O álbum de Lula 09/02/2016
- Sílvio Navarro - Veja.com
Arquivos pessoais sempre guardam imagens que a passagem do tempo torna irrelevantes. Com Lula é diferente. Os álbuns do ex-presidente abrigam dezenas de fotografias que adquirem mais sentido e crescem em importância no correr dos anos. Algumas, sem qualquer exagero, merecem ilustrar prontuários.
Clicada em maio de 2000, nela aparecem da esquerda para a direita o então bancário Ricardo Berzoini, o próprio Lula, Luiz Eduardo Malheiro (ex-presidente da Bancoop, morto em 2004) e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Estavam juntos para comemorar o lançamento do Projeto Moradia da Bancoop, a cooperativa petista que virou caso de polícia.
Desde 2015 recolhido a um presídio destinado a assaltantes de cofres públicos, João Vaccari Neto chegou a acumular a administração das finanças do PT com o comando da cooperativa habitacional picareta.
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Naquela época, o triplex erguido para Lula pela Bancoop não tinha sequer saído do chão. O termo “mensalão” ainda não era verbete de dicionário. A Petrobras não fora saqueada para financiar um projeto de poder e enriquecimento pessoal. E Lava Jato identificava apenas estabelecimentos que limpam automóveis em poucos minutos.
Tão logo a cooperativa corrupta passou a frequentar o noticiário político-policial, a família Lula tentou livrar-se do apartamento.
A fotografia com o amigo-presidiário talvez ajude a explicar esse inexplicável gesto de desapego patrimonial.
Não fosse a Lava Jato, é provável que os amigos estivessem posando juntos neste verão, à beira da piscina do triplex que já foi da Bancoop, que já foi de Lula, mas que agora não tem mais dono.
Desde 2015 recolhido a um presídio destinado a assaltantes de cofres públicos, João Vaccari Neto chegou a acumular a administração das finanças do PT com o comando da cooperativa habitacional picareta.
Naquela época, o triplex erguido para Lula pela Bancoop não tinha sequer saído do chão. O termo “mensalão” ainda não era verbete de dicionário. A Petrobras não fora saqueada para financiar um projeto de poder e enriquecimento pessoal. E Lava Jato identificava apenas estabelecimentos que limpam automóveis em poucos minutos.
Tão logo a cooperativa corrupta passou a frequentar o noticiário político-policial, a família Lula tentou livrar-se do apartamento.
A fotografia com o amigo-presidiário talvez ajude a explicar esse inexplicável gesto de desapego patrimonial.
Não fosse a Lava Jato, é provável que os amigos estivessem posando juntos neste verão, à beira da piscina do triplex que já foi da Bancoop, que já foi de Lula, mas que agora não tem mais dono.