capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 12/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.899.571 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Faca no peito
29/04/2017 - Adriana Fernandes - O Estado de S.Paulo

É cedo para o Palácio do Planalto e as lideranças governistas subestimarem o poder de mobilização da greve geral e dos protestos contra a reforma da Previdência na intenção de votos dos deputados.

Mas o que já é certo é que as manifestações conseguiram aumentar a pressão por uma nova onda de exigências de setores específicos que têm conseguido apoio parlamentar para travarem uma queda de braço sem fim com o governo.

Boa parte dessas exigências tem pouca ou nenhuma relação com a Proposta de Emenda à Constituição enviada ao Congresso. Mesmo assim, as corporações têm conseguido êxito.


PUBLICIDADE


Assim, o discurso antirreformista tem servido para aumentar o valor das barganhas num cenário em que ainda faltam muitos votos para aprovação da Previdência no plenário.

Depois de várias mudanças significativas no texto original, a reforma da Previdência agora entrou definitivamente em outro patamar de negociação com demandas “cruzadas”. Um terreno ainda mais perigoso.

Como definiu um dos negociadores, a “faca está no peito” do governo.

Na busca de votos, os acordos nos bastidores não mais se restringem à flexibilização das regras de aposentadoria dos trabalhadores.

Tudo está entrando no balaio da reforma e a fatura ficando cada vez mais alta.

Refém dos votos e com o temor de os protestos desta sexta-feira se espalharem nos próximos semanas, abalando o andamento da reforma no Congresso, o presidente Michel Temer continua cedendo.

É que o aconteceu com os pilotos e comissários de voo que ameaçaram paralisar os aeroportos e devem conseguir regras especiais mais flexíveis para a aposentadoria.

Os aeronautas representam um grupo pequeno diante das demais categorias de trabalhadores da iniciativa privada, mas mostraram a sua força na véspera da greve geral de ontem.

Um precedente que, se aceito, abre brechas para que outras categorias peçam também exceções.

Antevendo riscos, é o próprio governo que tem chamado para conversar.

Em muitos casos, o presidente tem entrado em campo diretamente para negociar.

Foi o que aconteceu com os representantes da bancada ruralista, que querem dar fim ao Funrural com o perdão da contribuição que deixou de ser paga nos últimos anos.

Uma anistia que não se justifica justamente porque o Supremo Tribunal Federal declarou há um mês constitucional a cobrança.

O presidente prometeu solucionar o impasse do setor agrícola, uma das forças mais organizadas no Congresso, com a edição de uma Medida Provisória a contragosto da equipe econômica, que agora busca mitigar o prejuízo para a arrecadação.

No toma lá dá cá, também há promessas de parcelamento dos débitos previdenciários das prefeituras e uma redistribuição de recursos do Fundeb.

Sem falar que o relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) está longe de ser consolidado, como relatam reservadamente muitas lideranças governistas.

O adiamento da votação da reforma, após o erro da liderança governista de fechar um acordo com a oposição para votar a proposta na comissão especial um dia após os protestos previstos para o Dia do Trabalhador, dá mais tempo para o governo acomodar as demandas em torno do mapa de votação.

Como voto significa mais negociação, a estratégia envolve cargos, liberação de emendas voluntárias, aceno aos prefeitos e fortalecimento de determinadas estatais em algumas regiões.

O anúncio de reforma ministerial ficará para depois para não melindrar com antecedência os parlamentares. Mas ela também já está em andamento e sendo desenhada nas negociações da reforma.

O que o governo sabe é que não pode deixar esse tempo de organização dos votos cozinhar muito tempo.

Uma porta aberta para novas barganhas.

Seria uma desastre para o País aprovar uma reforma a um custo tão alto e com a manutenção de tantos privilégios.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques