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O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Lava Jato chega ao núcleo duro do petismo. Soa o alarme no PT: O alvo é Lula!
26/09/2016 - Blog de Reinaldo Azevedo - Veja.com

Desde o começo da Operação Lava Jato, fazia-se uma pergunta surda: “Quando chegará a vez de Antonio Palocci?”.

Chegou!

Se José Dirceu, antigamente, guardava os arcanos das negociações políticas do PT e depois acabou sendo posto de lado e hoje é um pote até aqui de mágoa com Lula e com o PT, Palocci sempre foi o mago dos entendimentos com o alto empresariado.


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O mensalão chegou a tangenciá-lo, na figura de um irmão, mas a coisa não prosperou.

Palocci sempre foi o mago do entendimento com o “capital”. E nunca escondeu que fez disso também uma profissão.

Tornou-se o, como vou chamar?, consultor mais bem-sucedido do Brasil, mas raramente se meteu com miudezas do cotidiano.

Nunca mais voltou a ter o poder que concentrou quando ministro da Fazenda do primeiro governo Lula — nem no breve tempo que chefiou a Casa Civil no primeiro mandato de Dilma.

Mas uma coisa é certa: a falta de poder nunca significou falta de influência. Inclusive junto a Lula.

Na raiz da prisão temporária — que é de cinco dias, renováveis por mais cinco —, consta, estão as suas relações com a Odebrecht.

Vamos ver.

Executivos da empreiteira negociam um acordo de delação premiada que, até onde se sabe, ainda está longe de ser concluído.

A questão é saber se as informações que orientam a operação já derivam dessas informações ou a ela se chegou independentemente da colaboração.

Os três tesoureiros do PT já foram presos. Os dois ministros da Fazenda de Lula já tiveram prisão provisória decretada: Guido Mantega e agora Palocci.

Quem aguarda na fila a hora de ser atraído para o olho do furacão é Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES.

O banco foi peça central do, digamos assim, modelo econômico do PT.

Segundo informações que já chegaram à imprensa, executivos da Odebrecht teriam revelado aos procuradores que Guido Mantega e Luciano Coutinho usaram o BNDES para pressionar empresários a fazer doações à campanha de Dilma.

Ricardo Pessoa, da UTC, fez afirmação semelhante em depoimento a Sergio Moro.

Note-se: nesse caso, não se trata de dizer que o diretor X ou Y da Petrobras, afinal, devia satisfações a Lula porque este, no fim das contas, era o responsável último pelas nomeações.

Ninguém tem dúvida de que Mantega, Palocci e Coutinho, estes sim, obedeciam às ordens de um chefe.

Agora a Lava Jato chega ao núcleo duro do sistema.

Prisão justa?

Vamos ver os motivos alegados.

Palocci está na mira faz tempo.

Segundo a Lei 7.960, ao expediente se justifica nestes três casos:

Art. 1° Caberá prisão temporária:

I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;

III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso;

b) sequestro ou cárcere privado;

c) roubo;

d) extorsão;

e) extorsão mediante sequestro;

f) estupro;

g) atentado violento ao pudor;

h) rapto violento;

i) epidemia com resultado de morte;

j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte;

l) quadrilha ou bando;

m) genocídio, em qualquer de sua formas típicas;

n) tráfico de drogas;

o) crimes contra o sistema financeiro;

p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.

Descartem-se, claro, os Incisos II e III.

Assim, Palocci certamente foi preso porque o Ministério Público e o juiz Sergio Moro consideraram que a prisão era imprescindível para a investigação.

Quando houver mais dados, ficará claro se era ou não.

De todo modo, ao prender aquele que é, até agora, o petista mais graduado quando se somam a importância que teve no governo, a influência que tem no partido e a proximidade com Lula, a Lava Jato também manda um recado: não se intimidou com os protestos que se sucederam à prisão de Guido Mantega.

O alarme tocou no PT: os capas-pretas do partido acham que a operação está fechando o cerco a Lula.


  

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