A hora da sexta coroa 08/07/2018
- CARLOS BRICKMANN - CHUMBOGORDO.COM.BR
Perdemos; os belgas jogaram melhor, a Seleção de defesa impecável nunca esteve tão aberta, um excelente chutador como Philippe Coutinho errou feio um chute de frente e de perto, craques mundialmente famosos erraram passes curtos.
Mas, correndo mais uma vez o risco de remar contra a maré, este colunista acredita que a Seleção terá seu grande momento em 2022, especialmente se os dirigentes do futebol tiverem a clarividência de manter Tite como técnico.
Os mesmos jogadores, mais experientes, darão suporte aos novos (e Tite, sempre se atualizando, saberá como usá-los).
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Lembrem-se da Seleção de 1966: foi a base da campeã de 1970.
Em 1966, a grande esperança brasileira era Pelé. Uma excelente manchete, no dia em que o Brasil enfrentaria Portugal, saiu no Diário da Noite, de São Paulo: “Pelé, jogai por nós”.
Mas nem Pelé, no auge de sua forma (e estava saindo de uma contusão) ganhava um jogo sozinho.
Portugal eliminou o Brasil da Copa. Falou-se o diabo dos jogadores.
Quatro anos depois, com jogadores como Brito, Gérson (o mais criticado de 1966), Jairzinho, Tostão, Pelé, Edu, das diversas formações tentadas antes da Copa anterior e durante a disputa, o Brasil formou uma das melhores seleções de todos os tempos.
Isso pode perfeitamente se repetir em 2022.
Lamentemos a derrota. E nunca deixemos de lembrar que, em futebol, Brasil é Brasil. Pois só há um país que tenha ganho cinco Copas do Mundo.
QUEM É QUEM NA SUCESSÃO
Que pensa cada candidato? A Confederação Nacional da Indústria ouviu Alckmin, Ciro, Marina, Bolsonaro, Álvaro Dias e Meirelles.
Em http://www.chumbogordo.com.br/19698-quem-e-quem-na-sucessao-assista-pode-ajudar/
GERALDO QUEM?
Alckmin diz que está animado, apesar dos baixos índices nas pesquisas.
Acha que vai crescer no horário eleitoral, onde acredita que terá a maior parte do tempo, graças às alianças que, a seu ver, são inevitáveis.
Como se vê, tudo é questão de fé: se tudo ocorrer como ele acredita, quem sabe?
Só que o Centrão (que mudou de nome: agora é Blocão) resiste a apoiá-lo.
O DEM, tradicional aliado dos tucanos de Alckmin, está interessadíssimo em Ciro Gomes, a quem atribui mais possibilidades de vitória.
O Blocão pode segui-lo.
Outros partidos que poderiam apoiá-lo puxaram o freio – como o PSB, em São Paulo comandado pelo governador Márcio França.
Alckmin lhe tinha prometido apoio na eleição estadual, mas João Dória impôs sua candidatura ao PSDB, e Alckmin não se esfalfou para cumprir a promessa.
MULTIPLICAÇÕES
O PMDB poderia dar apoio decisivo a Alckmin (pondo Meirelles como vice). Mas teme que um arraste o outro para mais baixo.
E Alckmin ainda tem outros problemas: gostaria de um vice nordestino, que lhe desse votos na região; mas precisa conquistar também o Sul, onde o PSDB pela primeira vez vai mal nas pesquisas.
Poderia oferecer a vice a Álvaro Dias, mas e o vice nordestino, e Meirelles?
E São Paulo, seu reduto eleitoral, a maior trincheira tucana, onde ele mal empata com Bolsonaro?
O PMDB gostaria de cortar o mal pela raiz: sai Alckmin, entra João Dória (com isso, garantiria também o PSB, dando apoio a Márcio França para o Governo).
Alckmin pode repetir Aureliano Chaves em 1989: sem voto, sem futuro.
GARANTIDO
Enquanto isso, Bolsonaro dispara na frente. E negocia um apoio que lhe garantirá mais tempo de TV: conversa com Valdemar Costa Neto, do PR, oferecendo-lhe a vice-presidência, com o nome do senador Magno Malta.
A OPINIÃO DO DINHEIRO
Há grupos para os quais o resultado da eleição tem efeitos econômicos imediatos: os investidores.
É gente prática, que raciocina com o bolso, não com o fígado ou o coração.
Uma grande empresa, a XP Investimentos, fez uma pesquisa com 146 investidores sobre eleições e mercado.
Resultados, divulgados pela XP News & Política:
49% acreditam que Jair Bolsonaro será o vitorioso. E 32% creem que, no segundo turno, enfrentará Marina Silva.
Para 62%, a vitória de Bolsonaro fará com que a Bolsa suba; 39%, que o Real se valorize; e 58% que a taxa básica de juros, Selic, fique acima de 8% no fim de 2019.
Em geral, acham que só a vitória de Alckmin levaria à aprovação das reformas Tributária e da Previdência; 95% acham que a Bolsa subiria; 84% acham que o Real se valorizaria, levando o câmbio para baixo de R$ 3,40.
Em geral, creem que a vitória de Ciro ou Haddad seria negativa para a Bolsa, e gerariam mudanças na Reforma Trabalhista e no Teto de Gastos.
DILEMA
O empresário Flávio Rocha rejeita qualquer possibilidade de sair como vice de algum candidato à Presidência.
Só que, a julgar pelas pesquisas, os eleitores rejeitam qualquer possibilidade de elegê-lo presidente.