Nos Estados, Centrão é Lula, Bolsonaro e Ciro 05/08/2018
- COLUNA DO ESTADÃO - ANDREZA MATAIS*
Responsável pela indicação da senadora Ana Amélia para vice de Geraldo Alckmin, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, liberou o partido para apoiar quem quiser na eleição presidencial.
Ele mesmo já tem sua foto estampada em cartazes ao lado do ex-presidente Lula, pré-candidato do PT ao Planalto, e do governador Wellington Dias (PT), que concorre à reeleição.
O presidente nacional do DEM, ACM Neto, liberou os diretórios de Goiás, Ceará e Rio Grande do Sul para apoiar Alvaro Dias, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro, respectivamente.
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AMOR LIVRE
O PR, de Valdemar Costa Neto, apesar de fechado com Alckmin, também liberou seus candidatos nos Estados para apoiar outros nomes. Na Bahia, o candidato do DEM ao Senado, Irmão Lázaro, apoia Jair Bolsonaro.
LÓGICA
A traição a Alckmin faz parte da estratégia do Centrão para eleger o máximo de congressistas. Se o tucano perder a eleição, qualquer que seja o próximo presidente terá de negociar com o grupo devido a sua força congressual.
VETO
Em Brasília, o candidato do DEM ao governo, Alberto Fraga, não recebeu autorização para apoiar Bolsonaro. Ele só conseguiu aliar-se ao PSDB mediante o compromisso de dar palanque a Alckmin.
QUAL A MÚSICA
O jingle de Meirelles causou dor de cotovelo nos oponentes. Alckmin foi no clássico “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”.
A campanha do candidato do PSDB diz que o dele ainda não está pronto. “Aguardem”, diz um tucano.
MÃO NA MASSA
O presidente Temer agiu pessoalmente para evitar que o Centrão apoiasse Ciro Gomes ao Planalto. Ele chegou a telefonar para Rodrigo Maia para dizer que o pedetista iria trair os partidos do grupo.
Maia nega. O Planalto informou que não vai comentar.
CARIMBO
Eduardo Paes não quis Luiz Antônio Teixeira (PP) de vice na sua chapa ao governo do Rio. Ex-secretário de Saúde de Luiz Fernando Pezão, Teixeira atrapalha os planos do ex-prefeito de se distanciar de Sérgio Cabral.
DEU RUIM
O MP-SP pediu ressarcimento de R$ 1,3 milhão de convênio entre o Serviço Funerário do Município e a PUC-SP.
LUPA
O acordo, para melhorar o atendimento no Cemitério da Consolação e catalogar as obras de arte, foi firmado na gestão do petista Fernando Haddad, na Secretaria do ex-deputado estadual Simão Pedro (PT).
COM A PALAVRA
A PUC disse que a acusação é baseada em lei que não se aplica a convênios com municípios. A Prefeitura disse que tomará as medidas cabíveis. Pedro negou irregularidades e disse que não foi ouvido.
AGORA SAI!
O presidente do MDB-RO, Tomás Correia, deu um tapa no ex-chefe da Casa Civil de Confúcio Moura, Emerson Castro, na convenção. Procurado, Correia não atendeu.
DIVISÃO DE TAREFAS
Paulo Rabello de Castro vai rodar Minas Geras e Mato Grosso pedindo votos para o presidenciável do Podemos, Alvaro Dias. Ele compõe a chapa como vice.
PASSANDO O BASTÃO
A transição Cármen Lúcia-Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal deve ser melhor do que há dois anos. Cármen e Ricardo Lewandowski, seu antecessor, não se bicam, mas ela se relaciona bem com Toffoli.
A SEMANA
Segunda, 6 - Termina o prazo para que partidos registrem chapas no TSE. Os partidos devem oficializar nomes dos candidatos a vice até 24 horas depois do prazo das convenções, em 6 agosto.
Quarta, 8 - STF discute inclusão de reajuste em proposta orçamentária. Os ministros do STF decidem em sessão administrativa se incluem reajuste na proposta orçamentária do ano de 2019.