2016, O ANO QUE PARECIA SE RECUSAR A TERMINAR 31/12/2016
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
O ano de 2016 poderia ter sido marcado apenas pelo impeachment de Dilma Rousseff, o segundo no Brasil, pela surpresa de Donald Trump nos Estados Unidos ou até mesmo pelo Brexit, o referendo que selou a saída da Grã-Bretanha da União Européia.
Mas 2016 leva o prêmio de ano mais longo do milênio. Crises políticas, depressão econômica e grandes tragédias... Afe, o ano parecia não acabar. Mas a tradicional premiação de 31 de dezembro, desta coluna, nada deixa por menos.
PRÊMIO ÓLEO DE PEROBA
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Réu cinco vezes (por enquanto) por escândalos de corrupção que lhe podem render mais de um século de cadeia, Lula ganha o prêmio Óleo de Peroba ao afirmar que não existe brasileiro mais honesto que ele.
CAVEIRÃO DE LATA
Vai para o ex-governador Sérgio Cabral, preso por chefiar o mais deslavado esquema de corrupção da história do Rio de Janeiro.
TROFÉU DOCE ILUSÃO
Vai para Dilma e seus poucos apoiadores nas redes sociais, que ainda choram o impeachment derramado e proclamam o “golpe” que não houve contra um governo corrupto e incompetente.
SAMAMBAIA DE PLÁSTICO
O troféu é novamente de Marina Silva, que parecia oposição, mas subiu no muro, na questão do impeachment, e acabou murchando diante da opinião pública.
O ROUBO DO SÉCULO
Quando Ronald Biggs e comparsas assaltaram o trem pagador, no “roubo do século”, mal sabiam que era tudo brincadeira de criança.
Não se conhecia a turma de Lula e Dilma, que, entre saques criminosos e prejuízos, golpearam a Petrobras em mais de R$ 61 bilhões.
"QUE ÁGUA TINHA NAQUELE COPO?"
O prêmio é de Ciro Gomes, que em 2010 proclamava José Serra como “mais preparado que Dilma”, virou defensor da presidente cujo governo é hoje considerado o mais incompetente e corrupto da História.
OURO DE TOLO
A medalha é de Sérgio Cabral e ninguém tasca, que fez 264 farras no exterior com a mulher sem se dar conta de que logo entregaria os anéis, os dedos e os pulsos para as algemas da Policia Federal.
FANFARRÃO 2016
Donald Trump, o bilionário campeão de sandices, que falou o que quis durante um ano e meio, e ainda assim foi eleito presidente dos EUA.
PRÊMIO MARIA ANTONIETA
Vai para o aumento autoconcedido pelos vereadores de São Paulo e de várias outras cidades, de norte a sul de um Pais em crise, com 12 milhões de desempregados.
A INVESTIGAÇÃO DO SÉCULO
A Operação Lava Jato superou a ação italiana Mãos Limpas como a mais impactante operação jurídica-policial anticorrupção da História. Vai até virar filme.
PERGUNTADOR DO ANO
O inglês Mehdi Hasan, da TV Al Jazeera, veio ao Brasil ensinar como se comportar numa entrevista com políticos. Diante de Dilma, ele fez a pergunta que se recusava a calar: no roubo bilionário na Petrobras, ela foi cúmplice ou incompetente?
POR MUITO POUCO
O Petrolão rivaliza no ranking dos maiores e mais caros escândalos de corrupção do mundo com o ucraniano que “vendeu” o próprio País. Foi por pouco.
NANICO DO ANO
Gigante na produção do maior escândalo de corrupção da História, o PT encerra 2016 em 10º lugar entre os principais partidos brasileiros.
JÁ VAI TARDE
Dilma Rousseff e o ex-jogador Dunga dividem, com todos os méritos, o Prêmio “Já Vai Tarde”: saíram de suas funções sem deixar saudades.
CORONÉ SARUÊ DE BARRO
O troféu foi conquistado, com mérito, pelo senador Renan Calheiros, que, réu em um processo e investigado em outros 12, reagiu com ameaças à Justiça, à polícia e aos procuradores.
MALANDRO CARIOCA
A medalha vai para Rodrigo Maia (DEM): conseguiu ser eleito presidente da Câmara dos Deputados com apoio até do PT. E, depois de prometer que não tentaria, luta desesperadamente pela reeleição.
TRIO TREMENDÃO
O trio de “T’s” que mais teve sucessos este ano é: Tite, Temer, Trump. Cada um surpreendeu em sua área e triunfou em suas batalhas. Bem diferente da dupla Dilma-Dunga, que só deu vexame.