capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 21/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.909.852 pageviews  

Curto&Grosso O que ainda será manchete

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

A COSTUREIRA

30/07/2023 - GABRIEL NOVIS NEVES

...

Os contos da escritora cuiabana Sueli Rondon são fatos verdadeiros da Cuiabá antiga.

Lembro-me perfeitamente no meu longínquo passado dos lugares e seus personagens.


PUBLICIDADE


Meu pai sempre se referia a uma tal de Maria Perna Grossa, mas sem entrar em detalhes.

Naquele tempo as mulheres usavam combinação e vestido longo até os pés.

O pouco que aparecia era chamado de perna, que era grossa comparada aos tornozelos.

“O Bolicho” é um conto delicioso, pois resgata a história dos antigos bolichos, substituídos pelos modernos armazéns.

Fazia compras caseiras para minha mãe, e baunilha para a sorveteria do bar do meu pai, pelos bolichos do hoje abandonado Centro Histórico de Cuiabá.

Lá se encontrava de tudo que se precisava em casa, inclusive ervas e folhas medicinais e fumo de rolo para fazer cigarro de palha.

Como tenho saudades da velha Cuiabá com seus lugares e personagens.

Da rua 13 de junho com suas lojas de tecidos e vestidos feitos, pendurados em suas portas.

Mas vamos a mais um conto da Sueli, desta vez sobre “As Costureiras”:

“Mãe, me faz um vestido?

Sim minha filha, assim que terminar esta encomenda eu faço.

Mãe, e o meu vestido?

Quando a senhora iniciará o feitio?

Calma minha filha, eu preciso primeiro terminar os vestidos das filhas da dona Zilda.

Você sabe como elas são enjoadas.

Vão procurar defeito para regatear o preço.

Está bem Mãe.

Pensou nas roupas desfraldadas ao vento, penduradas em cabides nas portas da Rua treze de junho.

A mãe disse um dia, filha agora tenho tempo, pode trazer o tecido.

Entreguei a encomenda em fim.

Ela se lembrou das roupas coloridas sem o corte perfeito penduradas nos portais da loja.

Olhou o rosto cansado da mãe e respondeu:

- Não precisa mãe, já resolvi.

Comprei um vestido pronto que estava na vitrine da rua Gabriel de Matos”!

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS
23/07/2023 - AS LAVADEIRAS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques