capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.919.919 pageviews  

De Última! Só lendo para acreditar

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Mau tempo para os grãos
10/11/2017 - O ESTADO DE S.PAULO

Estrela principal da recuperação econômica no começo deste ano, a safra de grãos será menor na próxima temporada, segundo as projeções oficiais divulgadas ontem.

A produção será suficiente para gerar muitos bilhões de dólares de exportação e para atender o mercado interno, como tem sido há muitos anos, mas seu impacto em outros setores da economia deverá ser mais limitado.

Grandes colheitas contribuem, geralmente, para a contenção de pressões inflacionárias, e esse efeito foi bem visível, em 2017, na moderação dos preços ao consumidor.


PUBLICIDADE


Alimentação com baixo custo gera benefícios muito além da mesa das famílias.

Quando o custo da comida evolui de modo favorável, sobra mais dinheiro para ser gasto em outros itens.

Isso fortalece o consumo, gera maior demanda para a indústria e para o setor de serviços e favorece a multiplicação de empregos.

Seria imprudente, no entanto, prever para 2018 um cenário de inflação pior que o projetado até agora pelos especialistas.

A formação de custos e as condições de oferta de vários produtos poderão ser menos favoráveis.

Mas as pressões de alta de preços ainda serão contidas, se prosseguir o conserto das contas públicas, houver avanço na pauta de reformas e os mercados funcionarem num ambiente de confiança.

Se ocorrerem essas condições, perspectivas de continuidade na reconstrução da economia contribuirão para a estabilidade do câmbio.

Assim será obtida uma condição importante para a moderação dos preços no mercado interno.

Apesar da redução estimada pelos especialistas do governo, a safra de nenhum modo será desastrosa.

Mas a ação dos políticos será, se o seu comportamento, em ano de eleição, dificultar ou impedir a continuação de medidas de ajuste e de saneamento das finanças do setor público.

A safra de grãos deverá ficar entre 223,3 milhões e 227,5 milhões de toneladas na temporada 2017-2018, com recuo de 6,2% a 4,4% em relação ao volume recorde produzido no período anterior, de 238 milhões de toneladas, segundo a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Essa empresa é vinculada ao Ministério da Agricultura.

Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são um pouco diferentes.

Indicam uma redução de 8,9%, de 241,6 milhões para 220,2 milhões de toneladas.

As quedas projetadas para a nova safra são atribuídas, nas duas pesquisas, às condições de tempo bem menos favoráveis que as da safra 2016-2017.

O plantio, ainda em execução, já foi prejudicado pelo atraso das chuvas em algumas áreas.

Condições meteorológicas menos favoráveis devem resultar em menor produção por hectare.

Mas a influência efetiva do tempo ainda será medida com maior precisão mais à frente.

Alguns números da Conab podem dar uma ideia da composição da nova safra.

O rendimento da soja, maior cultura, deve diminuir de 3.364 kg/hectare para 3.075.

A perda de produtividade foi estimada com base em séries históricas e nos pacotes tecnológicos empregados nos últimos anos.

Se as avaliações estiverem corretas, a produção da soja cairá de 114,1 milhões de toneladas para algo entre 106,4 milhões e 108,6 milhões de toneladas.

A colheita de milho na primeira safra poderá diminuir de 30,5 milhões para um volume entre 24,5 milhões e 25,9 milhões de toneladas.

A segunda safra de milho, geralmente maior que a primeira, poderá passar dos 67,3 milhões de toneladas na temporada anterior para 67,2 milhões.

A redução total ficará entre 4,9% e 6,3%.

Também estão previstas colheitas menores de arroz, de feijão e de vários outros cereais e oleaginosas, mas sem risco de problemas sérios de abastecimento.

Novas estimativas poderão, nos próximos meses, apontar cenários um pouco diferentes.

Além disso, as condições de mercado ainda poderão afetar o plantio da segunda safra do milho e os da segunda e da terceira do feijão, assim como a do trigo.

As projeções mais seguras obviamente se referem à safra de verão.

Com tempo desfavorável, os agricultores continuam fazendo sua parte.

Se os senhores de Brasília fizerem a deles, o País continuará em recuperação em 2018.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
14/08/2023 - NONO NONO NONO NONO
11/08/2023 - FRASES FAMOSAS
10/08/2023 - CAIXA REGISTRADORA
09/08/2023 - MINHAS AVÓS
08/08/2023 - YSANI KALAPALO
07/08/2023 - OS TRÊS GARÇONS
06/08/2023 - O BOLICHO
05/08/2023 - EXCESSO DE NOTÍCIAS
04/08/2023 - GUARANÁ RALADO
03/08/2023 - AS FOTOS DAS ILUSTRAÇÕES DOS MEUS TEXTOS
02/08/2023 - GERAÇÕES
01/08/2023 - Visitas surpresas da minha terceira geração
31/07/2023 - PREMONIÇÃO OU SEXTO SENTIDO
30/07/2023 - A COSTUREIRA
29/07/2023 - Conversa de bisnetas
28/07/2023 - PENSAR NO PASSADO
27/07/2023 - SE A CIÊNCIA NOS AJUDAR
26/07/2023 - PESQUISANDO
25/07/2023 - A História Escrita e Oral
24/07/2023 - ESTÃO ACABANDO OS ACREANOS FAMOSOS

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques