Troca na 2ª Turma do Supremo preocupa advogados da Lava Jato 28/12/2017
- COLUNA DO ESTADÃO - ANDREZA MATAIS*
Advogados de políticos na mira da Lava Jato querem acelerar o julgamento de seus clientes na Segunda Turma do STF.
Criminalistas avaliam que, a partir de setembro, com a saída do ministro Dias Toffoli do colegiado e a entrada no lugar dele da ministra Cármen Lúcia, aumentam os riscos de condenação de investigados.
Toffoli é considerado um ministro com posição mais favorável aos réus, enquanto Cármen é tida como mais dura e sensível à opinião pública nos casos de corrupção, posição mais alinhada com o relator da Lava Jato, Edson Fachin.
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7 A 1
Ao longo deste ano, Fachin sofreu sucessivas derrotas na Segunda Turma do Supremo, que tem Gilmar Mendes, Toffoli e Ricardo Lewandowski mais afinados nas críticas à Lava Jato.
O isolamento é quebrado, eventualmente, com o voto de Celso de Mello.
PASSANDO O BASTÃO
Toffoli deixa a Segunda Turma em setembro, quando assume a presidência do Supremo no lugar de Cármen Lúcia.
IDIGNAÇÃO
Ao recorrer ao Supremo para contestar o indulto de Natal concedido pelo presidente Michel Temer, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, mencionou 15 vezes a palavra “impunidade” e sete vezes “corrupção”.
A ação da PGR foi revelada pela Coluna do Estadão.
VAI TARDE
O pedido de demissão do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, não causou reações no Planalto.
Ele era considerado pouco atuante e, dizem, não deixará saudades.
A troca na pasta do Trabalho foi antecipada pela Coluna do Estadão.
PRÓXIMA PERGUNTA
Indagado se vai se empenhar na aprovação da reforma da Previdência, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), que assume na próxima quinta-feira o Ministério do Trabalho, desconversa: “Vamos deixar pra lá….”
ME TIRA DESSA
O ministro Henrique Meirelles tem reafirmado que não foi uma decisão pessoal vetar ajuda financeira ao RN, governado por seu colega de partido, Robson Faria.
Pré-candidato ao Planalto, não quer problemas com o PSD.
PODE NÃO
A negativa da equipe econômica veio após o Ministério Público junto ao TCU enviar recomendação para sustar a transação, que poderia ser enquadrada como crime de responsabilidade.
PARA DEPOIS
A duplicação da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, vai ficar no papel até que o Brasil tenha condições de retomar a obra.
O Paraguai propõe construir outra menor e mais barata. O governo brasileiro avalia.
TEM PRA HOJE
Sobre a decisão do STF de soltar Henrique Pizzolato, o procurador Vladmir Aras, que atuou pela extradição dele ao Brasil, resigna-se.
“Considerando os remanescentes do mensalão, até que ele cumpriu muito da pena.”
XÔ, SATANÁS!
Ronaldo Nogueira, que deixa o Ministério do Trabalho dizendo que irá se dedicar à campanha de deputado, recebeu bênção de pastor, que pediu por sua reeleição.
SEM FREIOS
Num dos últimos discursos que fez na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) se definiu como “um homem polêmico”, que “fala o que pensa” e tem “orgulho disso”.
Para arrematar: “Eu falo na cara”.
APOIO
Preso desde o dia 20, Maluf fez a observação ao defender Michel Temer das denúncias da PGR.
O deputado teve neste ano pelo menos seis audiências no Planalto com o presidente, de quem afirmou ser amigo “há 30 anos”.
MEU DESEJO PARA 2018…
“Uma agenda patriótica que inclua responsabilidade fiscal, prioridade para educação, choque de livre-iniciativa e proteção social para quem de fato precisa”. Do ministro Luís Roberto Barroso, especial para a Coluna do Estadão.
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*COM NAIRA TRINDADE, LEONEL ROCHA, RAFAEL MORAES MOURA E LU AIKO OTTA