capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.760.076 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

A benevolência do açougueiro
21/11/2015 - Hélio Schwartsman - Folha de S.Paulo

Nossos cérebros não foram forjados para viver sob economias modernas.

Nós não só temos dificuldade para processar elementos básicos do funcionamento do mercado como ainda gostamos de interpretar o mundo como uma incessante luta do bem contra o mal, do fraco contra o forte.

O resultado disso é que até enxergamos virtudes no industrial ou no fazendeiro, que "criam" produtos, mas é só trazer o comerciante ou, pior ainda, o banqueiro para a equação que já nos pomos a chamá-los de atravessadores e sanguessugas.


PUBLICIDADE


Não digo que estes não têm incentivos para esfolar o consumidor e o farão se puderem.

Mas a força da economia de mercado reside no fato de que ela não depende tanto da boa disposição moral dos agentes para funcionar.

Como escreveu Adam Smith, "não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelos próprios interesses".

Não se trata de uma panaceia.

Há muitas situações em que, se os apetites dos indivíduos não forem contidos pela lei, teremos péssimos resultados.

A aposta do capitalismo, porém, é que acertaremos mais se deixarmos as pessoas livres para agir segundo seus interesses do que se tentarmos regular tudo "a priori".

Faço essas considerações a propósito da decisão do STJ de que comerciantes não podem oferecer desconto a quem paga com dinheiro vivo.

Ora, se o custo da operação com cartão de crédito é maior, não está ao alcance de nenhuma lei mudar essa realidade.

E faz mais sentido deixar para o comerciante definir se é mais vantajoso dividir o custo extra entre todos os clientes ou direcioná-lo para quem de fato contrai o crédito.

O interesse do empresário, vale lembrar, já é vender o máximo possível.

Enquanto não nos livrarmos da crença de que bastam leis para criar valores e eliminar custos, o mercado não vai funcionar tão bem por aqui.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques