capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 27/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.953.610 pageviews  

Hoje na História Saiba tudo que aconteceu na data de hoje.

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Mais que o sumiço de um J
03/09/2017 - CELSO MING - O ESTADO DE S.PAULO

Desta vez, nem a oposição nem o barulhão feito por empresários e meia dúzia de analistas conseguiram impedir a aprovação na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 777 que criou a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Não se impressione com as siglas nem com esse tema, aparentemente árido. Essa TLP veio para tomar o lugar da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). A diferença entre uma e outra não é apenas o sumiço de um J. Essa matéria, agora sob exame do Senado, produzirá impacto sobre seu bolso, dependendo da decisão que vier a ser tomada.

A TJLP é a que ainda vigora no BNDES. Vinha sendo fixada arbitrariamente pelo governo, mais ou menos a cada três meses.


PUBLICIDADE


Trata-se de uma invenção que vem distribuindo juros favorecidos, de uma fração dos praticados no mercado ou até mesmo da Selic, os juros básicos, que são fixados pelo Banco Central para conduzir a inflação para dentro da meta.

No momento, a Selic é de 9,25% ao ano enquanto a TJLP é de 7% ao ano. Enquanto isso, o Tesouro capta recursos no mercado a um valor que varia com os juros básicos, de 9,25% ao ano.

Enfim, a TJLP não passa de uma espécie de meia-entrada, para usar a expressão do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Tiago Couto Berriel.

A TLP equivale o custo dos financiamentos do BNDES ao custo dos recursos levantados pela NTN-B, o principal título do Tesouro, o mesmo que é entregue aos investidores que se dispõem a rolar a dívida pública.

A TJLP vem produzindo enormes distorções. Uma delas é o subsídio embutido nos financiamentos do BNDES.

Se o Tesouro paga 9,25% para levantar recursos no mercado e, no caso da TJLP, os repassa a 7%, produz um rombo nas contas públicas que você, na condição de contribuinte, é chamado a cobrir.

Alguns cálculos concluíram que, apenas ao longo do período de 2007 a 2015, o Tesouro perdeu com o produto dessa teta R$ 200 bilhões, o equivalente a quase tudo que foi arrecadado com a Cofins em 2016.

Nada de especialmente errado na concessão de subsídios. Faz parte de qualquer política econômica.

O problema aparece quando o subsídio é surrupiado da prestação de contas e não passa pelo Congresso, como essa TJLP.

Outra distorção é o embotamento que provoca. Esses juros artificialmente achatados impediram até aqui que se desenvolvesse um mercado de crédito de longo prazo no Brasil.

Nenhum banco consegue competir com o BNDES, que distribui mamatas dessa ordem.

Essa distorção produz outra. Os financiamentos do BNDES favorecem apenas os que podem se pendurar nessas tetas.

Assim, durante anos vigoraram condições desiguais de empresa para empresa, num mercado que pretende ser de livre concorrência.

A TJLP também trabalha contra a política de juros do Banco Central, na medida em que não consegue influenciar faixa importante do crédito.

Ou seja, não importa o tamanho da Selic, ela não consegue atingir o segmento da TJLP, que trabalha com juros mais baixos fixados previamente.

Nessas condições, o Banco Central precisa aumentar os juros mais do que deveria para obter a mesma força necessária para combater a inflação. Portanto, a nova TLP tende a dar mais eficácia à política monetária.

As viúvas da TJLP, que mais se opõem à novidade, são principalmente os empresários que tanto se beneficiaram com os juros favorecidos do BNDES.

MELHORA DO EMPREGO

Boa surpresa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua: queda da desocupação de 13,6%, no trimestre terminado em abril, para 12,8% em julho, embora ainda esteja acima dos 11,6% apurados um ano antes.

A nota negativa é a de que a maioria que conseguiu trabalho está sem carteira de trabalho assinada.

Por outro lado, o rendimento médio cresce. E um dos fatores que mais contribuíram para isso é a baixa da inflação, que agora corrói menos a renda do trabalhador.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques