capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.753.199 pageviews  

Hoje na História Saiba tudo que aconteceu na data de hoje.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Que falta faz o DDT
12/02/2016 - Blog de Leandro Narloch - Veja.com

O cientista suíço Paul Müller ganhou o Nobel de Medicina de 1948 por ter sintetizado uma substância milagrosa: o DDT. Até então, os inseticidas eram caros e à base de arsênico, que também contamina humanos e outros mamíferos.

O DDT não tinha esse inconveniente, custava pouco e evitava a proliferação dos insetos por um ano. Por onde passava, eliminava o Anopheles e o Aedes aegypti, erradicava doenças e salvava multidões.

Os casos de malária no Sri Lanka, que passavam de mais de 1 milhão em 1960, caíram para dezoito em 1963. No Brasil, o inseticida eliminou Aedes aegypti, que permaneceu erradicado entre 1955 e 1967. Malária, dengue e febre amarela pareciam então problemas resolvidos.


PUBLICIDADE


Até que, em 1962, a ambientalista americana Rachel Carson publicou "A Primavera Silenciosa". Um clássico do apocalipsismo, o livro deixou milhões de leitores tremendo de medo.

Rachel dizia que, por causa do DDT e outros produtos químicos, pássaros seriam extintos, o câncer se espalharia entre adultos e seria a principal causa de morte entre crianças. Ela previu até que a expectativa de vida no Ocidente cairia algumas décadas.

A maior parte das denúncias era exagero puro. Certamente o DDT, como qualquer remédio ou pesticida, tem riscos se for mal utilizado, mas os benefícios superam de longe os prejuízos.

A Academia Americana de Ciências estima que 500 milhões de pessoas foram salvas pelo inseticida nas décadas de 1950 e 1960. E o câncer estava mesmo se tornando a principal causa de morte de crianças – mas isso porque, com a invenção dos antibióticos, mortes causadas por infecções despencaram.

Apesar dessas falhas, o livro motivou a proibição do DDT em boa parte do mundo, a partir de 1970. No Brasil, foi proibido para campanhas de saúde pública em 1998. Desde então, a dengue voltou a ser um problema no país.

Só depois da onda de perseguição ao DDT estudos mostraram que a relação entre ele o câncer é fraca e confusa. Rachel Carson estava errada: o assombro sobre os efeitos cancerígenos do inseticida tinham sido em vão.

Em 2006, a Organização Mundial de Saúde reviu sua decisão e voltou a recomendar o DDT para o combate de malária na África. Agora mais e mais países voltam a utilizá-lo.

O Brasil deveria fazer o mesmo. Combater dengue, zika e chikungunya com a arma que realmente funciona.

É preciso deixar de dar atenção a ambientalistas paranoicos e “dedetizar”, no sentido literal do termo.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques