FERNANDO MORAIS DEVOLVERÁ PLACA AO DF, NÃO O DINHEIRO 10/08/2016
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
Numa atitude de intolerância comum entre petistas, o escritor Fernando Morais anunciou que vai devolver a placa com a qual foi homenageado pelo então governador do DF Cristovam Buarque (PPS) em 1995.
Tudo porque o hoje senador Cristovam, neste ano de 2016, não declarou voto pró-Dilma.
A grosseria resultou em bate-boca nas redes sociais.
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O senador, por elegância e até piedade, não lembrou que, além da placa, Fernando Morais recebeu também um bom dinheiro, na cerimônia.
FALTA ALGO MAIS
Fernando Morais recebeu de Cristovam uma placa e 10 mil dólares (valiam R$ 9,3 mil, era governo FHC), que não fala em devolver.
PRÊMIO CORRIGIDO
Os US$10 mil do prêmio de Fernando Morais do governo do DF, em 1995, corrigidos pela inflação, correspondem hoje a US$ 16 mil.
DÓLAR DILMA
Se devolver o prêmio, Fernando Morais deveria optar, por coerência, pela cotação do dólar na era Dilma, que chegou a mais de R$ 4,10.
DÓLAR TEMER
Optando pelo dólar no governo Michel Temer (R$ 3,14), o prêmio que Morais embolsou vale hoje R$ 50.240, que fazem falta ao povo do DF.
ALMIRANTE DA ELETRONUCLEAR PERDERÁ SUA PATENTE
Deverá ser agravada pela Justiça Militar, e não atenuada, como muita gente chegou a afirmar até por ignorância, a condenação a 43 anos de prisão do almirante Othon Luiz Pinheiro, ex-presidente da estatal Eletronuclear. Ele foi considerado culpado por vários crimes, inclusive de corrupção passiva, e após o trânsito em julgado da sentença, a Justiça Militar vai condená-lo também a perder a patente de almirante.
CRIME CIVIL
É civil o crime pelo qual o almirante Othon Pinheiro foi condenado, por isso não pode vir a ser requisitado, analisado ou revisto.
ESTATUTO PREVÊ
Pelo Estatuto dos Militares, perde a patente o condenado a mais de 2 anos de reclusão. O almirante Othon Pinheiro foi condenado a 43.
PROCURADORIA REQUER
Caberá à Procuradoria da Justiça Militar requerer a perda de patente do almirante, pelo crime de natureza civil pelo qual foi condenado.
OLHO NELE
Amigo pessoal de Lula, Dilma e de outros petistas menos votados, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, cometeu um ato falho clássico, durante a discussão da pronúncia de Dilma.
Referiu-se a José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, como “nosso advogado”.
MUDANDO O DISCO
A pronúncia serviu para confirmar, além do impeachment de Dilma, que ninguém aguenta mais o tema. Um dos intervalos de uma hora foi cortado pela metade a pedido do dilmista Randolfe Rodrigues (Rede-AM).
SABE DE NADA
Em meio à defesa da presidente acusada de cometer crimes de responsabilidade e a bizarra acusação de “golpe”, a senadora Vanessa Grazziotin (AM) nocauteou o Português: disse que Dilma é “inocenta”.
MAIS DO MESMO
Diplomatas já perdem o encanto pelo chanceler José Serra: além de designar ex-ministros servis ao PT para postos importantes, nomeou estranhos à carreira para assessorá-lo no Itamaraty em São Paulo.
DEMAGOGIA BARATA
A Olimpíada é evento particular com regras próprias, e o país que se candidata a sediá-lo se compromete a cumpri-las. Um “mantra” do Comitê Olímpico Internacional é não permitir o uso dos jogos pela política. Mas a turma do holofote não se aguentou outra vez.
QUEDA LIVRE
Em menos de três meses, desde que o Senado aprovou o afastamento de Dilma, a cotação do dólar recuou 10%. Livrando o País de Dilma, após o julgamento, a expectativa é que o dólar ficará abaixo de R$ 3.
CARRAPATO
O presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, herdado da era petista, enfrenta dificuldades para nomear seu escolhido para a chefia de gabinete, por ser ligado ao deputado José Guimarães (PT-CE).
TROMBADA
O presidente do PDT, Carlos Lupi, entrou em rota de colisão com Ciro Gomes. Em Juazeiro do Norte, Ciro e o irmão Cid apoiam um candidato do PTB, deputado Arnon Bezerra, e não o pedetista Gilmar Bender.
PENSANDO BEM...
...São impronunciáveis as palavras de Dilma após sua pronúncia no Senado.