O limite do deboche e da esculhambação 22/12/2016
- EURICO BORBA*
Li, hoje dia 21/12/2016 na internet, a notícia de uma senhora professora aposentada de 70 anos, que tentou atear fogo no seu corpo dentro de uma agência bancária em Pelotas-RS, desesperada por não ter sua aposentadoria depositada na sua conta.
Vi pela TV um bando de desinformados arruaceiros ou revolucionários ultrapassados tentando, com grande agressividade, não permitir a votação de medidas econômicas e administrativas que melhorarão, um pouco, as finanças dos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
Vi foto de policiais militares acampados na frente do palácio do governo estadual em Belo Horizonte.
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A cada momento somos informados de assaltos à mão armada em todos os recantos do Brasil, (em 2015, 58.589 pessoas perderam a vida no Brasil em “crimes violentos letais intencionais”, segundo anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Publica).
Constata-se que o poder do tráfico de drogas cresce dia a dia com ousadia e tranquilidade, confrontando os Poderes da Republica e expondo os cidadãos a ainda mais violência e insegurança.
Agora, ter de engolir que a Lei aprovada na tarde do dia 20/12, pela Câmara de Deputados, como alternativa para que os estados falidos pudessem voltar a respirar por mais algum tempo e, para tanto, fosse necessário aceitar as emendas do PT, garantindo o quórum necessário, é um escarnio inadmissível contra o povo.
A bancada do governo, na sua maioria, não compareceu, nem o líder do governo estava no plenário.
É um deboche esta grande esculhambação nacional. Basta.
Não entendo como os políticos e muitos brasileiros não perceberam que o Brasil está destroçado e faliu junto com a quase a totalidade dos estados e municípios.
Somente com a adoção de medidas muito duras, que atingirão a toda população, poderemos pensar, em alguns anos, sair da gravíssima crise que estamos a viver.
Tudo isso obra do PT - corrupto, mentiroso e incompetente – que, junto com seus comparsas do PSOL e do PCdoB, continuam a enganar a população com seus discursos e palavras de ordem sem nenhum sentido, a não ser de insuflar a conflagração social, que já está perigosamente nas ruas e agrava-se a cada dia.
O que mais é preciso fazer para que essa corja da maioria dos deputados e senadores se convença de que é preciso ser honesto e competente, pelo menos agora, nesta hora trágica para a nacionalidade?
Uma guerra civil que está aí pronta para estourar a qualquer instante, com suas dramáticas consequências?
O retorno constitucional dos militares para restaurar a ordem publica presentemente violentada em múltiplos, evidentes e conhecidos aspectos?
Convém ter presente o art.142 da nossa Constituição Federal:
“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
Convocadas pelo Poder Judiciário, o único Poder que hoje se apresenta e se comporta com dignidade e competência?
Alguma coisa muito séria acontecerá em breve.
Abusaram demais com a esculhambação e com o desrespeito para com o povo brasileiro honesto, ordeiro e democrático que não aguenta mais o que está vendo e sentindo.
Os políticos atualmente em cena, em todos os níveis de representação, serão os responsáveis pelo o que acontecer.
Eleições gerais já.
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*Ex-professor da PUC RIO, ex-Presidente do IBGE, Caxias do Sul-RS.