O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

CIAO, BATTISTI!
14/10/2017 - PEDRO LUIZ RODRIGUES*

Cesare Battisti, assassino prófugo, que encontrou proteção no Brasil por conta do apoio de meia dúzia de políticos desorientados – dentre os quais o ex-senador e agora vereador Eduardo Suplicy – está tingindo de vergonha seu currículo de guerrilheiro audaz e destemido.

Agora que seus amigos do PT não estão mais no poder para mais uma vez ajudá-lo a escapar das garras da lei, Battisti deixou de lado a empáfia e afogou-se num mar de lamúrias e choramingação.

O criminoso italiano deve continuar nessa toada, talvez com a esperança de que seus poucos amigos no Brasil organizem uma passeata em sua defesa, agora que já percebeu que já é quase certa sua extradição para a Itália, onde tem uma sentença de prisão perpétua a cumprir.


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Em entrevista ao Estado de São Paulo, Battisti chorou e mentiu deslavadamente. Jurou inocência quanto aos quatro assassinatos que cometeu, todos mais do que devidamente comprovados pela Justiça italiana.

Olhos lacrimejantes assegurou que tudo o que de mal fez não foram mais do que estrepolias de um jovem idiota, talvez por achar que a idiotice assegure algum tipo de imunidade perante a lei.

Gasta à toa suas lágrimas de jacaré, pois até mesmo a quota de credulidade do PT e partidos associados já está gasta, com a exaltação de Lula como a expressão máxima da inocência no planeta.

Na verdade, a presença de Battisti no Brasil é motivo de vergonha nacional.

Foi na surdina, no último dia de seu segundo mandato, que Lula, em vez de assinar o decreto autorizando a extradição já aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, assinou foi outro, concedendo ao meliante a proteção indevida do refúgio político.

Battisti disse ao Estadão que sua extradição para a Itália equivaleria a uma condenação à morte, deixando subentendido que a Justiça e o sistema prisional italiano não seriam confiáveis.

Exatamente o contrário do que disse o Henrique Pizzolato, figurão do PT que condenado pelos crimes habituais fugiu para a Itália.

Lá foi preso e fez de tudo para não voltar ao Brasil, exaltando sempre a lisura da Justiça italiana e a boa qualidade de suas prisões.

Ciao, Battisti!

...

*Jornaista, com atuação nos mais importantes veículos de comunicação do Brasil, e diplomata.

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