capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.747.545 pageviews  

Falooouuu... Frases e textos para ler, reler, treler e guardar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

A corrupção nos municípios
13/08/2016 - O ESTADO DE S.PAULO

Práticas irregulares na gestão do dinheiro público disseminaram-se pelo País, como mostra o fato de que houve alguma forma de corrupção em pelo menos 15,65% das ações de responsabilidade das prefeituras bancadas com recursos da União.

A constatação foi feita por uma pesquisa baseada em auditorias realizadas pela antiga Controladoria-Geral da União (CGU), hoje Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

Dada a grande dificuldade na identificação e caracterização dos atos de corrupção, pois eles são praticados de maneira dissimulada e de modo a não deixar vestígios, não parece exagerado supor que deve ser ainda maior o índice de ilegalidades cometidas com o dinheiro que a União transfere para os municípios, por imposição legal ou por decisões político-administrativas.


PUBLICIDADE


A pesquisa teve como fonte as auditorias realizadas pela CGU entre 2006 e 2010 em 840 municípios.

Não parece coincidência que os atos ilegais detectados tenham ocorrido no período que começa pouco depois de vir à tona o escândalo do mensalão e abrange aquele em que, como vem mostrando a Operação Lava Jato, o governo do PT coordenou um imenso esquema de assalto à Petrobrás. Os exemplos criminosos vinham de cima.

É imenso o custo social dessa prática, que se tornou endêmica no País, como mostra a pesquisa, cujas conclusões foram divulgadas pelo Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

Os pesquisadores Olavo Venturim Caldas, da Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção da CGU; Cristiano Machado Costa, da Unisinos (RS); e Marcelo Sanches Pagliarussi, da Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto, responsáveis pela pesquisa, concluíram que a corrupção nos municípios se concentra nas áreas de saúde (houve irregularidades em 19% das ordens de serviços analisadas) e educação (17,5%).

Ilegalidades foram identificadas também em 1,25% das ações da área de assistência social e em 6,56% das demais.

Entre os efeitos maléficos da corrupção para a economia nacional, os autores apontam a redução do crescimento, a diminuição dos investimentos públicos e, em consequência, a gradativa deterioração da infraestrutura.

Para a população, a corrupção tem efeitos que, embora não tão notáveis, podem ser mais perniciosos e duradouros, como a perda da qualidade do ensino e dos serviços de saúde oferecidos à população.
Em balanço divulgado no início do ano, a CGU mostrou que, desde 2003, irregularidades constatadas em 199 dos 2,7 mil municípios fiscalizados resultaram no desvio de R$ 2 bilhões destinados à merenda e ao transporte escolar por meio de programas federais.

Há relação estreita entre a má gestão pública e o desempenho dos estudantes.

Nos municípios onde a corrupção é mais intensa o desempenho é pior.

A corrupção tem outro aspecto particularmente nocivo, pois ela prejudica mais os mais carentes.

“Nos municípios com maior incidência de corrupção as escolas têm infraestrutura pior, os professores recebem menos treinamento e relatam maior preocupação com a falta de recursos”, diz o estudo.

“Infelizmente há um ciclo viciado que impede que o povo seja mais educado e tenha mais poder de fiscalizar”, observa Olavo Caldas, um dos autores do trabalho.

No atual ambiente institucional, diz ele, as políticas sociais não alcançam plenamente seus objetivos, “pois o dinheiro para essas áreas é desviado”.

Além do controle falho, também normas legais favorecem o desvio dos recursos que as prefeituras destinam para a área social. Uma delas é a que obriga as prefeituras a aplicarem pelo menos 25% da receita na área de educação e 15% em saúde – ou seja, 40% da receita tem destino certo.

“A obrigatoriedade de alcançar o mínimo exigido pela legislação frequentemente resulta em gastos não prioritários, gerando incentivos para que os agentes se engajem em atividades consideradas corrupção”, afirmam os autores do estudo.

Em outras palavras, a vinculação das receitas, como é conhecida a obrigatoriedade de aplicação do dinheiro em determinados setores, alimenta a ineficiência e a corrupção.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques