Os novos marajás esperneiam na maca 15/12/2016
- BLOG DE RICARDO NOBLAT - O GLOBO
Data vênia, o pessoal do Judiciário, juízes e promotores à frente, reclama de barriga cheia e claramente sem razão do pacote com três projetos aprovado pelo Senado na madrugada de ontem para coibir o pagamento de supersalários no serviço público.
Por supersalários, entenda-se os rendimentos que ultrapassam a remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente estabelecido em R$ 33,7 mil. Ninguém no serviço público pode ganhar mais do que ganha um ministro do STF. É a lei.
Pelo que passou no Senado, sujeito ainda a ser votado na Câmara dos Deputados, entrarão no cálculo para limite salarial rendimentos do tipo abono; auxílios (moradia, educação, creche e saúde); adicionais; gratificações; horas extras; bolsa de estudos e prêmios.
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Esses são os recursos mais utilizados para driblar a lei. Três de cada quatro juízes brasileiros receberam remunerações acima do teto, segundo reportagem publicada em O GLOBO em outubro último. Se isso não é um fato escandaloso, o que mais poderá ser?
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Comentário de Teodoro da Silva Junior (teodorosilva.junior@gmail.com) Em 15/12/2016, 20h51
Novos marajás....
Por volta da virada do século houve uma reorganização das remunerações de todos os poderes para que houvesse transparências e cumprimento de limites. Todas as remunerações e penduricalhos foram transformadas em subsídio que seria ÚNICO e não haveria qualquer outro acréscimo, a qualquer título.Passado menos de duas décadas vemos que os poderes conseguiram contornar tudo e, além de ganhar acima dos limites, ganharam uma série de penduricalhos (verbas especificas que deveriam ser pagas com os salários (ou subsídios).Com isso estão sendo instituidas algumas categorias de marajás - fiscais, procuradores, promotores, gestores e outras, fazendo com que a máxima aspiração dos nossos jovens seja hoje virarem concurseiros. a sociedade não aguenta mais pagar os novos marajás! todos sabem o que aconteceu na revolução francesa com os marajás da época! As coisas estão chegando no limite da paciencia dos cidadões que pagam os impostos e essas pessoas.