SUPLENTE LEVOU R$80 MIL POR 6 DIAS DE MANDATO 07/03/2017
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
Wirlande da Luz, suplente de Romero Jucá (PMDB-RR), virou senador quando o titular foi nomeado ministro do Planejamento de Temer, mas ficou na vaga por só 4 dias úteis, entre 17 e 23 de maio.
O senador por 6 dias Wirlande da Luz só participou de uma sessão do Senado e não apresentou um único projeto, mas embolsou R$67.526 de “ajuda por início e fim do mandato”, além de R$11.662 da cota parlamentar.
RELÂMPAGO E O TROVÃO
PUBLICIDADE
Wirlande foi tão senador quanto Jucá foi ministro. O mandato foi entre o relâmpago do impeachment e o trovão da delação de Sérgio Machado.
BOLSO CHEIO
Virginio de Carvalho foi outro a faturar no Senado. Em dois meses de mandato, recebeu R$220 mil entre salários, ajuda de custo e “cotão”.
ESCRITÓRIO DE APOIO?
Se Wirlande não teve tempo de montar o gabinete, Carvalho contratou 14 servidores em Brasília e montou escritório de apoio com outros 19.
NA NOSSA CONTA
Os 21 suplentes que exerceram mandato, receberam mais de R$1,4 milhão só de ajuda de custo, fora salários, auxílios e cota parlamentar.
HÁ 92 OBRAS DE PRESÍDIOS PARADAS NO BRASIL
Anunciada em 2013 pelo governo Dilma, a obra da 5ª penitenciária federal no complexo da Papuda, em Brasília, ainda não foi concluída, a exemplo de outras 91 obras de presídios em todo o País – segundo dados do Ministério da Transparência.
No caso da Papuda, faliu a construtora. Retomada nove meses depois, a construção do presídio está devagar, quase parando: só 65% dos projetos estão concluídos.
VAGAS À ESPERA
As 92 obras de presídios, que geram 42,5 mil novas vagas, estão atrasadas ou paralisadas por ordem do TCU ou por iniciativa do MPF.
ATRASOU, ENCARECEU
A conclusão da obra da penitenciária de segurança máxima na Papuda está prevista para outubro, e saltou de R$ 34 para R$ 39 milhões.
BLOQUEADORES, NÃO
O presídio terá aparelhos de raio-x, coleta digital e detectores de metal de sensibilidade. Não se fala em instalar bloqueadores de celulares.
MILITARES COM SERRAGLIO
A equipe do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, provoca reações. Policiais criticam pela escolha de militar, o contra-almirante Alexandre Mota, como secretário interino de Segurança Pública.
Desde 1989, os governos evitam militares no comando de órgãos de segurança pública.
EXPLICAÇÕES
Serraglio terá de explicar-se ao partido, o PMDB, que ganhou, mas não levou o Ministério da Justiça: os principais cargos continuarão entregues a tucanos nomeados pelo ex-ministro Alexandre de Moraes.
PEGOU MAL
Segue a estratégia petista de tentar desqualificar o juiz Sérgio Moro. Até José Roberto Batochio, experiente defensor do ex-ministro Antonio Palocci, tentou tirar Moro do sério. Não conseguiu. Ficou mal para ele.
DEZ MEDIDAS URGENTES
O senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) pedirá nesta terça urgência do projeto que resgata o texto original das Dez Medidas Contra a Corrupção, de autoria do MPF. Para ele, “o projeto foi desvirtuado”.
PRIMEIRO AQUI
Leitores do portal Diário do Poder souberam na quinta o que jornalões só descobriram nesta segunda: ex-líder na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE) assumiu a Liderança do Governo no Congresso.
CRACHÁ NO PEITO
O repórter Victor Boyadjian deu o “furo” sábado (4), no Jornal da Band, da prisão de assaltantes de condomínios de alto padrão em São Paulo, Rio e Brasília.
Mas não contou com o delegado da Polícia Civil do DF, que alegou “acordo de exclusividade com a Globo”.
Deve ser feliz portador de um crachá do Bozó, popular personagem de Chico Anysio.
CHOVENDO NO MOLHADO
A Constituição manda que nenhum servidor pode receber, a qualquer título, remuneração superior ao teto.
Mas o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, promete alterar a Lei Orgânica para que a Constituição seja respeitada pelos marajás de estatais como Caesb e Metrô-DF.
FORA DA ESCOLA
Segundo senador Pedro Chaves (PSC-MS), há cerca de 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos no Brasil fora da escola, mas deveriam estar cursando o ensino médio. Para o senador, a educação “é essencial”.
PENSANDO BEM…
…tem brasileiros aos montes na Odebrecht, mas “Italiano” só tem um.