Meirelles vai se apresentar na TV como nome do centro 20/12/2017
- COLUNA DO ESTADÃO - ANDREZA MATAIS*
O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) vai para o tudo ou nada em busca do apoio do presidente Temer e dos partidos da base na sua eventual candidatura ao Planalto na eleição de 2018.
No programa partidário do PSD, que será veiculado amanhã, ele vai dizer que o caminho é pelo centro, se colocando como um nome desse campo, e não pelos extremos.
Meirelles também vai elogiar “a coragem” do atual governo de fazer as reformas, se colocar como responsável pelo fim da recessão e atacar a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
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“O governo anterior quebrou o Brasil”, dirá.
TEM DE TUDO
Meirelles não vai falar no programa apenas de economia. Também vai abordar temas de forte apelo, como segurança, educação e saúde. A proposta dos marqueteiros é apresentá-lo a um eleitorado que o desconhece.
É TESTE
Por determinação do presidente do PSD, Gilberto Kassab, o programa será protagonizado pelo ministro. Mas não há garantia de que ele terá o apoio da sigla para disputar em 2018. O próprio diz que só vai concorrer “se tiver chances reais de ganhar”.
TATUAGEM NA TESTA
Um dos empecilhos de Meirelles é o PSDB. Se os partidos da base de Temer fecharem com Geraldo Alckmin, ele se inviabiliza. Razão pela qual insiste que, se os tucanos desembarcaram do governo, não podem requerer o apoio desse grupo.
HÁ PERDÃO
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), do PMDB, discorda. “De forma nenhuma Alckmin está descartado. Entendo que ele tem tomado atitudes que podem nos aproximar”, diz citando o apoio dos tucanos à reforma da Previdência.
VEM MAIS
Além de Luís Roberto Barroso, um outro ministro do Supremo pretende enviar à primeira instância processos contra parlamentares que envolvem crimes cometidos fora do exercício do mandato.
A DEDO
O esvaziamento da convenção do PMDB ontem foi proposital. O presidente do partido, Romero Jucá, escolheu fazer o evento na semana anterior ao Natal para evitar confusão e questionamentos.
AUSÊNCIA
Nenhum dos 13 deputados estaduais do PMDB de Minas apareceu. Eles defendem aliança local com o PT.
ANDOU
A procuradora Deborah Duprat determinou, ontem, que a ministra Luislinda Valois explique, “com a maior brevidade possível”, por que não preenche cargos de chefia.
O CASO
O pedido ocorre depois de a Coluna revelar que, no último dia 15, o Fórum Nacional da Criança e do Adolescente protocolou na PGR denúncia contra Luislinda por “gestão irresponsável” e mostrar que há 22 áreas sem chefia.
AGORA VAI
Após ser procurada pela Coluna, a ministra nomeou ontem três chefes.
EPARRÊ
Após invadir a convenção do PMDB para dar uma bênção no presidente Temer, o pai de santo conhecido como Pai Uzêda fez propaganda dos seus serviços.
FAZENDO DINHEIRO
A direção do PMDB programa uma campanha para conseguir um milhão de novos filiados. Se alcançar o feito, vai cobrar taxa dos seus membros e deixará de descontar 3% dos salários dos congressistas como forma de financiar a legenda.
PLANOS B E C
O presidenciável Jair Bolsonaro negocia com o PR e com o PSL sua inscrição para disputar a eleição ao Planalto. A filiação ao Patriota não deu certo até agora. Ele se deu um prazo até o final de março para decidir a legenda pela qual vai concorrer.
PRONTO, FALEI!
“O PMDB vai fazer aliança com quem, com o PSDB que chutou Michel Temer? Temos que ver”. Do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sobre os acordos para as eleições de 2018.
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*COM NAIRA TRINDADE, LEONEL ROCHA E RAFAEL MORAES MOURA