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De Última! Só lendo para acreditar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Angústias sanitárias
10/02/2016 - HÉLIO SCHWARTSMAN - FOLHA DE SP

Estamos muito mal acostumados. Nos últimos 200 anos, mais ou menos, a medicina deixou de ser uma combinação de religião e arte para ganhar uma base científica. Descobrimos os mecanismos biológicos por trás de várias doenças e desenvolvemos métodos para preveni-las e curá-las. Antibióticos, vacinas, assepsia e controle de vetores são alguns deles.

Com tanto sucesso, perdemos a dimensão do flagelo que são as doenças e de como elas afetam não apenas vidas individuais mas também a história humana e a própria evolução das espécies. É só em raros momentos, em geral no aparecimento de novas epidemias, como a de febre zika e a síndrome fetal a ela associada, que voltamos a experimentar coletivamente as angústias sanitárias que sempre marcaram as sociedades humanas.

Pior, devido a uma assimetria do conhecimento, descobrimos os meios de causar moléstias antes das formas de evitá-las. E não hesitamos nem por um instante antes de usar esse saber em guerras. Acaba de sair em português, pela Editora da UFSC, o interessantíssimo "Soldados de Seis Pernas", do entomologista Jeffrey Lockwood, no qual o autor mostra que insetos vêm sendo utilizados, desde a Antiguidade, como instrumentos de guerra, terror e tortura.


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E com excelentes resultados, vale ressaltar. Lockwood ensina, por exemplo, que o general japonês Ishii Shiro e sua unidade 731 mataram mais pessoas dispersando pulgas infectadas com peste bubônica na China do que as que pereceram em razão das duas bombas atômicas lançadas no Japão em 1945.

Ele também conta que a Primeira Guerra Mundial foi o primeiro grande conflito no qual os generais, investindo em medidas de higiene, conseguiram fazer com que morressem mais soldados em batalhas do que por doenças transmitidas por insetos. Nas guerras anteriores, os artrópodes sempre superaram os canhões.


  

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