DIFERENÇA ENTRE DILMA E TEMER: APOIO NA CÂMARA 20/07/2016
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
As votações de interesse do governo federal revelam a diferença que deve confirmar o impeachment de Dilma: o apoio ao governo Michel Temer supera, em muito, o da petista.
Em 42 votações na Câmara, até agora, 440 deputados votaram com o governo Temer em 50% das vezes ou mais; e apenas 77 parlamentares em menos de 50%.
Com Dilma, em 246 votações, 391 deputados votaram com o governo metade das vezes ou mais, e 168 em menos de 50% das votações.
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GOLEADA
Os números representam um apoio, na Câmara dos Deputados, de 85% a Michel Temer, contra 66% a Dilma Rousseff, a afastada.
NÚMERO FATAL
No caso de Dilma, 13 deputados votaram 100% com o governo. Desse total, oito deles nem mesmo participaram de cinco votações.
MARGEM FOLGADA
No caso de Temer, 271 deputados votaram 100% com o governo. A diferença é que a maioria participou de mais da metade das votações.
FIDELIDADE
O PT foi o partido mais fiel a Dilma: 94%. Quanto a Temer, cinco partidos (PRTB, PRB, PSL, PPS, PSC) superam 98% de fidelidade.
RETORNO DA CPMF É REJEITADO POR 77,8% DO PAÍS
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria com o Ibope mostra que o retorno da CPMF é rejeitado por 77,8% da população, em média.
Quanto maior a ignorância em relação à CPMF, maior o apoio à iniciativa do governo federal de ressuscita-la: 76% dos nordestinos não sabem o que é CPMF, o tributo extinto.
Nas demais regiões, entre 59% e 67% nem sabem o que é CPMF.
Consequentemente, no Nordeste, o apoio ao retorno do tributo é quase o dobro do restante do país.
IGNORÂNCIA NÃO É DÁVIDA
Trinta por cento da população do Nordeste apoia a volta da CPMF, enquanto no resto do país o apoio varia entre 14% e 24%.
É A ‘CRISE’
O governo inventou uma justificativa pela nova cobrança: a CPMF arrecadaria verbas para a Previdência Social e para a saúde pública.
DADOS DA PESQUISA
A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2.002 pessoas, em 143 municípios, em todo o território nacional.
BLOQUEIO INDEVIDO
O bloqueio do aplicativo WhatsApp provocou reação na Câmara. Deputados querem votar em agosto regime de urgência de um projeto que proíbe a suspensão dos serviços de comunicação pela internet.
ATENTADO À DEMOCRACIA
“A medida atenta contra o direito do consumidor e em nada contribui para a imagem do Brasil lá fora”, afirma o senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, sobre o bloqueio do aplicativo WhatsApp.
CAVALO PARAGUAIO
Adversários ironizam a incerteza jurídica que coloca em xeque a candidatura de Celso Russomano (PRB) a prefeito de São Paulo. Ele é chamado de cavalo paraguaio: larga bem, mas sempre perde fôlego.
DOCE OU TRAVESSURA
Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) ganhou de presente de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) o chocolate “Golpe”. Mas ela preferiu um pedaço do chocolate da colega Simone Tebet (PMDB-MS). O dela, só escondida.
RISCO DE FIASCO
A segurança das Olimpíadas ainda preocupa. “Atuaremos para que os agentes desempenhem funções com capacidade”, diz o presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Alexandre Baldy (PTN-GO).
ATÉ TU, BRUTUS?
Nas votações do governo Dilma, Luizianne Lins (PT-CE) foi a petista que mais traiu: 12 votações contra 136 favoráveis. Mas até o ex-líder do governo José Guimarães (PT-CE) votou duas vezes contra Dilma.
FEDERALIZAÇÃO DA SEGURANÇA
“Os estados fracassaram na prevenção e no combate à violência. É urgente a federalização da segurança”, diz o presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade. “Só em 2015, foram mais de 60 mil mortes”, diz.
TRANQUILO E FAVORÁVEL
A eleição do presidente da Câmara e os recursos de Eduardo Cunha na CCJ fizeram com que senadores enrolados na Lava Jato respirassem tranquilos. O noticiário deu uma trégua à comissão do impeachment de Dilma e o Senado ficou às moscas antes do recesso.
PENSANDO BEM…
…O Brasil continua sendo o único país dito “democrático” onde uma só pessoa pode bloquear a comunicação de 100 milhões de cidadãos.