capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.947.306 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Reforma da reforma
26/01/2016 - Hélio Schwartsman - Folha de S.Paulo

Na tentativa de salvar seu mandato, a presidente Dilma Rousseff nomeou o deputado federal Marcelo de Castro, do PMDB que quer permanecer governista, para o posto de ministro da Saúde.

Por razões insondáveis, Castro nomeou o psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho para o cargo de coordenador de saúde mental, álcool e outras drogas do ministério.

O problema é que Duarte Filho é visto nos meios médicos como um adversário da chamada luta antimanicomial, o que deslanchou uma onda de protestos de militantes e de profissionais da área contra a indicação.


PUBLICIDADE


O PT, obviamente, continua sendo um fiel entusiasta do movimento que pretende pôr fim aos hospitais psiquiátricos no país, mas, como o ministério foi cedido com "porteira fechada", o titular da pasta nomeia quem bem entender.

No mérito, penso que os militantes têm alguma razão ao se queixar. Embora eu não conheça Duarte Filho, que pode ser um profissional muito competente, certos cargos funcionam como sinalizadores de políticas.

Se o governo não tem a intenção de rever suas diretrizes para a saúde mental, não deveria pôr no posto alguém que, justa ou injustamente, transmite a imagem de que o fará.

Quanto à reforma psiquiátrica, ela é uma obra em andamento. Não há a menor dúvida de que o vetor da tal luta antimanicomial é o correto.

Hospitais psiquiátricos com características asilares são mais bem descritos como centros de abuso sistemático de direitos humanos do que como instituições médicas. Acabar com eles é uma medida que faz sentido.

Mas isso não significa que internações por prazos mais dilatados nunca sejam necessárias nem que se deva delegar a saúde mental a ONGs, muitas das quais estão mais interessadas em salvar as almas imortais dos doentes do que seus neurônios mortais.

A reforma psiquiátrica foi um passo importante, mas que já exige uma nova reforma.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques