GESTÃO DE TOFFOLI VAI PRIORIZAR A VÍTIMA, NÃO O PRESO 13/08/2018
- CLÁUDIO HUMBERTO - DIÁRIO DO PODER
Ao contrário da ministra Cármen Lúcia, cuja presidência no Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido marcada pela preocupação com a situação carcerária, o futuro presidente, ministro Dias Toffoli, que assumirá em 13 de setembro, ao contrário, vai priorizar iniciativas de proteção e assistência às vítimas da criminalidade.
Ele tem confessado em conversas reservadas preocupação com os “humanos direitos” suprimidos violentamente das vítimas e de suas famílias por bandidos.
OLHAR PARA VÍTIMAS
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Dias Toffoli não critica e até aprova as ações da colega Cármen Lúcia em defesa dos presos, mas acha que é hora de olhar para as vítimas.
DECISÃO CHOCANTE
Foi de Cármen Lúcia a decisão polêmica de obrigar fornecedores do governo a reservar a presidiários 5% de suas vagas de emprego.
DEU NO QUE DEU
Entidades empresariais afirmam que funcionários experientes e qualificados têm sido substituídos por presidiários sem qualificação.
MAROLAS SÓ EM 2019
Toffoli pretende fazer diferente, mas até a eleição evitará temas que resultem em aproveitamento político. Polêmicas ficarão para 2019.
TRABALHO DE VERDADE, NO CONGRESSO, SÓ EM 2019
Desde a semana passada, no dia de “esforço concentrado” na Câmara e no Senado, cancelaram metade das reuniões de comissões devido a ausência de parlamentares.
A maioria está preocupada com a reeleição e registrou presença, para não ter salário cortado, mas “vazou”.
Nesta semana há sessões deliberativas previstas apenas até a manhã de terça, e votação de temas escolhidos a dedo, sem importância maior.
ELEIÇÃO ESTÁ AÍ
A campanha começa nas ruas dia 16, e no dia 31 iniciam na TV e no rádio.
O Congresso só deve voltar a trabalhar após o primeiro turno.
ESFORÇO DO PONTO
Das 41 sessões previstas para o “esforço concentrado” na Câmara, 21foram canceladas porque deputados bateram o ponto e escafederam.
MAIS DO MESMO
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), garantiu que fará um novo “esforço concentrado” na última semana de agosto.
RESPEITO É BOM
O mais velho dos candidatos, Henrique Meirelles (MDB), 72, levou uma excitação quase jovial ao debate.
Mas, inexperiente, irritou os eleitores fazendo caras e bocas para ridicularizar as bobagens ditas pelos rivais.
MANDOU BEM
A EBC, estatal de comunicação presidida pelo embaixador Alexandre Parola, negociou e reduziu em 13% o valor do aluguel de sua sede em Brasília.
Economia de R$ 142 mil mensais e de R$ 1,70 milhão ao ano.
BOLSONARO NA PINDAÍBA
Análise sobre a eleição do banco francês BNP Paribas aponta que os R$ 9,2 milhões reservados pelo Fundão Eleitoral é uma das maiores dificuldades de Jair Bolsonaro. O limite legal é de R$75 milhões.
NADANDO EM DINHEIRO FÁCIL
O MDB nada em dinheiro na campanha de 2018. O partido receberá R$ 234 milhões, sem precisar se preocupar com Henrique Meirelles, que vai bancar sua própria campanha presidencial.
TAPETÃO
Em mais um projeto da série “não serve pra nada, mas dá voto”, tramita na Câmara aprovou a criação do Dia do Tapeceiro, a ser comemorado no aniversário do sindicato da classe.
Sim, tem esse sindicato também.
LUIZ XIV REENCARNADO
Aliados de Jofran Frejat, que desistiu da disputa pelo governo de Brasília, acusam o ex-governador José Roberto Arruda de gerar uma crise a cada dia no que restou do grupo, hoje fracionado em cinco partes.
“É o próprio Luiz XIV: depois dele, o dilúvio”, desabafou um deputado.
CUMPRINDO A COTA
A consultoria Arko Advice verificou que Álvaro Dias (Pode), Cabo Daciolo (Patriotas), Boulos (PSOL) e Bolsonaro (PSL) fizeram o mesmo número de propostas no debate da Band: quatro, cada.
O FIM DO MUNDO
O leitor do Diário do Poder, Nelson Spadini acha o fim do mundo as empresas aéreas cobrarem para marcar assentos.
E faz a pergunta que não quer calar: “por acaso o passageiro leva o assento pra casa?”
PENSANDO BEM…
…o debate na Band, onde Lula mal foi citado, mostrou que situação de presidiário está longe de ser assunto prioritário para os candidatos.