Data especial 15/11/2017
- Antero Greco - O Estado de S.Paulo
A temporada do Palmeiras é decepcionante. Não ganhou o Estadual, foi eliminado da Libertadores e da Copa do Brasil antes das semifinais e passou todo o Campeonato Brasileiro longe da liderança.
Quando se aproximou do Corinthians, fez as esperanças da torcida renascerem.
Mas elas morreram rapidamente com a derrota para o rival e a pífia partida diante do Vitória, quando perdeu para o pior mandante do campeonato.
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Um time que nos seis jogos anteriores em casa perdeu quatro, empatou dois e levara um par de pontos nos 18 últimos que lá disputara, tinha 11% de aproveitamento.
Reflexo disso foi a semana de crise. Teve jogador ofendido por torcedor em aeroporto, retrucando e punido pelo clube, vídeo do atleta se justificando em redes sociais, elenco e técnico se apresentando na sala de coletivas ao mesmo tempo para um pronunciamento e incertezas.
Sim, incertezas sobre quem fica e quem sai para 2018, sobre quem será o técnico na próxima temporada, sobre quais os rumos do futebol palmeirense.
O diretor executivo Alexandre Mattos tem contrato até o final do ano que vem, quando terminará o mandato do presidente Maurício Galiotte.
Para apimentar, torcedores fizeram manifestação em frente ao CT e esperaram a saída do ônibus para fazer cobranças e exigir resultados.
Que clima! Mas a tabela do campeonato reservara ao campeão brasileiro o adversário ideal: o Flamengo.
Apesar de ser o outro clube que mais investe no elenco em nosso futebol atual, o clube carioca se caracteriza por levar a campo um time indolente, irregular, tolerante com a derrota.
Que cai sem constrangimento. E com um retrospecto absolutamente ridículo atuando em São Paulo.
Perdeu quase todos os cotejos que disputou no Estado em 2017.
Jogando em solo paulista neste campeonato, o Flamengo sofreu derrotas para Palmeiras (2 a 0), São Paulo (2 a 0), Ponte Preta (1 a 0) e Santos (3 a 2).
No empate com o Corinthians (1 a 1), teve até chance de vencer no segundo tempo, mas foi beneficiado pelo gol de Jô, absurdamente anulado.
E na Copa do Brasil os santistas também venceram os rubro-negros (4 a 2).
No Brasileiro, contra o “trio de ferro” na capital, o retrospecto é vergonhoso.
Os flamenguistas não vencem o São Paulo desde 2011 (três empates e duas derrotas no período), bateram o Palmeiras pela última vez em 2010 (três derrotas e dois empates) e não superam o Corinthians há 11 anos (sete derrotas e dois empates).
Triunfo em ritmo de treino no Allianz Parque. O Palmeiras somou pontos para amenizar um momento de crise.
Mas a vitória fácil sobre o Flamengo não pode ser entendida como um remédio eficaz contra seus problemas.
É apenas um paliativo. Pois derrotar o adversário ideal é apenas formalidade.
GOL DIFÍCIL E VALIOSO
Foram 13 jogos, 12 finalizações, quatro certas, até que Colin Kazim-Richards marcasse seu primeiro tento no Campeonato Brasileiro de 2017.
Deu a vitória ao Corinthians por 1 a 0 sobre o Avaí. O turco nascido na Inglaterra (tem dupla cidadania) soma 52 jogos pelo clube, 64 finalizações, 23 no alvo, cinco tentos.
SÃO PAULO E O FUTURO
São nove pontos à frente do Sport, que abre a zona de rebaixamento.
A chance de rebaixamento é matemática, mínima, e o 1 a 1 em São Januário, onde foi pressionado pelo Vasco (24 finalizações contra seis) manteve o Tricolor com a melhor campanha do returno, ao lado do Botafogo. Hora de pensar, direito, em 2018.