capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 27/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.953.695 pageviews  

De Última! Só lendo para acreditar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Delator da JBS confirma conversas com a PGR de Janot antes de Joesley gravar Temer
12/09/2017 - BLOG DE REINALDO AZEVEDO

Escrevi ontem um post cujo titulo era este: “Miller avisou: não cai sozinho; se for para a cadeia, dá-se como certo que Janot vira um alvo”. Pois é…

O que se comenta em Brasília é que, ao negar a decretação da prisão temporária de Marcelo Miller — o que é, em si, uma humilhação para um procurador que era braço-direito do chefão do MPF —, Edson Fachin, ministro do Supremo, estava apenas prestando um favor a Rodrigo Janot.

Aliás, seria um favor também a si mesmo. Mas isso ficará para outro post.


PUBLICIDADE


Por quê?

Porque Miller estaria disposto a dar com a língua nos dentes e a contar tudo o que sabe.

Vale dizer: iria confirmar que Janot sempre soube de tudo e que toda a operação que resultou na gravação da conversa do presidente foi armada com o conhecimento da cúpula da PGR, muito especialmente… Janot!

Verdade ou mentira?

A ver.

O fato é que as razões para a prisão de Miller estavam mais do que dadas — e prisão preventiva, não a temporária —, mas Fachin a evitou, não é?

Ocorre que nem foi preciso que Miller contasse o que sabe.

Um dos delatores da JBS, Francisco de Assis e Silva, afirmou que esteve com ninguém menos do que Eduardo Pelella, este , sim, uma verdadeira sombra de Janot.

Se Miller era o seu homem de confiança nos assuntos ligados ao MPF, Pelella, o chefe de gabinete, está na conta do assessor pessoal, do Sombra, do carregador de malas.

Janot é seu guia espiritual. É seu ídolo. É o seu Don Giovanni do direito achado no arbítrio.

Assim como aquele tinha o seu faz tudo, o Leporello, Janot tem o seu “Lepelella”.

Sim, Assis e Silva diz ter estado com o Sombra de Janot cinco dias antes daquele 7 de março, quando Joesley gravou a conversa com o presidente da República.

Mais de uma vez, Janot negou que o MPF tivesse participado da armação.

Na verdade, Assis e Silva disse ter tido mais de três encontros com o Leporello de Don Janot…

O homem da JBS diz ter ouvido do promotor Sérgio Bruno, também da Força Tarefa, que “uma coisa era ter a gravação de um deputado, e outra, do presidente”.

Entenderam?

Pois é…

Na conhecida conversa safada entre Joesley e Saud, este pergunta àquele se era Miller quem contara a coisa toda a Janot, já que o dono da JBS insistia que o procurador-geral sempre soubera de tudo.

E Joesley deu a seguinte resposta:

“Nós falamos pro Anselmo. O Anselmo que falou pro Pelella, que falou pra não sei quem lá, que falou pro Janot. O Janot está sabendo. Aí o Janot, espertão, o que o Janot falou? Bota pra foder. Bota pra foder. Põe pressão neles para eles entregam tudo”.

Já disse neste post quem é Pelella.

“Anselmo” é o procurador Anselmo Lopes, da Operação Greenfield.

Documento

Atenção!

A armação foi de tal natureza que houve até um documento!

Informa a Folha:

“Assis e Silva afirmou que no encontro do dia 2 de março, participaram, além dos dois, Sérgio Bruno, a advogada Fernanda Tórtima, que também atuava para a JBS, e mais uma pessoa da qual ele não se recorda. Foi levado para a reunião, ainda segundo o delator, um documento com 13 itens detalhados sobre o que os executivos interessados em colaborar poderiam revelar. No depoimento, ele também fala que a JBS levou para a PGR três premissas: rapidez, sigilo e continuação dos irmãos Joesley e Wesley Batista à frente da direção da empresa. De acordo com os fatos narrados por Assis e Silva, esse teria sido o segundo contato com o grupo de Janot, mas o primeiro pessoalmente.”

Eis aí!

Será que os delatores da JBS devem ser levados a sério, a ponto de se montar uma operação para derrubar o presidente da República, mas tem de ser ignorados quando evidenciam que Janot e sua turma participaram do que pode ser caracterizado como um golpe?

No dia 18, Janot entrega o cargo. Vai querer ficar lotado como subprocurador em algum lugar, talvez no STJ (Superior Tribunal de Justiça), órgão que tratou no bico da chuteira, não é?

Afinal, o tribunal foi fonte permanente de suspeições, acusações e aleivosias durante o reinado de Don Janot.

E por que não se aposenta logo?

Porque ele vai buscar manter o foro especial, que seus rapazolas chamam de “foro privilegiado”.

E a ambição política?

Ainda voltarei a isso, mas convenham: Janot contribuiu para liquidar com a carreira de muita gente, mas ele não está melhor na fita, não.

Está deixando a Procuradoria Geral da República pela porta dos fundos.

A tentativa de golpear o governo Temer está mais evidenciada do que nunca.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques