Clima menos favorável torna safra menor 12/10/2017
- O ESTADO DE S.PAULO
As condições climáticas que impulsionaram a safra passada, que atingiu a produção recorde de 238,5 milhões de toneladas de grãos, dificilmente se repetirão nesta que está em fase de plantio.
Por isso, o primeiro levantamento da safra 2017/2018 que acaba de ser divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, projeta recuo entre 4,3% e 6% na produção, que deve ficar entre 224,1 milhões e 228,2 milhões de toneladas.
O levantamento leva em conta as pesquisas da safra de verão para as culturas de algodão, amendoim (primeira safra), arroz, feijão (primeira safra), mamona, milho (primeira safra) e soja.
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A Conab utiliza informações sobre área plantada ou a ser plantada, produtividade média, câmbio, exportações e mercado (demanda e oferta). A primeira estimativa da Conab acompanha também a safra de inverno de
2017 de aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale, com dados sobre a evolução das culturas, andamento da colheita e clima.
Embora possa ser menor do que a anterior, a safra estimada pela Conab continuará a mostrar um setor agrícola altamente eficiente. Será a segunda maior da história.
É do campo que continuará vindo a grande contribuição para os saldos comerciais expressivos que o País vem registrando e para manter a inflação baixa.
O estudo da Conab projeta manutenção ou até pequeno aumento de até 1,8% da área plantada em relação à que foi cultivada na safra anterior.
Em razão do aumento previsto no plantio do algodão e, especialmente, da soja, a área cultivada deve atingir entre 61 milhões e 62 milhões de hectares.
A produtividade deve registrar redução em praticamente todas as culturas.
Soja e milho continuam sendo as principais culturas e devem responder por praticamente 90% do total produzido.
A produção de soja deverá alcançar entre 106 milhões e 108 milhões de toneladas, por causa da expectativa dos produtores de que, em razão das condições do mercado, poderá propiciar rentabilidade melhor do que a de outras culturas.
Já a produção de milho, nas duas safras, deve totalizar 93,5 milhões de toneladas.
Com relação ao arroz, a projeção é de queda de 3,8% a 4,7% na produção, que deve ficar entre 11,75 milhões e 11,86 milhões de toneladas.
Também a de feijão deve ter queda, de até 2,8%, ficando entre 3,30 milhões e 3,35 milhões de toneladas.