Senado reagirá ao Supremo com medida pró-delator 09/10/2017
- Coluna do Estadão - Andreza Matais e Marcelo de Moraes
É extenso o pacote de medidas que o Senado promete votar em reação a uma possível decisão do Supremo, quarta, favorável ao afastamento de parlamentares do mandato sem aval do Congresso.
Senadores ameaçam interferir na Operação Lava Jato impedindo que os delatores comecem a cumprir a pena antes da sentença do juiz.
No caso da Odebrecht, por exemplo, o Supremo determinou que a pena deveria ser aplicada logo após a homologação do acordo, mesmo para os colaboradores que não foram condenados ou formalmente investigados.
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BATEU, LEVOU
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, foi avisado de que há fila de senadores dispostos a apresentarem o projeto pró-delator.
Embora atue para acalmar os ânimos, ele sabe que a depender do resultado o revide virá.
FORÇA TAREFA
Assim como o Senado, a Câmara e a AGU também enviaram manifestações ao Supremo sobre o julgamento do dia 11.
Todos contrários às medidas cautelares contra congressistas.
A ministra Grace Mendonça, da AGU, fará sustentação oral.
É COMPREXO
Relator da segunda denúncia contra o presidente Temer, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) não descarta pedir mais prazo para apresentar seu parecer à CCJ.
A leitura do documento está marcada para amanhã.
VAI QUE...
O PSDB paulista começou discretamente a discutir alternativas caso o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, perca a vaga de candidato ao Planalto para o prefeito de São Paulo, João Doria.
DANÇA DAS CADEIRA
Nesse cenário, Alckmin sairia candidato ao Senado no lugar do chanceler Aloysio Nunes, que abriria mão de disputar a reeleição.
Aliados do governador acham, contudo, que é improvável ele perder para Doria.
MELHOR VOCÊ
Denunciado ao lado de Michel Temer no “quadrilhão do PMDB”, o ministro Moreira Franco foi escolhido pelo presidente para representá-lo no Vaticano, dia 15, em cerimônia de canonização de mártires brasileiros.
OCUPADO
Temer pediu agenda com o papa Francisco, mas desistiu da viagem antes de chegar a resposta do Vaticano.
Preferiu ficar aqui na semana em que a 2ª denúncia deve ser votada.
PRESSA
O governo tem pressa na votação da medida provisória da leniência dos bancos.
A MP caduca só no dia 19, mas o Planalto não quer correr risco e trabalha para aprová-la nesta semana.
O presidente do BC, Ilan Goldfajn, tem ajudado a buscar votos.
SEPARA
O ministro Edson Fachin pediu a opinião da PGR sobre desmembramento da investigação dos R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima.
Na PF, a torcida é para que Geddel seja investigado na 1ª instância e seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima, no STF.
EM NOME DE JESUS
Depois de mergulhar para driblar a pressão de outros partidos pelo seu cargo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, participa de evento evangélico.
ANIMADO
Antes de viajar amanhã para Washington, o ministro Henrique Meirelles quer aprovar no Senado projeto que cria o Cadastro Positivo de consumidores.
EM ABERTO
Apesar do upgrade de poder e exposição midiática após o impeachment, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ainda não conseguiu o consenso na própria base eleitoral.
DUELO
O DEM-RJ se divide entre apoiá-lo ou se aliar a Eduardo Paes(PMDB) para o governo fluminense.
PRONTO, FALEI!
“Sempre soube que ele iria imitar alguém. Tenho dúvidas sobre se a matriz é Ciro Gomes ou Trump”.
Do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB) sobre as críticas de João Doria a Alberto Goldman.