Jornais da segunda 15/02/2016
- Blog de Matheus Leitão - G1
A oposição tentará convocar o ex-presidente Lula a depor na CPI que apura denúncias de negociações na formulação de medidas provisórias e de manipulação de julgamento no CARF, o conselho de recursos da Receita. De acordo com o Estado de S. Paulo desta segunda (15), esta é a estratégia na retomada dos trabalhos no Congresso. A manchete do jornal é: “Para oposição, desgaste de Lula reacende impeachment”.
O jornal Valor Econômico informa na manchete que “Dilma aceita mudar regras do pré-sal”. É reação ao fato de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou que colocará em votação neste semestre o projeto do senador José Serra que prevê o fim do monopólio da Petrobras no pré-sal. Hoje, a estatal é a única operadora dos campos e tem que ter 30% dos consórcios.
A empresa, com uma dívida de US$ 500 bilhões, e enfraquecida por prejuízos, quedas das ações e os casos de corrupção investigados pela Lava Jato, tem cortado investimentos. Segundo o Valor, que conversou com pessoas próximas à presidente, Dilma aceita rediscutir o papel da Petrobras.
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O Estadão faz uma reportagem especial sobre Petrobras e o impacto da queda dos preços do petróleo que coloca em dúvida, segundo o jornal, a viabilidade do pré-sal.
Na manchete do Globo, o tema continua sendo a doença que assusta o país. “Brasil acha vírus zika em cérebro de bebês”. Foram dois bebês que morreram logo após nascer. Um deles com microcefalia e outro com uma “devastadora malformação cerebral”, como o jornal define. Foram infectados na 18ª semana e o vírus permaneceu no cérebro até o nascimento. Isso reforça a tese que liga a zika à microcefalia.
A manchete da Folha de S. Paulo é para um tema paulistano. A cidade está rediscutindo o zoneamento. “Após pressão, lei impedirá comércio em áreas nobres”. Os moradores dos bairros Jardins, Pacaembu e City Lapa pressionaram a Câmara Municipal e, por isso, ela não permitirá o aumento de estabelecimentos comerciais, bares e restaurantes nestes locais.
O Globo informa ainda que o rombo nos quatro maiores fundos de pensão de estatais já chega a R$ 46 bilhões. Os fundos dos Correios, Caixa, Banco do Brasil e Petrobras estão aprovando aumento da contribuição dos participantes.
Ao jornal carioca, o procurador da Lava Jato Carlos Fernando Lima criticou alterações feitas na MP sobre os acordos de leniência - que foram relevadas na edição e domingo do jornal - retirando as punições à empresas envolvidas em corrupção e aos seus executivos. Ele disse que o governo quer “facilitar a vida das empreiteiras”.
O ministro do Trabalho, Miguel Rosseto, que chefia a comissão que discute a reforma da previdência, diz que não há consenso sobre idade mínima e que não haverá desvinculação dos benefícios da previdência dos reajustes do salário mínimo. Ele foi entrevistado pelo jornal Valor Econômico.
O jornal informa também que a cidade do Rio desbanca São Paulo e investe R$ 5,2 bilhões, 50% a mais do que em 2014. Os investimentos municipais caíram no resto do país.