CEF VIROU BANCO DA CORRUPÇÃO NO GOVERNO DO PT 18/01/2018
- JORGE OLIVEIRA - DIÁRIO DO PODER
Não é novidade que no governo do PT a Caixa Econômica Federal virou um covil de facínoras a serviço de alguns bandidos hoje na cadeia.
A novidade, na verdade, é o presidente Temer resistir em mudar os vice-presidentes do banco envolvidos em maracutaias depois que o Ministério Público descobriu muitos deles acusados em corrupção.
Temer só cedeu porque o Banco Central apresentou relatório confirmando a roubalheira e a Procuradoria da Repúblico do Distrito Federal ameaçou responsabilizá-lo civilmente pelos desmandos dos seus comandados.
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Ora, ora, o presidente não queria que nomes como o de Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e o dele próprio viessem a público como políticos influentes na CEF no favorecimento de empréstimos para os empresários amigos, como consta no relatório dos procuradores.
Durante o governo da Dilma, a Caixa Econômica Federal se transformou em um depósito de ex-políticos desocupados que ocuparam algumas vice-presidências, entre eles Moreira e Geddel sob o comando da Miriam Belchior, aquela senhora que trocou o silêncio da morte do seu ex-marido, o prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002, com quem fora casada por dez anos, por bons cargos no governo do PT em Brasília.
Belchior, assim como a Dilma, foi uma invenção do Lula para cargos importantes.
Ambas entendiam de administração como Lula de fissão nuclear.
O escândalo que agora envolve a Caixa já era esperado.
Ele estava encoberto pelo governo que temia o aparecimento de nomes de ministros da sua cozinha, como Moreira Franco, e do seu parceiro Eduardo Cunha.
E quando surgiu na tela do Jornal Nacional que Temer também está no relatório dos procuradores de Brasília, ali estava o motivo pelo qual ele resistiu em afastar alguns vice-presidentes.
Mesmo assim recuou quando teve que tomar uma decisão mais enérgica: suspendeu por quinze dias quatro vices como se aquela instituição bancária fosse uma escola infantil e não um banco que trabalha com bilhões de reais.
No governo PT a ascensão funcional ocorria pela folha corrida e não pelo currículo dos pretendentes aos cargos públicos.
O Temer, como vice, era adepto dessa doutrina.
Por isso meteu a colher na CEF indicando Geddel e Moreira Franco, enquanto Eduardo Cunha se encarregava de dirigir a organização criminosa lá dentro.
Geddel está na cadeia e Moreira rebola para não dividir a cela com ele na Papuda, pois continua sob a proteção do presidente que, em um de seus atos, cobriu o seu pupilo com imunidade ao transformá-lo em ministro.
Com a descoberta dos mais de 50 milhões em dinheiro vivo em um apartamento de Salvador, sabe-se agora que Geddel era o cofre da campanha dos medebistas em 2018.
Descoberto pela Polícia Federal, ele foi parar na cadeia e o dinheiro confiscado.
Metido a esperto, o ex-ministro de Temer sempre circulou com desenvoltura em Brasília como parlamentar e como ministro de Integração da Dilma.
Como vice da Caixa Econômica Federal foi denunciado pelo lobista Lúcio Funaro como tesoureiro das propinas que iriam para as campanhas do MDB.
Na sua cola, e na mesma função no banco, surge Moreira que agora aparece com o nome na lista dos envolvidos no escândalo de corrupção do banco.
Os antecedentes da turma do Temer e do próprio presidente é que certamente levaram o Brasil a ser rebaixado pela agência Standart&Poor’s.
Desde que ele assumiu não consegue exorcizar os escândalos que se multiplicam a cada dia.
É certamente o único presidente da história que não consegue pegar uma carona no crescimento da economia, desmitificando a teoria de que a popularidade de um presidente se mede pela queda da inflação, pelo aumento do emprego, o resultado positivo da balança comercial e pela queda nos preços da cesta básica.
Nada disso cola nele.
O que mais gruda no Temer como carrapato são os escândalos atuais e os herdados da época da vice-presidência.
Veja que coisa: até os irmãos Batista, mesmo atrás das grades, levam vantagem na queda-de-braço com o Temer.
Agora mesmo, ele vai pagar 60 mil reais de custas processuais por ter perdido uma causa para Joesley, que o acusou de chefiar uma quadrilha no Palácio do Planalto.
Temer pedia 600 mil reais de indenização e o juiz entendeu que não deveria condenar Joesley por danos morais.