdade apontando inexistente sabotagem à candidatura de 2018.

Apesar de tudo ou por causa de tudo, não sei, há o fluxo e uma nação que não morreu e, renascida, deixa um cheiro de feriado na alma dos indignados que precisarão fazê-la vingar.


  

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