Coincidências fatais 21/07/2018
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
O sindicato das distribuidoras/atravessadoras ingressou com petição na Justiça Federal contra a venda direta de etanol das usinas aos postos.
Procuradores federais também entraram em favor das atravessadoras. Quem leu as duas petições identificou constrangedoras coincidências.
BARROSO PÕE "AVULSOS" NA GELADEIRA
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que não seria viável aprovar as candidaturas avulsas já para as eleições de 2018. Por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) também não vai abordar o tema este ano.
Para o relator da matéria no STF, ministro Luís Roberto Barroso, decidir essa matéria antes da eleição só criaria “tumulto” e “tumulto é tudo o que não precisamos”.
Para o ministro é preciso regular o tema.
O ministro Luís Roberto Barroso pretende realizar uma audiência pública para ouvir especialistas e interessados na candidatura avulsa.
Para Barroso, a introdução da candidatura avulsa exige mais do que simples decisão judicial, precisa de “regulamentação detalhada”.
O maior interessado na candidatura avulsa era o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, que se dizia “avesso a partidos” até se filiar ao PSB.
Atualmente qualquer cidadão brasileiro que atender aos pré-requisitos da Lei da Ficha Limpa precisa se filiar a um partido para se candidatar.
CPLP AINDA ENFRENTA MÁ VONTADE E BOICOTE NO ITAMARATY
Temer cumpriu em Cabo Verde o script definido pelo Itamaraty, sem reconhecer o papel de José Aparecido na criação da CPLP.
O Itamaraty sempre torceu o nariz para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): a ideia foi do então embaixador em Lisboa, José Aparecido de Oliveira, que não era diplomata de carreira.
O chanceler da época, Luiz Felipe Lampreia, manobrou para o Brasil não exercer a primeira presidência da CPLP, destinada a Aparecido.
E perseguiu o diplomata Miguel Gustavo Paiva Torres, que ousou auxiliar na criação do organismo.
O Itamaraty jamais lhes pediu desculpas.
A elogiada tese de Miguel Torres em defesa da CPLP foi rejeitada “por ordem superior” e, rompendo a praxe, “interdição de reapresentação”.
A CPLP neutralizou a articulação para criação do grupo lusófono “5+1” (cinco países africanos e Portugal), destinado a isolar o Brasil na África.
O script definido para Temer pelo Itamaraty, na 12ª cúpula da CPLP em Cabo Verde, não incluiu menção ao papel histórico de José Aparecido.
ROMÁRIO LIDERA DISPUTA NO RIO EM TODOS OS CENÁRIOS
O senador Romário Faria (Podemos-RJ) lidera todos os cenários de intenção de voto para a disputa pelo cargo de governador do Rio de Janeiro, segundo levantamento divulgado nesta sexta (20) pelo Instituto Paraná Pesquisas.
O ex-atacante da seleção brasileira pontua entre 24,3% e 28,5%, na preferência do eleitor fluminense.
Romário é seguido a uma distância de mais de nove pontos percentuais pelo ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que pontua entre 15,1% e 18,7%.
Na tarde de ontem, Romário agradeceu à população do Rio de Janeiro pela confiança.
“Depois de 8 anos lutando na política por uma vida melhor para as pessoas, vejo que tudo valeu a pena. Hoje tenho a experiência necessária para trabalhar por um Rio melhor para todos que moram neste estado”, escreveu o senador, nas redes sociais.
No primeiro cenário para o governo, Romário lidera com 24,3%, seguido de Eduardo Paes, com 15,1% e pelo ex-governador Anthony Garotinho (PRP), com 13,5% da preferência do eleitorado consultado.
Índio da Costa (PSD) pontuou 7,2%; Tarcísio Motta (PSOL), 3,8%; Pedro Fernandes (PDT), 2,7%; Márcia Tiburi (PT), 2,1%; Marcelo Trindade (Novo), 2%; Juiz Wilson Witzel (PSC) 1,8%; Marcelo Delaroli (PR), 1%; Rubem Cesar Fernandes (PPS), 0,9%; e Leonardo Giordano (PCdoB), 0,6%.
Foram 21,3% os eleitores que não optaram por nenhum dos pré-candidatos. E 3,7% os que não souberam responder.
Sem Garotinho e Marcelo Delaroli no segundo cenário, Romário amplia a liderança para 27,9%; seguido de Eduardo Paes, com 18%, e Índio da Costa com 8,5%.
Tarcísio Motta pontuou 4,1%; Pedro Fernandes, 3,1%; Marcelo Trindade, 2,6%; Márcia Tiburi, 2,4%; Juiz Wilson Witzel, 1,9%; Rubem Cesar Fernandes, 1,1%; e Leonardo Giordano, 0,9%.
Foram 24,4% os eleitores que não optaram por nenhum dos pré-candidatos. E 5,2% os que não souberam responder.
FILHO DE ALENCAR AGRADECE INDICAÇÃO DE ALCLMIN, MAS AINDA NÃO ACEITOU
Indicado pelas lideranças do centrão como possível vice do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), o empresário Josué Alencar (PR-MG) afirmou em nota, ontem, que agradece “a confiança que as lideranças depositaram em meu nome”, mas não confirma que aceitou.
Ele diz que estava em viagem ao exterior quando soube que o PR e os outros partidos do centrão, DEM, PP, PRB e Solidariedade, decidiram apoiar o ex-governador de São Paulo na campanha eleitoral.
O anúncio oficial do acordo só deve ocorrer na quinta (26), mas, até lá, o PT vai tentar revertê-lo, alegando as ligações do seu pai ao ex-presidente Lula.
O empresário é filho do vice-presidente José Alencar (1931-2011) durante os dois mandatos de Lula (PT), e disse que ainda não tomou decisão e citou o pai em sua nota.
“Relembro o meu saudoso pai, que dizia que o importante na chapa é quem a encabeça. E acrescentava: ‘Vice não manda nada e deve evitar atrapalhar'”, afirmou.
“Recebi com responsabilidade essa possível indicação”, acrescentou.
“Agradeço a confiança que as lideranças depositam em meu nome. No meu retorno, procurarei inteirar-me dos encaminhamentos feitos pelos partidos, para que possa tomar uma decisão.”
Também ontem, Alckmin selou a aliança com o PR em uma conversa com o chefe do partido, Valdemar Costa Neto.
Ficou acertado que Josué Alencar se encontrará com o tucano na próxima segunda (23), em São Paulo ou Minas.
JUSTIÇA DE MINAS NEGA LIBERDADE A EX-GOVERNADOR
A Justiça de Minas Gerais decidiu manter a prisão do ex-governador do estado Eduardo Azeredo, que teve sua pena de 20 anos de prisão executada provisoriamente no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro.
Na decisão, a desembargadora Mariângela Meyer Pires Faleiro entendeu que, por questões processuais, o mérito da condenação ainda não pode ser analisado, e a suspensão da condenação só pode ser aceita em casos excepcionais.
A magistrada também admitiu recurso contra a condenação, que deverá ser apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ao analisar o caso, a desembargadora entendeu que a condição de agente público de Azeredo foi utilizada duas vezes na condenação para chegar à pena final do ex-governador.
De acordo com a legislação penal, a dupla valoração para aumentar a pena é ilegal. O fato poderá levar à revisão da pena nas instâncias superiores.
PENSANDO BEM...
...em terra de pré-candidato, quem tem vice é rei.