capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.762.751 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

O impeachment e duas entrevistas: Berzoini e Serra
07/12/2015 - Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com



Planalto baixa a bola; desde que foi deflagrado o processo, é a primeira vez um governista diz coisa com coisa; Serra fala em parlamentarismo

A Folha publica duas entrevistas nesta segunda que tratam da possibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff: a do senador José Serra (PSDB-SP) e a do ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).


PUBLICIDADE


Evidentemente, querem coisas diferentes. Começo dando relevo ao que disse o petista, chamando atenção dos leitores para o fato de que, a ser uma postura do governo, parece que o Planalto descobriu que é preciso baixar a bola.

Berzoini insiste, claro, na tese furada de que não existem motivos para o impeachment e trata a questão como mera vingança de Eduardo Cunha (PMB-RJ), presidente da Câmara, como se fosse este o autor da denúncia.

É evidente que sabe que está falando bobagem.

Mas ninguém pode condená-lo por tentar defender o governo ao qual pertence.

O tom, no entanto, está muito abaixo daquele adotado pela presidente -- e, por isso, mais prudente.

Berozini fala agora o que Dilma deveria ter falado desde o primeiro dia.

Diz ele:

“A afirmação do governo virá pelo voto. Ou temos votos suficientes para vencer essa parada ou significa que o governo não tem base política para se manter como governo.”

É isso.

Ponto final!

Em vez de sair gritando “golpe” por aí, que procure vencer no Parlamento.

E notem que, nesse caso, vencer pode ser perder feio: se o governo conseguir 172 votos, o outro lado, o que quer o impeachment, perde ainda que conquiste 341.

Ou seja: o vencedor pode ter a metade dos votos do perdedor se for o governo.

Ora, se um governo não tiver nem isso, vai continuar por quê?

Mas que se note, e já tratei disso em outro post: conquistar esse terço não quer dizer governabilidade posterior.

Embora eu discorde, obviamente, de Berzoini, é a primeira reação racional do governo desde que foi deflagrado o processo.

O tucano José Serra também concedeu entrevista.

Desmonta com clareza a bobagem inventada pelo PT de que estamos diante de uma guerra entre Dilma e Eduardo Cunha.

Afirma:

“Não se trata de uma disputa entre Dilma e Cunha. Quem está sendo julgada no pedido de impeachment é a presidente, apenas ela. Cunha irá responder por seus atos, e o processo dele é de outra natureza. Não existe uma escolha entre um e outro”.

Mas Dilma cometeu crime de responsabilidade?

Serra responde:

“Crime de responsabilidade não significa que o chefe do governo seja necessariamente corrupto, que tenha tirado proveito financeiro. Basta não ter tomado as providências para evitar que outros o fizessem. O país está parado, não tem governo. O juízo político não está descolado disso. O pano de fundo do impeachment é a crise econômica, política e moral. É inegável”.

A Folha pergunta em que condições o PSDB apoiaria um eventual governo Temer.

Afirma Serra:

“Compromissos de um novo estilo de governo, com menos barganha. E questões programáticas propriamente ditas. Creio também que ele deixaria claro que não pretende ir para a reeleição. Isso facilitaria a composição. Eu e, espero, o meu partido batalharíamos para preparar a implantação do parlamentarismo a partir de 2018.”

Como sabem os leitores, é inevitável que o país volte a discutir o parlamentarismo.

Parte dos desastres que aí estão se deve, sim, ao regime presidencialista.

De toda sorte, notem que é preciso sair da paralisia para que o país volte a pensar o seu futuro.

E isso só será possível sem Dilma.

Vamos torcer para que o governo não consiga formar aquela minoria de um terço na Câmara que nos manteria condenados à melancolia.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques