OMISSÃO DE ALCKMIN DIFICULTA REFORMA, DIZ GOVERNO 06/02/2018
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
O Planalto não se conforma com a omissão do governador Geraldo Alckmin, presidente do PSDB, no esforço para aprovar a reforma da Previdência, que faz parte do programa partidário tucano.
Em cima do muro, como é comum no PSDB, Alckmin não se move pela aprovação da reforma apesar de ser esse um dos fatores de asfixia das contas do governo de São Paulo e do governo federal, que pretende chefiar.
FINGINDO-SE DE MORTO
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O Planalto tem monitorado: Alckmin não defende a necessidade da reforma, nem trabalha por ela, há pelo menos dois meses.
É O QUE FALTA
Na avaliação do Planalto, com o apoio de toda a bancada federal do PSDB, de 42 deputados, a reforma seria aprovada.
DEBAIXO DA CAMA
Quando Temer ameaçou excluir Estados e municípios da reforma da Previdência, Alckmin chiou. Mas não ajuda com medo de perder votos.
VIA DE MÃO DUPLA
Se o PSDB não apoiar a reforma da Previdência o PMDB não apoiará a candidatura de Alckmin em nenhum dos 5.517 municípios brasileiros.
AÉREAS É QUE DEFINEM DISTÂNCIA ENTRE POLTRONAS
Costuma-se dizer que as empresas reguladas capturaram as regras (e vontades) das agências reguladoras.
Parece ser o caso das empresas aéreas, que conseguem o que querem na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como a instituição da cobrança de bagagem, criando um negócio milionário, e até o fim da exigência de distância mínima entre poltronas.
Agora, as empresas é que decidem, abrindo o caminho para abusos.
Há 18 projetos na Câmara sobre o tema, mas não andam.
MESA VIROU ENFEITE
Nos aviões da Latam, por exemplo, para a maior parte dos passageiros passou a ser impossível, por exemplo, abrir a mesinha.
AMEAÇA À SEGURANÇA
O assento à frente, na Latam, fica a 30cm do nariz do passageiro, que fica sujeito a ferimentos com freadas bruscas, na aterrisagem.
SITUAÇÃO HUMILHANTE
A distância entre poltronas dificulta o acesso do passageiro ao assento. Na chilena Latam, todos viajam entalados, desrespeitados, humilhados.
NO MURO, FEITO TUCANO
O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa prometeu responder até janeiro ao gentil convite do PSB para ser candidato a presidente.
Até agora, nada. Continua assuntando.
FORO DÁ NISSO
Sem mandato e nem foro privilegiado, Lula foi investigado, denunciado e condenado em 3 anos.
Inquérito contra o senador Romero Jucá (MDB-RR), com privilégio de foro, dormitou por 14 anos até prescrever.
VALE TUDO ELEITORAL
Está com toda pinta de manobra política a demora para a Vale anunciar a siderúrgica em Marabá, no Pará.
Foi aprovada em dezembro, mas seguram o anúncio para não favorecer o governo estadual, em prejuízo das pretensões eleitorais do ministro Helder Barbalho (Integração).
COMPLICOU
O terror das cerimônias é a segunda parte do hino e ontem, enquanto a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, cantou a plenos pulmões, o do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, calaram-se.
PISOU NA BOLA
Pegou mal a ausência do presidente Michel Temer na abertura do ano legislativo, com a presença dos chefes dos demais poderes.
Para quem precisa de votos para reformar a Previdência, foi gol contra.
NINGUÉM NEM VIU
O perfil oficial de Aécio Neves (PSDB) no Twitter está parado desde setembro.
Eleito senador por Minas Gerais com 7.565.377 de votos (quase 40% dos votos válidos), ele sumiu, ninguém sabe, ninguém viu.
PROVA DOS NOVE
Premiação mais secreta do País, a Mega Sena faturou R$ 62 milhões e acumulou pela nona vez em dez sorteios.
O próximo prêmio, previsto em R$ 56 milhões, será o maior do ano. Resta saber se será pago.
QUEM TEM VOTO
Os políticos estão mesmo mais sujos do que pau de galinheiro?
Pelo sim, pelo não, só tradicionais – como Lula, Alckmin, Bolsonaro e Marina – ultrapassam, aqui e acolá, 15% das preferências para presidente.
PERGUNTA NA SACRISTIA
Foi Delúbio Soares, para quem tudo acabaria virando piada de salão, quem fez Lula gargalhar na missa de 1º ano da falecida?