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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

PEGA LADRÃO, O CONTO DA MALA NOS AEROPORTOS
07/07/2017 - JORGE OLIVEIRA -

A ANAC, que em tese deveria proteger o passageiro fiscalizando as empresas aéreas e os aeroportos – virou um entulho, um agrupamento de incompetentes que vive a soldo dos empresários das companhias de aviação, como mostraram denúncias recentes.

A bandalheira saiu do ar e chegou ao salão dos aeroportos do país, onde maleiros picaretas de editoras de revistas iludem pessoas vendendo malas nos saguões que chegam a 1 mil reais, quando o valor de mercado não passa de R$ 50,00.

Para atrair os incautos, um bando de vendedores oferece assinaturas de revistas e as malas como brinde.


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A conversa enganosa do vendedor leva as pessoas de boa fé à assinatura da revista.

Ao receberem depois a fatura do cartão se surpreendem com o “brinde” que seria a mala em valores escorchantes.

Na ânsia de encher fraudulentamente os cofres dessas editoras, agora eles adotaram um sistema de fraude mais sofisticada.

No terminal 1 do aeroporto de Guarulhos, de onde saem os voos da Azul, os picaretas dessa nova modalidade de achacar inovaram na forma de chamar a si as pessoas aos seus balcões de negociatas: ficam próximo ao local de embarque e ali, estrategicamente, eles oferecem um cartão digital de mentira para que o passageiro tenha acesso ao salão de embarque.

Fraude pura, já que o cartão digital é entregue ao passageiro no momento do seu check-in e esses vendedores de malas não estão autorizados a proceder dessa forma porque nenhum deles pertence a alguma companhia aérea ou a administração do próprio aeroporto.

O conto da mala é um negócio tão rentável que está se espalhando pelo país.

Evidentemente que esse tipo de crime tem a parceria da administração dos aeroportos, da ANAC e dos próprios proprietários das editoras que imprimem as revistas Veja, ISTOÉ e Época, respectivamente da Abril, Globo e Editora Três, que viram nessa negociata uma forma de ganhar dinheiro já que cada dia perdem mais leitores pela péssima qualidade editorial que oferecem.

A moralidade que tanto essas editoras apregoam em seus editoriais cai por terra quando se sabe que elas não procedem corretamente com as pessoas quando se envolvem em negociatas.

Montar balcões em aeroportos para iludir passageiros – os idosos principalmente – com o conto da mala, não é um procedimento ético para revistas que dizem combater a corrupção e a Lava Jato em suas reportagens.

Qual a credibilidade desses senhores empresários para combater o crime, quando eles próprios criam uma organização criminosa nos aeroportos para ludibriar o seu leitor?

Claro que eles só se instalaram ali com a conivência da ANAC que tantos danos tem causado ao país.

Mas esses crimes à sombra da lei não estão apenas na criação dessas gangs nos salões dos aeroportos.

Eles chegaram também diretamente ao bolso do consumidor.

Os preços das lanchonetes são exorbitantes.

Não se concebe que uma água mineral custe R$ 6,00 no Rei do Mate do terminal 1 de Guarulhos, um Beirute R$ 39,50 e três pães de queijo (na promoção) R$ 27,00 na Casa do Pão de Queijo no mesmo aeroporto.

A defesa dos donos das redes é que a locação custa caro, portanto, o preço é salgado.

Mas por que o governo não intervém para se chegar a um bom senso em relação a esses preços para evitar esse assalto ao bolso do consumidor?

Na verdade, a acomodação do brasileiro em relação a essa gulodice dos empresários tem um nome: passividade.

Como ninguém reclama nem boicota esses fast foods, eles vão arbitrar o preço da mercadoria até a exaustão, até quando você não tiver mais um níquel sequer para consumir nada.

A propósito, veja se você se enquadra nesse trecho do poema “No caminho, com Maiakóvski” (Não se sinta obrigado a ler, porque ele é antigo. Mas tente, pois continua atual):

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

(...)


  

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